As Olimpíadas de Paris-2024 ainda não acabaram, mas os voluntários já estão revendendo o kit com roupas e peças do uniforme que receberam de graça, pela internet e a preços elevados preços. Um chapéu chega a custar 200 euros, o equivalente a mais de R$1.200 na cotação atual do euro. A pochete pode custar até 300 euros e a calça removível tem o valor de até 110 euros. Uma camiseta sai por até 110 euros, já a jaqueta custa uma média de 170 euros, enquanto dois parem de meia saem por 100 euros.
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As peças, que mesclam tons de turquesa, cinza e rosa com a logo de Paris-2024, podem ser encontradas no site Vinted. O kit de uniformes foi desenvolvido e oferecido pela marca francesa Decathlon e inclui opções para serem usadas nos dias de frio, chuva ou calor. São cerca de quinze peças: quatro camisetas, um casaco, duas calças compridas que viram bermudas, um chapéu, quatro pares de meias, um par de tênis, uma pochete e uma mochila pequena.
O que parece ter motivado a venda é que durante as competições, o público costuma perguntar aos voluntários onde poderiam adquirir as peças. Os altos preços de revenda podem ser explicados pelo fato de que muitas peças são únicas, como os chapéus e camisetas listradas que foram feitos com cortes de restos de tecido usados para evitar desperdícios na confecção.
Na internet é possível encontrar até famosa luva de espuma rosa que é usada para orientar os espectadores. O valor cobrado é 200 euros. Os pins e copos são mais baratos, mas tem um colar que é vendido por 60 euros.
Metade da coleção usada pelos voluntários foi fabricada na França. O custo foi do Comitê Olímpico Internacional (COI) que equipou os 45 mil voluntários. Foram produzidas um milhão de peças, sendo 20% estoque de segurança.
Os voluntários devem usar as peças do kit para que o público possa reconhecê-los. Na carta do COI que foi entregue para o voluntariado olímpico e paralímpico, foi especificado que todo o uniforme é propriedade de Paris-2024 e que após o fim dos eventos, poderia oferecer ao voluntário a opção de permanecer com as peças.
A venda dos uniformes é proibida durante a competição, mas nem sempre ela é feita pelos voluntários. De acordo com a Decathlon, algumas peças teriam sido roubadas. A marca ainda explica que poderia produzir itens para serem vendidos ao público caso o COI autorizasse.