This Is How Tomorrow Moves

This Is How Tomorrow Moves

A vida era relativamente simples para Beatrice Laus até pouco tempo atrás: ela compunha e gravava músicas em seu quarto em Londres, postava on-line. O mundo poderia prestar atenção ou não, mas prestou. E muito. Foi tudo tão rápido e intenso para beabadoobee que, ainda com 23 anos e apenas dois álbuns lançados, ela se viu numa reunião com Rick Rubin – uma mistura de místico, produtor e instituição da música moderna. “Acho que a gente só queria se conhecer”, conta ao Apple Music a artista que fez parte da série Up Next. “A reunião inteira foi sobre a vida e para colocar o papo em dia. Foi quase como uma sessão de terapia. No final, eu disse: ‘Ah, tenho algumas músicas que andei fazendo. Quer ouvir?’.” Estas músicas fazem parte de This Is How Tomorrow Moves (2024), um terceiro álbum cheio de confiança que Beatrice gravou com Rubin no Shangri-La, o lendário estúdio dele em Malibu – sim, muitos quilômetros de distância do quarto dela em Londres. É um álbum sobre autoconhecimento e amadurecimento, escrito após um término, enquanto a artista – sempre on-line, em turnê e longe de casa – começava a entender uma vida que havia se tornado irreconhecível para ela. “Eu realmente precisava da música para entender o que estava acontecendo na minha cabeça”, diz. “Eu tinha tanto para dizer. Não pensei muito em como soava. Sabe quando você precisa desesperadamente ir ao banheiro? Era assim que me sentia: precisava desesperadamente escrever uma música.” No Shangri-La, Rubin incentivou Beatrice a enxergar e ouvir o que havia composto de forma mais simples e clara, do ponto de vista emocional. Neste aspecto, ela se mostra igualmente à vontade em músicas inspiradas no rock alternativo e pop dos anos 90 (como “Post” e “Take A Bite”, esta inspirada na banda Incubus), em uma balada minimalista ao piano (caso de “Girl Song”) ou em um indie folk luminoso (“Ever Seen”). O que se escuta é o som de uma artista encontrando clareza e a si mesma, enquanto sobe seu próprio nível. “Estar em um lugar como o Shangri-La e saber que você está fazendo este álbum com Rick definitivamente dá um empurrão”, revela. “Tipo: ‘Certo, é hora de brilhar’.” Confira a seguir como beabadoobee descreve alguns destaques de This Is How Tomorrow Moves: Girl Song “Dá para argumentar que ‘Girl Song’, de todas as músicas do álbum, é a mais trágica. Escrevi porque ainda estou tentando entender essa questão de crescer, amar a mim mesma, minha aparência e toda essa bagunça. É a sexta faixa do álbum porque senti que era perfeita ali. Tinha que estar exatamente no meio, porque não combinava com o começo nem com o final. Era exatamente como me sentia naquele momento.” Beaches “Compus ‘Beaches’ por causa do medo que senti ao me envolver nisso tudo. Sou do tipo de pessoa que valoriza sentir-se confortável, que é leal e confia nas pessoas ao meu redor, sem mudar muita coisa. Mas eu seria uma idiota se dissesse não [ao Rubin]. Lembro do meu namorado dizendo: ‘Você está louca? Você tem que ir’. Estou tão acostumada a fazer música em casa, não em um lugar enorme e sofisticado.” The Man Who Left Too Soon “Escrevi esta música em Los Angeles, no meu quarto de hotel. Nunca vivi a experiência de perder alguém na família. Sempre me perguntei como seria. Meu atual namorado, infelizmente, perdeu o pai por volta dos 20 anos. Pude ver de perto como isso impacta alguém. Quis escrever sobre isso para tentar entender o que significaria para outras pessoas, para ele e para mim.” This Is How It Went “Isso me deixa tão ansiosa: quando uma coisa muito intensa acontece comigo e eu preciso escrever sobre isso. Preciso botar tudo para fora.”

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