O IBGE divulga nesta quinta-feira a inflação de janeiro, a primeira já no governo Lula, e a projeção mediana fica em torno de 0,55%, mesmo resultado do IPCA-15.
Os motivos são a desaceleração do grupo Alimentação assim como vestuário e saúde. Por outro lado, deve haver alta em Habitação e avanço em Transportes em razão do aumento do preço da gasolina. Nos cálculos da Modalmais, sairá de 0,21% para 0,68%.
Para fevereiro, nos cálculos do professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-RJ, sobe para 0,86% por conta do Grupo Educação, mês que represa o aumento no preço das mensalidades.
Para Cunha, a oneração dos preços da gasolina e etanol deve voltar em abril ou maio depois que o ministro Fernando Haddad divulgar a nova âncora fiscal.
O professor destaca que, na variação em 12 meses, o acumulado cai para 5,86% em janeiro e para 5,67% em fevereiro, mesmo com o resultado de 0,86%.
- Em março, o Boletim Focus prevê alta em torno de 0,59%, o que resultaria em 4,61% no acumulado, ou seja, abaixo dos 4,75% do teto da meta em 2023. Em junho, poderia chegar até o centro da meta, de 3,25%.
A questão, lembra ele, é que como houve deflação forçada pela redução dos tributos sobre combustíveis em julho, agosto e setembro de 2022, nos 12 meses, o acumulado volta a subir. No Boletim Focus, o mercado projeta que a inflação feche o ano em 5,69%.