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Por — Brasília

A retomada das sanções à Venezuela pelos Estados Unidos, anunciada nesta quarta-feira, foi um dos temas tratados, nesta quarta-feira, em Bogotá, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o colombiano Gustavo Petro. De acordo com interlocutores do governo brasileiro, Lula reafirmou a Petro que o Brasil não concorda com esse tipo de punição contra produtos importantes para o país vizinho, como petróleo e gás.

Para o Brasil, sanções não funcionam e isolam o país. O ideal seria aproximar o governo do presidente venezuelano dos demais parceiros sul-americanos, para incentivar o diálogo entre as partes.

Outro argumento é que medidas unilaterais estão em desacordo com as normas internacionais. As sanções teriam de ser aprovadas pelas Nações Unidas, ou seja, multilateralmente, e não de forma unilateral.

Apesar do posicionamento, o governo brasileiro manifestou preocupação com o andamento do processo eleitoral na Venezuela, com votação em 28 de julho. A inabilitação de María Corina Machado, principal opositora de Maduro e vencedora das primárias da oposição, e de sua subsequente substituta, Corina Yoris, fez com que o Itamaraty elevasse o tom com Caracas.

O Brasil participou das negociações, no fim do ano passado, do Acordo de Barbados, firmado entre representantes de Maduro e da oposição, para garantir eleições transparentes, justas e livres. Em uma avaliação preliminar, alguns integrantes do governo brasileiro acreditam que o tratado não está sendo cumprido.

Durante o anúncio da retomada das sanções, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu que "Maduro e seus representantes" honraram alguns compromissos do Acordo de Barbados, mas "impediram que a oposição democrática registrasse o candidato que escolheu, perseguiram e intimidaram opositores políticos e prenderam injustamente atores políticos e membros da sociedade civil", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

O governo venezuelano ainda não se manifestou sobre o caso. No entanto, em um discurso televisionado na segunda-feira, Maduro, prevendo que as sanções seriam restauradas, disse:

— Não somos uma colônia de gringo. A Venezuela vai continuar sua marcha econômica.

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