Faltam três episódios para “Better call Saul” (Netflix) terminar para sempre. A reta final está uma festa de luxo para os mais exigentes espectadores. Daqui para a frente, tem spoiler.
Essa trama tem uma particularidade. Conhecemos o passado do personagem central, Jimmy/Saul (Bob Odenkirk). Também sabemos o que acontece com ele no futuro. Para completar o quebra-cabeças, falta descobrirmos o que houve nesse meio-tempo. “Nippy”, o décimo capítulo, abre mais uma janela na cronologia. Ele nos leva para o futuro pós-“Breaking bad”. O recurso usado para sublinhar isso é uma suntuosa fotografia em preto e branco.
Reencontramos o protagonista trabalhando numa lanchonete num shopping. Ele vive na clandestinidade, mas foi reconhecido por um motorista de táxi. O episódio acompanha mais um golpe que Saul aplica. Nippy, o nome que inventa para um cachorro que não existe, é um pretexto para se aproximar da mãe do rapaz (a grande atriz Carol Burnett) e ameaçá-lo. Não digo mais para evitar estragar a surpresa. Um dos pontos altos é um diálogo em que Saul faz um comentário sobre Walter White (Bryan Cranston): “É um professor de química de 50 anos que não tinha nem dinheiro para a hipoteca da própria casa e ficou rico”. Quem aí está ansioso para rever Cranston e Odenkirk juntos?
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