Crítica
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Por Patrícia Kogut


'D.B. Cooper: Where are you?', da Netflix (Foto: Reprodução) — Foto:
'D.B. Cooper: Where are you?', da Netflix (Foto: Reprodução) — Foto:

“D.B. Cooper: Where are you?”, série documental que acaba de chegar à Netflix, faz pensar no velho clichê: às vezes a realidade é tão extravagante que parece ficção. A produção narra a história de um homem nunca identificado que sequestrou um Boeing 727 da Northwest Airlines em 1971. Ele embarcou em Portland, no Oregon. O voo iria até Seattle, uma viagem de menos de uma hora em que mal dava para mastigar um lanche. No meio do trajeto, passou um bilhete para a aeromoça avisando que carregava uma bomba. Para preservar a vida de todos, exigia US$ 200 mil. O avião pousou em Seattle, e os passageiros desembarcaram sãos e salvos sem saber do que estava acontecendo. Policiais levaram o dinheiro à aeronave. E Cooper seguiu com a tripulação. Já era noite e chovia quando ele se atirou de paraquedas e sumiu para sempre com a mochila cheia. Nunca foi encontrado. O mistério vem alimentando teses e incendiando a imaginação de investigadores desde então. Esses acontecimentos inacreditáveis inspiraram muitos filmes e livros. Cooper, ladrão capaz de voar e enganar todo mundo, virou uma espécie de herói.

A minissérie conta essa história conhecida e já explorada. Mas, de quebra, faz um retrato do começo da aviação em massa. Nos movimentados aeroportos de 1971, não havia segurança. Ninguém revistava malas e muito menos passageiros. As aeromoças — uma categoria profissional então pouco respeitada — sofriam com o machismo. Por isso tudo, vale conferir.

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