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Por O Globo com agências internacionais — Madrid, Espanha

Um erro de procedimento provocou uma das maiores gafes do sistema judicial da Espanha: um notório chefe de cartel multimilionário, que supostamente planejava assassinar o herdeiro do trono holandês e o primeiro-ministro Mark Rutte, foi liberado da prisão devido a um erro burocrático.

O líder da "Máfia Mocro", Karim Bouyakhrichan, foi preso em Marbella em janeiro deste ano em uma operação que encerrou uma investigação de cinco anos sobre lavagem de dinheiro. Ao saber de sua detenção, as autoridades holandesas apresentaram um pedido de extradição ao Tribunal Nacional da Espanha, solicitando que o líder do gangue fosse enviado de volta para os Países Baixos para enfrentar acusações relacionadas ao seu império de tráfico de drogas.

Na época da prisão, Espanha publicou vídeos comemorando a captura — Foto: Reprodução
Na época da prisão, Espanha publicou vídeos comemorando a captura — Foto: Reprodução

O Tribunal Nacional de Madrid aprovou o pedido, mas o Tribunal Provincial de Málaga, que tem jurisdição sobre a área onde Bouyakhrichan foi preso, se recusou prosseguir com a transferência para que ele respondesse às acusações de lavagem de dinheiro na Espanha.

As autoridades holandesas entraram com um novo pedido urgente destacando que o chefe do cartel era um dos criminosos mais procurados da Interpol. Segundo a rede de rádio SER da Espanha, embora o Tribunal Nacional tenha aceitado o apelo holandês, não emitiu uma ordem de detenção, o que teria garantido que Bouyakhrichan permanecesse atrás das grades até que a extradição fosse efetuada.

Nesse contexto, o criminoso desapareceu depois de ser libertado acidentalmente no meio da confusão gerada pelo pedido de extradição. Em declarações à imprensa, o ministro da Justiça, Félix Bolaños, admitiu que a fuga era uma "notícia preocupante", mas insistiu que as forças de segurança "entregarão essa pessoa à justiça o mais rápido possível".

Segundo o El País, os juízes reconheceram a possibilidade de o chefe do cartel fugir do país, mas argumentaram que medidas "menos gravosas" seriam suficientes, como fiança, retirada de seu passaporte e a obrigação de se apresentar ao tribunal a cada 15 dias. O jornal ainda disse que Bouyakhrichan compareceu regularmente ao tribunal até 1º de abril.

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