Economia
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Por — Brasília

O sócio da 123milhas Ramiro Júlio Soares Madureira admitiu nesta quarta-feira que a empresa não tem fluxo de caixa para reembolsar os clientes prejudicados com o fim da modalidade "promo". Ramiro prestou depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados.

O sócio foi questionado pelo deputado federal Carlos Viana (PSD-RJ) se haveria a possibilidade de devolver o dinheiro aos clientes hoje.

— Precisamos do apoio dos órgãos públicos. Estamos dispostos a trabalhar arduamente para isso. Estamos confiantes — respondeu Ramiro Madureira.

Viana então perguntou se a empresa tem fluxo de caixa para os pagamentos.

— Não, precisaríamos de algum tempo e um plano para fazer isso — assumiu Ramiro Madureira

A CPI ainda ouve na quarta-feira a Maxmilhas, empresa que tem sócios em comum com a 123milhas. Ambas começaram a fazer transações de milhas aéreas no passado.

— São duas empresas concorrentes, que têm sócios em comum — disse o consultor e fundador da Maxmilhas, Max Oliveira.

O presidente da CPI, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirma que essa comercialização de milhas também não encontra amparo legal.

— Tem um grande problema que é a transação de milhagens. A Maxmilhas se coloca como uma intermediadora de compra de milhas, o que não tem regulamentação na legislação nacional — afirmou.

A 123milhas decidiu suspender a venda de pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional em agosto, o que também afetou consumidores que já haviam comprado o serviço.

Augusto Júlio Soares Madureira, outro sócio das 123milhas, começou a ser ouvido pela CPI por volta das 22h. Ele disse que foi um dos idealizadores da linha "promo".

— Estamos fazendo todos os esforços para ressarcir clientes e parceiros da maneira mais rápida possível, através da recuperação judicial e também através de ajuda de órgãos públicos.

Ele afirmou que se baseou em uma empresa americana para criar a linha de produtos "promo".

- O projeto do promo foi elaborado por mim e pelo meu irmão, vendo uma empresa americana que basicamente fazia análise de dados para prever preços de passagens e oferecer isso como serviço para clientes - afirmou.

Ainda segundo Madureira, o mercado mudou de patamar e isso provocou os problemas. Segundo ele, o mercado "se comportou de forma diferente ao que ele se comportava no passado".

- Eu vendia com base em dados. Cerca de 30% de todas as pesquisas feitas no Brasil passaram pela 123milhas. Eu tinha uma base de dados gigante. A partir do passado, você consegue olhar para o futuro. O que ocorreu foi que durante a nossa análise de dados o mercado mudou de patamar - disse.

Email Hotmilhas

A CPI ainda mostrou um email enviado pela Hotmilhas, empresa que pertence ao mesmo conglomerado da 123milhas, alertando clientes que as companhias aéreas poderiam entrar em contato para confirmar emissão de passagens. O texto pede que o cliente não conte a companhia que as passagens foram vendidas.

“Fique atento às ligações telefônicas. A companhia aérea pode entrar em contato com você para confirmar a emissão das passagens. Não deve informar que as milhas foram vendidas. Você deve informar que doou a um parente ou amigo”, diz o email.

O fundador da Maxmilhas, disse que o modus operandi da empresa era diferente, mesmo tendo os mesmo sócios.

— Não tinha ilegalidade — disse Max

Discussão

A CPI ainda teve bate-boca entre deputados e o advogado da 123 milhas. O deputado Caveira (PL-BA) chamou o sócio Ramiro de estelionatário.

O advogado do empresário respondeu o parlamentar, afirmando que ele não pode usar a imunidade parlamentar para ofender o depoente. O deputado mandou o advogado se calar.

O relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), interveio para encerrar a discussão.

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