Tecnologia
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Por Carolina Nalin — Rio

A popularização de ferramentas de inteligência artificial (IA) focadas em criação deve acelerar mudanças que o mercado de trabalho já enfrenta no pós-pandemia. As consultorias, porém, ainda tentam estimar a velocidade e a abrangência do impacto.

Artigo da McKinsey prevê efeitos em diversas áreas. No marketing, pode assumir a elaboração de conteúdo personalizado. Em recursos humanos, seria capaz de automatizar processos de contratação e em tecnologia da informação, a escrita e revisão de códigos.

No campo jurídico, permitiria a extração de grandes quantidades de documentação legal. Em pesquisa e desenvolvimento, agilizaria a descoberta de medicamentos por meio da compreensão de doenças.

Pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) mostra que mesmo um investimento inicial na expansão de IA dentro de uma organização compensa: pode gerar até 6% mais de receita. Com investimentos crescentes, o aumento da receita fica em 20% ou mais.

Para analistas, assim como as máquinas substituíram a força física no passado, a inteligência artificial poderá ser ferramenta acessória ao cérebro humano. Seu impacto deverá remodelar funções nas empresas e criar oportunidades de qualificação profissional.

— Os empregos vão se modificar. As grandes evoluções surgem, parecem que vão ameaçar empregos e, por fim, os seres humanos se adaptam e passam a tirar proveito dos avanços em aumento de produtividade e eficiência. Sempre existirão situações em que a empresa vai preferir que um agente assuma o controle — diz Walter Hildebrandi, diretor de Tecnologia da Zendesk para América Latina, empresa de software de atendimento e experiência do cliente.

Otávio Dantas, diretor executivo e sócio do Boston Consulting Group, aponta prós e contras:

— Uma curadoria será necessária para garantir que os materiais gerados pela IA estejam corretos e façam sentido. Mas a agilidade pode ser um ativo importante nos negócios. Existe a possibilidade de queda na demanda por algum serviço ou desvantagem para quem não se atualizar.

Alex Collmer, CEO da Vidmob, startup que usa solução baseada em inteligência artificial para ajudar nas decisões criativas de produção de conteúdo de grandes marcas nas redes sociais, avalia que a IA realiza melhor alguns trabalhos, mas isso criará novos papéis para os profissionais:

— Se você pensa que a IA vai roubar o seu emprego, está enganado. Mas alguém que a usa melhor do que você poderá fazê-lo. Este novo campo de análise criativa vai levar a muitos milhares de empregos altamente remunerados nos próximos anos, que trarão enorme valor para quem os contrata e usa sua produção.

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