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Por , Em La Nacion — Tel Aviv e Gaza

Com nove argentinos já mortos desde o início do inesperado ataque do grupo terrorista Hamas ao sul de Israel, o governo de Alberto Fernández intensifica o diálogo com os países da região para tentar libertar 21 reféns argentinos. Ao “La Nación”, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina afirmou que o órgão tem “trabalhado e dialogado com as autoridades israelenses”.

Mas, para além desses contatos formais, que se estendem à colaboração permanente entre as divisões da Interpol de ambos os países, o veículo também soube que a diplomacia argentina tem “contato permanente” com o Qatar, próximo do Hamas e cuja mediação permitiu a libertação de duas reféns americanas na última sexta-feira.

O ministro das Relações Exteriores do Qatar, Mohamed bin Abdulrahman Al-Thani, é o interlocutor das autoridades argentinas, assim como os seus homólogos do Egito e da Turquia, que têm ligações com o Hamas, além da Cruz Vermelha, encarregada de garantir a integridade dos 220 reféns sequestrados desde o último dia 7 de outubro.

Quem são os argentinos desaparecidos?

Fontes diplomáticas de ambos os países concordam que os argentinos com “paradeiro desconhecido” têm 21 anos, embora se recusem a divulgar os seus nomes por razões de segurança. O “La Nación” conseguiu reconstruir algumas histórias de argentinos dos quais não há vestígios e que são procurados por familiares e amigos.

A família Marman foi sequestrada no Kibutz Nir Yitzhak, localizado a cerca de dez minutos da Faixa de Gaza. Até o ataque, Clara Marman, de 63 anos, morava lá. Seu companheiro, Luis Har, de 70 anos, estava de visita. Além dele, seu irmão, Fernando Marman, 60, e sua irmã, Gabriele Leimberg, 59, com sua filha Mia Leimberg, de 17.

A última coisa que Clara conseguiu contar às filhas foi que o Hamas havia entrado em sua casa. Pelo WhatsApp, ela enviou uma foto do abrigo fechado, e o aviso de que os terroristas estavam entrando na casa do vizinho. Em seguida, escreveu: “Eles estão em casa, estão quebrando as coisas”. Às 11h15 daquele sábado a comunicação foi cortada, e a partir desse momento não tiveram mais notícias.

Lior Rudaeff, 61 anos, que fazia parte do esquadrão de emergência da comunidade com outros quatro homens, desapareceu daquele mesmo kibutz. Já Ron Sherman, 19 anos, informou aos pais que terroristas haviam entrado na base israelense onde ele estava. Quatro horas depois, eles viram o seu filho ser levado num vídeo divulgado pelo Hamas.

Vítimas estrangeiras

Numerosos estrangeiros foram mortos, feitos reféns ou estão desaparecidos desde o ataque lançado em 7 de outubro. Em território israelense, mais de 1,4 mil pessoas morreram, sendo a maioria delas civis, segundo autoridades israelenses. Nesta quarta-feira, o Hamas afirmou que 6.546 pessoas morreram na Faixa de Gaza após a retaliação de Israel, sendo a maior parte também civis.

As mortes de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos dos quais também tinham nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades dos respectivos países, segundo uma contagem da AFP. Esta é a lista de vítimas estrangeiras em Israel:

Estados Unidos, França e Tailândia são os países mais afetados. Ao todo, 31 americanos morreram, e outros 13 estão desaparecidos, segundo a Casa Branca. O presidente Joe Biden informou que há americanos entre os reféns do Hamas. Na última sexta-feira, uma mulher americana e sua filha foram libertadas.

Também morreram 31 franceses, anunciou esta quarta-feira o presidente Emmanuel Macron, afirmando que nove cidadãos franceses ou franco-israelenses estão na lista dos raptados. Trinta tailandeses foram mortos, segundo o governo tailandês, e 19 são sequestrados.

  • Rússia: Dezenove russo-israelenses foram mortos e outros dois são mantidos como reféns pelo Hamas. Sete russos estão desaparecidos.
  • Ucrânia: Dezenove ucranianos morreram, segundo Kiev, que também relatou o desaparecimento de um cidadão.
  • Reino Unido: Pelo menos 12 britânicos morreram e cinco estão desaparecidos, segundo um relatório publicado nesta terça-feira.
  • Nepal: Dez nepaleses foram mortos, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv. O contato foi “perdido” com outro.
  • Alemanha: Menos de dez alemães foram mortos e há “um pequeno número de dois dígitos” de reféns.
  • Canadá: Seis canadenses morreram e outros dois continuam desaparecidos.
  • Portugal: Quatro luso-israelenses morreram e quatro estão desaparecidos.
  • China: Quatro chineses morreram e outros dois estão desaparecidos.
  • Filipinas: Quatro filipinos foram mortos, incluindo uma mulher de 33 anos e um homem de 42 anos no ataque a um kibutz, bem como uma pessoa de 49 anos que participava de um festival de música. Dois filipinos também estão desaparecidos.
  • Roménia: Cinco israelo-romenos, incluindo um soldado, foram mortos e um feito refém.
  • Áustria: Quatro austríacos morreram. Outro ainda está desaparecido.
  • Itália: Três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma, um casal na casa dos sessenta anos e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música atacado.
  • Bielorrússia: Três bielorrussos estão mortos e outro está desaparecido.
  • Peru: Três peruanos morreram no ataque, segundo o Itamaraty, que afirmou não haver cidadãos do país feitos reféns.
  • África do Sul: Dois sul-africanos morreram.

Chile, Turquia, Espanha e Colômbia anunciaram que tinham perdido um dos seus nacionais e que outro tinha desaparecido. Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça afirmaram ter perdido um dos seus cidadãos, mas não relataram o desaparecimento de ninguém.

Reféns ou pessoas desaparecidas

Uma mulher mexicano-israelense de 30 anos e um homem franco-mexicano de 32 anos foram feitos reféns. A Holanda anunciou que um jovem de 18 anos capturado no Kibutz Beeri é refém do Hamas, e o Uruguai confirmou que uma mulher israelense-uruguaia de 29 anos foi sequestrada no Kibutz Nir Oz.

(Com AFP).

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