Depois do BTG, agora é a vez do Goldman Sachs (GS) entrar na briga envolvendo a Americanas. O banco entrou com recurso no Tribunal de Justiça pedindo para que seja revertida a proteção de 30 dias dada à varejista após a descoberta das “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões.
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No pedido, o banco argumenta que tem direito a pedir o vencimento antecipado de seus “contratos de derivativos” (contratos baseados em outros ativos). De acordo com o banco, até a presente data, a volatilidade no valor da exposição pode ser estimada em até US$ 60 milhões (R$ 307 milhões) em duas semanas e, aproximadamente, US$ 80 milhões (R$ 408 milhões) em 30 dias. “Portanto, o atraso pode ser extremamente prejudicial para todas as partes envolvidas”.
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Em seu pedido, o Goldman explica que a exposição em contratos de derivativos pode variar rapidamente e, até mesmo em poucos dias. Isso pode, diz, “gerar consequências drásticas”. Para o banco, a manutenção da Justiça em manter a chamada tutela de urgência cautelar para a Americanas “pode ter um grande impacto no valor total do crédito do GS que será sujeito ao futuro processo de recuperação”. O banco diz que o valor de mercado da dívida do Grupo Americanas perante o Goldman aumentou em aproximadamente US$ 15 milhões, ou quase R$ 77 milhões.
O banco diz que o “vencimento antecipado das Transações de Derivativos não implicará no pagamento imediato (ou bloqueio) de qualquer valor pertencente ao Grupo Americanas ao GS”.