Olimpíadas
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Por — Paris

Foi eletrizante. Depois de se alternarem na liderança durante as disputas dos três primeiros aparelhos, Simone Biles e Rebeca Andrade chegaram no último deles, o solo, com uma diferença de apenas 0.166 pontos, com a americana na liderança. No fim, Rebeca somou 57.932 pontos, contra 59.131 de Biles — medalhista de ouro —, e ficou com a prata. A americana Sunisa Lee finalizou o pódio.

Assim, Lee, que havia conquistado o ouro, e Rebeca Andrade, que levou a prata, conseguiram se manter entre as três primeiras em relação à Tóquio-2020. Biles, que se retirou da disputa final nos Jogos do Japão por questões mentais, recuperou o ouro que conquistou em Rio-2016.

Com mais uma medalha, sua quarta em Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade está bem próxima de se tornar a maior medalhista olímpica da história do esporte brasileiro. Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco, lideram a disputa. Assim, as chances de Rebeca Andrade ultrapassar a dupla ainda em Paris-2024 são enormes, já que a ginasta ainda disputará as finais do salto (aparelho em que levou o ouro em Tóquio-2020), do solo e das traves.

Flavinha Saraiva, com 54.032 de nota final, terminou na nona colocação entre 24 atletas.

Liderança alternada

Numa disputa de altíssimo nível, Rebeca Andrade e Simone Biles sobraram em relação às outras concorrentes. Nem a também americana Sunisa Lee, que levou o ouro no individual geral em Tóquio-2020, foi capaz de levar perigo à dupla Andrade e Biles, que se alternou na liderança ao longo dos quatro aparelhos.

No primeiro deles, o salto, em que as duas são grandes especialistas, Biles começou melhor. Rebeca Andrade, com um Cheng, anotou os mesmos 15.100 da final da disputa por equipes, na terça-feira. Já Biles, com seu tradicional Biles II, conseguiu 15.766 pontos. A americana assumiu a liderança, e a brasileira ficou em segundo.

Rebeca Andrade durante sua execução no salto — Foto: COB
Rebeca Andrade durante sua execução no salto — Foto: COB

Posteriormente, foi a vez de Rebeca Andrade se tornar líder. Nas barras assimétricas, único aparelho onde as duas não conseguiram conquistar uma vaga na final, ambas tentaram movimentos de nota de dificuldade 6.2, mas a brasileira recebeu 8.466 de execução, ficando com 14.666, enquanto a americana teve apenas 7.533 na execução, terminando com 13.733.

O motivo da nota baixa para Simone Biles se justifica com os dois erros graves cometidos por ela ao longo da performance, um deles na ligação da barra baixa para a alta, quando dobrou as pernas. O desconto recebido pela americana é praticamente equivalente ao de uma queda.

Passados dois aparelhos, Rebeca Andrade era a líder por 0.267 pontos. Biles, inclusive, havia descido para a terceira colocação, ultrapassada pela argelina Kaylia Neumor, que terminou em quarto.

Rebeca Andrade nas barras assimétricas da final individual geral — Foto: Loic VENANCE / AFP
Rebeca Andrade nas barras assimétricas da final individual geral — Foto: Loic VENANCE / AFP

Biles retoma primeiro lugar

Simone Biles foi a primeira a disputar a trave de equilíbrio na terceira rotação. Se antes de entrar no aparelho o semblante da americana era mais sério, até pela pressão que estava em cima dela pela terceira colocação parcial, ao fim da execução Simone Biles era só sorrisos. A ginasta até se desequilibrou algumas vezes, mas nada que a impedisse de ter a boa pontuação de 14.566.

Rebeca, que fechou o aparelho, precisava de 14.300 para ultrapassar Biles e retomar a primeira colocação. Ela conseguiu 14.133, então ficou na segunda colocação, com 0.166 a menos que a americana. A decisão, então, ficou para o solo.

Rebeca leva a prata

Como Rebeca Andrade e Simone Biles foram a penúltima e a última no aparelho, respectivamente, coube a Sunisa Lee iniciar as decisões do pódio. Com uma performance de 13.666, a americana conseguiu, logo no último aparelho, garantir uma vaga entre as três primeiras. Ouro em Tóquio-2020, ela levou o bronze.

Já Rebeca, que precisava anotar 0.166 pontos a mais que Simone Biles, fez sua já famosa performance que junta "End of Time", de Beyoncé, com o funk "Movimento da Sanfoninha", de Anitta. A brasileira assumiu a liderança parcial com 14.033 — ela ainda perdeu 0.1 de penalidade por ter pisado fora do espaço permitido.

Para fechar com chave de ouro, quase que literalmente, Simone Biles, com uma tranquilidade impressionante, foi impecável. Com performance de dificuldade 6.9, a americana somou 15.066 e levou mais uma medalha de ouro.

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