Cultura
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Por O Globo — Rio de Janeiro

Mortes de nomes importantes do mundo da cultura, da política e dos negócios criam, muitas vezes, as condições para que herdeiros disputem entre si o patrimônio e as fortunas deixadas pelos falecidos. Em 2023, casos com essas características ganharam as páginas dos jornais. Relembre cinco das maiores brigas por herança de 2023:

Império do rei Pelé

O maior jogador de futebol da história morreu em dezembro de 2022 devido a um câncer de cólon, deixando um patrimônio estimado de R$ 79 milhões, na conversão atual. O valor foi calculado a partir da fortuna do jogador em 2014, equivalente a US$ 15 milhões, segundo a Forbes.

Pelé comemora o reconhecimento de 6 títulos nacionais que ganhou como jogador do Santos Futebol Clube, durante cerimônia no Itanhangá Golfe Clube, na zona oeste do Rio de Janeiro — Foto: Paulo Vitor / Agência Estado
Pelé comemora o reconhecimento de 6 títulos nacionais que ganhou como jogador do Santos Futebol Clube, durante cerimônia no Itanhangá Golfe Clube, na zona oeste do Rio de Janeiro — Foto: Paulo Vitor / Agência Estado

Muita gente pode brigar por essa fortuna. Pelé se casou duas vezes e teve sete filhos, seis dos quais estão vivos e podem ser herdeiros por lei. No entanto, a disputa judicial é limitado a três familiares: seu filho, Edinho, sua viúva, Márcia Aoki, e sua enteada, Gemima.

Família de Pelé reunida em hospital onde ele está internado desde o fim de novembro — Foto: Reprodução/Instagram
Família de Pelé reunida em hospital onde ele está internado desde o fim de novembro — Foto: Reprodução/Instagram

Edinho entrou com pedido inicial para ser inventariante, argumentando que administrava os bens do pai em seus últimos momentos, quando o ex-jogador estava no hospital. Mas, a juíza responsável pelo caso negou o pedido e declarou que o direito de ser inventariante cabe a Márcia Aoki.

Gemima entrou na briga judicial mais tarde, dizendo que, apesar de ser enteada, Pelé sempre a tratou como filha. A juíza a aconselhou a provar que tinha relação afetiva com o rei.

A disputa pelos espólios de Gugu Liberato, avaliados em R$ 1 bilhão, começou em 2019, e não parece que vai terminar tão cedo. O apresentador deixou um testamento em 2011, no qual ele garantia 75% do patrimônio aos filhos e 25% aos sobrinhos. No entanto, o documento é amplamente contestado.

O caso envolve sete personagens. Uma delas é a mãe dos três filhos de Gugu, Rose Miriam, apoiada pelas filhas gêmeas, Marina e Sofia. Elas argumentam que Rose teria uma união estável com o apresentador, de forma que teria direito a uma porção da fortuna.

Outra lado da briga inclui a irmã de Gugu, Aparecida Liberato, e o filho mais velho, João Augusto. Eles rejeitam o argumento de Rose, afirmando que ela era apenas amiga do apresentador e teria assinado um contrato para cuidar dos filhos. Miriam alega que assinou o documento sob efeito de remédios.

O chef Thiago Salvático também entrou na briga, alegando união estável em virtude de um caso de 8 anos com Gugu. Ele apresentou fotos, mensagens, além de uma conta bancária em conjunto, mas perdeu a ação, pois a Justiça alegou que eles nunca foram vistos juntos em público. Salvático disse que iria recorrer.

O mais novo concorrente é Ricardo Rocha, que alega ser filho de Gugu e pediu um exame de DNA. Sua mãe afirmou à CNN que conheceu o apresentador em 1973. Se o exame concluir parentesco, o testamento exige que o inventário seja refeito.

Família Picciani

O ex-deputado Jorge Picciani partilhou o patrimônio do holding Agrobilara entre sua ex-mulher e os três filhos de seu primeiro casamento, dando 20% a cada um. Mas, tudo complicou-se quando o político casou-se com Hortência da Silva Oliveira antes de morrer e teve mais um filho

Hortência alega que o garoto também tem direito ao patrimônio da Agrobilara, que fora repartido antes de ele ter nascido. Ela também afirma que os três filhos de Picciani do primeiro casamento — Rafael, Leonardo e Felipe — querem que ela receba "uma espécie de esmola".

No processo, os três sustentam que a madrasta apresenta uma versão que é "um absoluto equívoco de compreensão quanto ao Direito Sucessório e Societário, que tangencia a má-fé".

Após a morte de Picciani, os três filhos mais velhos se recusaram a pagar as despesas da mansão na Barra da Tijuca onde Hortência morava com o pai deles. A viúva então precisou se mudar para um apartamento alugado de dois quartos. Ela conta que chegou a receber uma pensão de R$ 25 mil por dois anos. Mas o pagamento foi suspenso assim que decidiu levar o caso à Justiça.

A viúva de Gal Costa

Gal Costa foi uma cantora de MPB mundialmente reconhecida, mas a fortuna que deixou para seu filho de 18 anos, Gabriel, não reflete essa grandeza. O bem mais valioso que ela possuía era uma casa no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, avaliada em R$ 5 milhões. Uma reportagem da revista Piauí aponta que a fortuna da artista pode ter sido dilapidada pela sua companheira, Wilma Petrillo, que agora disputa a herança com Gabriel.

Wilma reivindica 50% do patrimônio de Gal Costa, alegando união estável em virtude de um relacionamento de 30 anos com a artista. O irmão da cantora, Guto Burgos, afirmou à Piauí que ela costumava ter mais imóveis no Rio de Janeiro, incluindo uma granja em Petrópolis, onde costumava passar os fins de semana com a atriz Lúcia Veríssimo.

O destino desses bens é um mistério, mas a revista aponta que Wilma pode ter algo a ver com uma série de processos e dívidas que resultaram na perda dos imóveis. Alguns ex-funcionários chegaram a acusar a empresária de assédio moral.

Família Safra

Joseph Safra, filho do fundador do banco Safra, morreu aos 82 anos em 2020. Sua fortuna chegou ao ápice no ano de seu falecimento, sendo avaliada pela Forbes em US$ 119,08 bilhões.

A família Safra disputa agora o patrimônio deixado por Joseph. O filho do bilionário, Alberto Safra, abriu um processo em Nova York acusando a mãe, Vicky Safra, e os irmãos, Jacob e David, de manobrar para diluir sua participação na empresa.

Alberto argumenta que era titular de 28% do império Safra antes da morte do pai. Ele afirma que sua família tirou proveito do estado debilitado de Joseph, acometido de mal de Parkinson, para convencê-lo a mudar o testamento, deixando o filho com apenas 13,5%. Segundo o empresário, o pai estava “cognitivamente comprometido na ocasião e, ou não aprovou nem assinou os documentos, ou só o fez sob a indevida influência dos acusados".

A família alega que, em julho de 2022, Alberto decidiu vender sua participação no multibilionário império da família para seus irmãos. Sua intenção era transformar seu próprio family office em um dos maiores da America Latina.

Em nota enviada ao GLOBO, a família argumentou que "poucos meses após receber doação do Sr. Joseph, como antecipação de sua herança, Alberto deixou o Banco Safra, sem atender aos apelos feitos pessoalmente pelo seu pai, e iniciou negócio concorrente ao Banco Safra, tendo, inclusive, assediado e contratado vários executivos do Grupo."

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