Os primeiros impactos econômicos do desastre provocado pelas chuvas no Rio Grande do Sul já começam a aparecer e preocupar o governo do estado. O setor agropecuário tem registrado mais perdas, sobretudo, por problemas relacionados ao esmagamento de soja no interior da região.
Produtores ligados ao setor reclamam de escassez de ração animal, o que pode afetar a produção de proteína animal para consumo na região.
A avaliação entre integrantes do governo gaúcho é de que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis tem estendido por tempo demais a flexibilização da mistura de biodiesel (cuja matéria-prima principal é a soja) no diesel fóssil, aprovada no último sábado em decisão monocrática. A produção do biocombustível é diretamente ligada à oferta de farelo de soja aos frigoríficos.
Duas reuniões de crise ocorreram desde a noite de terça-feira com membros do governo federal, estadual e produtores da região. Em ambas, a temperatura escalou entre os representantes do governo gaúcho e agência reguladora diante da insistência em manter as regras de mistura flexíveis.
Segundo os secretários do estado presentes ao encontro, a situação em rodovias importantes para o complexo soja já é quase de normalidade, sendo viável retomar a atividade de maneira e evitar mais perdas econômicas.
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