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Por La Nacion — Buenos Aires, Argentina

As autoridades argentinas já sabiam que os jogadores franceses de rugby Hugo Auradou, de 20 anos, e Oscar Jegou, de 21, haviam ido a um boliche na noite em que, segundo a denúncia da vítima, abusaram sexualmente de uma mulher de 39 anos em Mendoza. Agora, imagens que circulam nas redes sociais mostram os atletas num bar da cidade. Os vídeos foram captados pelas câmeras de segurança do estabelecimento, na noite de sábado.

Auradou aparece vestido com uma camiseta preta de manga curta em diálogo com um dos funcionários do bar que está no bar, pedindo bebidas e fumando, às 23h40. Isso foi mais de duas horas antes de ir ao Hotel Diplomático, onde teria ocorrido o abuso sexual. Jegou não aparece nas imagens.

— Eram no mínimo 15, 20 pessoas [do grupo de rugby]. Consumiram bebida alcoólica e, devido ao horário, devem ter chegado depois do jantar. A maioria não estava sentada, acho que só um grupo conseguiu sentar. Eles consumiram álcool e provavelmente vieram do hotel. Consumiram muito álcool, mas dentro da normalidade de um grande grupo que está num bar. É para isso que vêm. Sei que beberam gim e tônica, um pouco de vodca — disse Andrés Civit, dono do bar que os atletas visitaram, ao Noticiero Siete de Mendoza.

Um dos jovens conheceu-o no VIP da discoteca Wabi, na cidade de Mendoza. Tomaram algumas bebidas e, após as 5 horas, foram de táxi para o hotel onde ele, jogador da seleção francesa de rugby, estava hospedado com o resto da delegação. Subiram para o quarto 603. Ela declarou que ele a havia convidado para "tomar algo", mas quando entraram, ela quis ir ao banheiro e ele a agarrou "sem dizer uma palavra" e a estuprou.

Ela relatou que enquanto estava sendo agredida por ele, ouviram batidas na porta e entrou outro jovem, que também participou ativamente do ataque sexual. Nenhum dos dois usou preservativo. Os detalhes do que ela relatou que lhe fizeram são arrepiantes. O jornal LA NACION teve acesso à denúncia feita perante a Promotoria de Crimes Sexuais de Mendoza. A causa é por abuso sexual com penetração altamente ultrajante agravado (em número indeterminado de atos) e abuso sexual com penetração agravado por ser cometido por duas ou mais pessoas.

Os dois jogadores de rugby estão sendo defendidos pelo advogado Rafael Cúneo Libarona, irmão do Ministro da Justiça da Nação, Mariano Cúneo Libarona, com quem compartilhava um escritório de advocacia até Mariano se afastar para assumir no gabinete nacional.

Nesta quinta-feira, a mulher que denunciou a violação foi internada por uma "descompensação geral", informou sua advogada à agência francesa AFP.

Quando tudo terminou -durou horas-, ela contou que foi ao banheiro e notou que tinha marcas de golpes (incluindo um soco no olho), mordidas e estrangulamento (por momentos -disse- a deixaram sem oxigênio "à beira do desmaio"). Ela contou que tinha hematomas nas pernas porque a arrastaram pelo chão. Ela relatou que finalmente, às 8h35 de domingo, conseguiu sair do quarto e voltou para casa.

No dia seguinte, ela fez a denúncia. Os dois jogadores acusados são Oscar Jegou, de 20 anos, e Hugo Auradou, de 21, que foram detidos enquanto estavam em Buenos Aires, antes de viajar para Montevidéu para jogar contra a seleção do Uruguai. Nesta quinta-feira, foram transferidos para a cidade de Mendoza para responder perante a Justiça pelas graves acusações.

Ao terminar seu relato, os funcionários que registraram a denúncia perguntaram se ela consentiu em algum momento com os "atos sexuais". Ela respondeu categoricamente que não. Ela contou que repetidamente, em espanhol e inglês, pediu que parassem e que o homem moreno com quem tinha ido para o quarto balançava a cabeça e dizia que não.

Na quarta-feira, ao chegar a Mendoza, Rafael Cúneo Libarona adiantou que solicitará provas que "mudarão o rumo da investigação" e disse que foi uma relação consentida entre os jogadores e a mulher. "Eu acredito neles", afirmou. O advogado estava acompanhado pelo presidente da Federação Francesa de Rugby, Florian Grill.

Por sua vez, o procurador da Suprema Corte de Justiça de Mendoza, Alejandro Gullé, informou: "Se emitiram a ordem de detenção é porque há provas suficientes para apoiar nesta instância a detenção dessas pessoas e a acusação que será formulada a elas, de modo que confio absolutamente na atuação dos fiscais. Vi o que há e acredito que é suficiente para a fase processual em que estamos".

Como a noite começou

A denunciante contou que na madrugada de 7 de julho foi com uma amiga dançar na discoteca Wabi, localizada no Lateral Acceso Sur 1450 da cidade de Mendoza. Elas chegaram entre 2h30 e 3h e às 4h30 o relações públicas da discoteca ligou para dar-lhes as pulseiras que dão acesso ao VIP. Uma vez lá, por volta das 5 horas, ela viu um homem moreno que achou atraente e começaram a tomar bebidas. Ela disse que ele as servia (era Fernet em um copo de plástico e ela não viu quando prepararam porque estava dançando) e que ele queria levá-la ao banheiro a todo custo.

"Não sei se ele colocou algo na bebida, mas ele me induzia a beber", relatou. Ela disse que em certo momento ele a convidou para "tomar algo no Hotel Diplomatic", onde estava hospedado. Ela afirmou que saíram da discoteca por volta das 5h12 e entraram em um táxi, onde havia outras pessoas além do motorista.

Quando chegaram ao hotel e subiram para o sexto andar, ele percebeu que não tinha o cartão e desceu para a recepção. Depois subiu novamente. Ela contou que quando ele abriu a porta, ela não viu "nenhum tipo de bebida", apenas garrafas com água, apesar do plano original ser tomar algo. Segundo seu relato, a violência e os abusos começaram imediatamente. "Pedi para ele me deixar ir para casa, por favor, e o sujeito balançava a cabeça e dizia que não", declarou.

Nesta quinta-feira, cinco dias depois, a denunciante sofreu um transtorno de humor chamado "hipotimia" e "uma descompensação geral do corpo", conforme informou sua advogada, Natacha Romano, à agência AFP. "Foi produto de tudo o que aconteceu e está internada", disse.

Enquanto isso, a seleção francesa de rugby continua com sua turnê. Na quarta-feira jogou contra o Uruguai e no próximo sábado enfrentará novamente os Pumas; desta vez, no estádio de Vélez. Além dos dois jogadores que estão presos acusados de abuso sexual, haverá um terceiro ausente: Melvyn Jaminet, que foi afastado do time francês no último domingo, por uma publicação que fez em sua conta do Instagram. Na mesma madrugada dos fatos no Hotel Diplomatic, Jaminet se gravou pelas ruas de Mendoza repetindo: "Ao primeiro árabe que eu encontrar, darei uma cabeçada (coup de casque)".

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