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O grito instantâneo ao ver o papel com o nome do Brasil nas mãos do presidente da Fifa, Gianni Infantino, durante o anúncio do país como sede da Copa do Mundo feminina de 2027, resume o sentimento de Valesca Araújo, executiva responsável pelo planejamento técnico e operacional da candidatura brasileira. Era o fim da ansiedade dos últimos meses de trabalho para convencer às centenas de associações de futebol pelo mundo que só havia uma escolha natural para o Mundial. Agora, segundo ela, o trabalho vai realmente começar.

Qual foi o sentimento na hora da escolha?

A gente estava muito apreensivo e, ao mesmo tempo, confiante por saber que todo o trabalho tinha sido feito. Era uma questão mais política, e não dava para ter o termômetro. Foi uma emoção muito grande quando saiu o nomezinho no envelope.

O que acha que pesou no projeto?

Todos os estádios já estão prontos. Com isso, não precisa de muita intervenção, somente uma melhoria em um ou outro para deixar em perfeito estado para uso. A Fifa já operou em todos eles e tem confiança de que o Brasil sabe entregar um evento de grande porte.

Qual é a importância do apoio de governo federal e da CBF mesmo se acontecerem mudanças políticas até 2027?

O governo adiantou todas as garantias que eram necessárias para o cumprimento do BID (caderno de propostas). Houve uma grande sinergia e vontade política das instituições. É um projeto à parte, mas também gerenciado pela CBF, que nos chancelou para montar um comitê, uma empresa. O governo federal não apoiou apenas com as garantias governamentais, mas também com parte da campanha por meio de outros ministérios, além do Esporte. A Conmebol também se envolveu e acreditou nas questões do projeto.

As sedes já aparecem como definidas. Há chance de mudança?

Nas últimas três edições, não houve troca de sede. A candidatura é uma proposta, e não algo fechado. Dificilmente vai ter uma mudança, pelo histórico e pelas cidades que sugerimos, a não ser que surja um problema muito grave lá na frente.

Marta fez apelo por abertura no Beira-Rio, mas o caderno fala em Maracanã. Vão escutar o apelo?

Sem dúvidas… se a Rainha fala, a gente escuta (risos). Esse pedido é muito relevante. Ninguém pode estar alheio ao que aconteceu no Rio Grande do Sul. O futebol tem que ser ativo, principalmente em uma Copa do Mundo.

Tem conversa com a CBF sobre calendário? É sempre um tema complicado, e os estádios devem paralisar os campeonatos.

Além dos 64 jogos, queremos fazer uma transformação no âmbito do futebol feminino e na sociedade em prol das mulheres. O esporte pode contribuir com essa questão, e temos que estar cientes disso. O calendário foi uma das tarefas que entregamos no BID em dezembro. Conversamos diretamente com o diretor de competições e vimos que a Fifa pede normalmente um período dentro do verão europeu. A gente foge um pouco da época-base, que é entre julho e agosto, mudando para junho e julho) para encaixar um pouco antes da melhor forma possível. A elaboração do calendário deve ser daqui a dois anos. A gente ainda tem um tempo de estudo para minimizar os impactos. Alguma flexibilidade tem que existir, para fazer tudo da melhor forma.

Esse ano faz uma década da Copa 2014. Estão de olho em algum erro cometido para que não se repita? E os acertos?

A Copa de 2014 foi um aprendizado. Não devemos repetir os erros que aconteceram. Estamos falando de um outro projeto, que vai direcionar para assuntos além do jogo. São 13 anos de diferença, é um novo evento. Conseguir trazer uma segunda Copa do Mundo e aplicá-la nas estruturas existentes é porque elas estão sendo usadas e conservadas, seja com o futebol, na maioria dos casos, ou em outras atividades.

Algum plano para popularizar e permitir acesso dos torcedores mais pobres?

Não podemos fazer uma Copa do Mundo no Brasil sem pensar nessa questão de oportunizar para que todas as pessoas possam estar presentes.

Quais os próximos passos?

O comitê será formado com base numa discussão entre Fifa e CBF. Devemos ter uma reunião nos próximos dez dias para começar a alinhar, de fato, o trabalho.

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