O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defendeu, durante participação no evento “Os Avanços e Desafios do 5G”, promovido pela Editora Globo nesta segunda-feira, que o desenvolvimento de novas aplicações do 5G devam ser prioridade.
Quando perguntado sobre quais as perspectivas para a essa tecnologia nos próximos cinco anos, Filho não deu previsão de quando e se a rede 6G chegará ao país.
— No ano passado, em Barcelona (no Congresso Mundial de Telefonia Móvel), estavam falando em 6G. Este ano, não estavam falando mais. Estavam falando de aplicações do 5G, como internet das coisas, o carro autônomo — comentou.
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A partir desta segunda-feira, as operadoras que adquirirem lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o licenciamento e ativação de estações de 5G em mais 236 municípios, elevando o total de cidades com a possibilidade de ter 5G na faixa de 3,5GHz a 4.134. Se isso fosse concretizado, significaria dizer que 88,6% da população brasileira teria acesso à rede.
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No entanto, mesmo com a possibilidade de operação nesses locais, a rede 5G não tem sido efetivamente instalada. Dentre os diversos motivos, as empresas alegam que não há aparelhos celulares com tal tecnologia em número suficiente que justifique o investimento.
Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, que também participou do evento, criticou a carga tributária no setor, o que colocaria o país em posição de desvantagem em relação a países vizinhos, como México e Chile.
—A carga tributária que incide é de 29,4%. É a terceira maior do mundo para telecomunicações — comparou.
Ferrari ainda avalia que as “antenas são um problema na maioria das cidades do país”.