A Nestlé SA foi condenada a pagar 2 milhões de francos suíços (o equivalente a US$ 2,16 milhões) a uma ex-executiva, depois que ela foi intimidada e forçada a deixar a empresa. A informação é do jornal Tages Anzeiger, que cita na reportagem a decisão do tribunal.
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Motarjemi, uma ex-cientista da Organização Mundial da Saúde (OMS) ingressou na empresa com sede em Vevey, na Suíça, em 2000. Ela alegou que foi alvo de intimidação a partir de 2006, depois que suas tentativas de sinalizar falhas de segurança alimentar foram ignoradas. Ela foi demitida em 2010.
O Tribunal de Apelações do Cantão de Vaud decidiu que Yasmine Motarjemi, ex-chefe de segurança alimentar global da gigante suíça de alimentos embalados, tinha direito a nove anos de salário - até a idade de aposentadoria - mais danos depois que ela alegou que foi intimidada por seu papel e forçada a requerer uma pensão de invalidez profissional.
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O tribunal também concedeu a ela cerca de 100 mil francos suíços em custas judiciais, informou o Tages Anzeiger. A advogada da ex-funcionária, Mathilde Bessonnet, chamou a decisão de “um marco na jurisprudência suíça”, informou o jornal.
Empresa não vai recorrer da decisão
Um porta-voz da Nestlé disse à Bloomberg que a empresa não apelaria da decisão, acrescentando que o caso era sobre leis trabalhistas e não tinha nada a ver com segurança alimentar.
“Lamentamos sinceramente os quase 12 anos de litígio e desejamos encerrar esta questão legal. Esta decisão não foi tomada da noite para o dia: tentamos várias vezes encontrar uma solução para esta disputa”, disse o porta-voz em comunicado.
A Nestlé disse que a empresa tomou as medidas adequadas para proteger Motarjemi, inclusive oferecendo-lhe cargos equivalentes dentro da empresa e mandatando um investigador externo para investigar o assunto.
“Com o encerramento deste caso, esperamos sinceramente que nossa decisão ajude a Sra. Motarjemi a seguir em frente”, disse o porta-voz.