Líder do ranking mundial, Marcus D'Almeida foi eliminado nas oitavas de final do tiro com arco dos Jogos Olímpicos de Paris, na manhã deste domingo. Ele perdeu para o sul-coreano Kim Woojin, o vice-líder, que quase gabaritou: de onze tiros, só não fez 10 pontos em um deles. Em entrevista após a eliminação, Marcus disse que enfrentou a "Simone Biles do tiro com arco" depois de "vacilar" nas classificatórias e entrar na reta de Kim já nas oitavas.
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Assim como o brasileiro, outros números 1 de suas modalidades não confirmaram o favoritismo em Paris-2024. Na categoria acima de 78kg do judô, por exemplo, a francesa Romane Dicko foi derrotada na semifinal pela brasileira Beatriz Souza, que mais tarde conquistou o ouro. Apesar de ter frustrado expectativas no torneio individual, a líder do ranking conseguiu a medalha de bronze e também um ouro na disputa por equipes mistas.
Já a número 1 do mundo no tênis feminino, a polonesa Iga Swiatek caiu surpreendentemente nas semifinais contra a chinesa Quinwen Zheng. A sétima colocada do ranking derrotou Swiatek por 6-2 e 7-5. A vencedora de quatro títulos de Roland Garros conquistou a medalha de bronze.
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Com a derrota, Iga Swiatek se une a outros atletas de destaque de suas modalidades que, embora fossem favoritos, não chegaram à medalha individual dourada em Paris-2024.
A alegria do mesatenista Wang Chuqin, ouro nas disputas em dupla, durou pouco. Número 1 da modalidade, o atleta perdeu para o 26º do ranking, o sueco Truls Moregard, após um fotógrafo acidentalmente quebrar sua raquete principal.
O caso aconteceu enquanto os fotógrafos disputavam posição para fotografar o vitorioso Wang Chuqin e seu parceiro de jogo Sun Yingsha, depois da vitória sobre a Coreia do Norte nas duplas mistas, na terça-feira.
Wang entrou em ação novamente nesta quarta-feira no simples masculino -- com uma nova raquete -- e perdeu para o sueco. Antes da partida, o chinês admitiu que "perdeu um pouco o controle das emoções" após perder sua raquete principal. O incidente aconteceu quando Wang brevemente colocou sua raquete de lado para hastear a bandeira chinesa em comemoração ao triunfo no torneio de duplas, disseram repórteres no local.
No domingo da semana passada, a judoca japonesa Uta Abe comoveu o mundo ao ir às lágrimas depois de perder na estreia de Paris-2024. Ela deixou o tatame aos prantos após a derrota para Diyora Keldiyorova, do Uzbequistão, atual número 1 do mundo.
Apesar da boa fase da adversária, Uta Abe era considerada "superfavorita" na categoria 52 kg, e o resultado surpreendeu fãs do esporte.
Outro número 1 do mundo que deixou Paris-2024 frustado foi o esgrimista Sandro Bazadze. Ele reclamou com veemência dos juízes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao ser eliminado nas oitavas de final da prova de sabre masculino, no sábado.
— Os juízes, como em Tóquio, estão me matando pela segunda vez — disse Bazadze aos repórteres, em referência à derrota na semifinal diante do tricampeão olímpico Aron Szilagyi em 2021. — Voltei e me tornei o número um do mundo, me preparei para os Jogos Olímpicos, mas ela me matou.
Em Paris, o georgiano se recusou a sair do local da prova e gritou contra a árbitra espanhola Vanesa Chichón, depois de esta ter recorrido ao vídeo para declarar que o egípcio Mohamed Amer havia conseguido o toque que lhe deu a vitória por 15-14.
O bicampeão europeu continuou a esbravejar contra ela depois, mas Chichón o ignorou e deixou a arena do Grand Palais, no centro de Paris.
Nas redes sociais, o esgrimista compartilhou mensagens de pessoas que torciam por ele e reclamavam de uma suposta pontuação "injusta".