Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Por Giulia Costa

Após mais de 32 anos afastada dos palcos, Sandra Annenberg estreia no fim deste mês o espetáculo "Pedro e o lobo", em São Paulo. A apresentadora do "Globo repórter" conta como tem sido despertar novamente o lado artístico:

— Já deu para sentir o frio na barriga. Estou com medo. Não faço isso há muito tempo. Você perde a prática e o conhecimento quando não exercita. É um pouco como andar de bicicleta, mas até a página dois. Ao mesmo tempo, estou com coragem de enfrentar esse medo e encarar o desafio.

Antes de se tornar jornalista, Sandra fez teatro e estreou na TV como atriz. Ela tem diversos trabalhos no currículo, como o seriado "Tarcísio e Glória" (Globo, 1988) e a novela "Cortina de Vidro" (SBT, 1989), em que era protagonista. Esta semana, a apresentadora, de 55 anos, começou os ensaios da peça, dirigida por Muriel Matalon. Sandra estará em cena com uma orquestra e com bonecos manipulados por profissionais. As apresentações acontecem nos dias 28, 29 e 30 de julho, no Theatro Municipal de São Paulo.

— Eu que já fui atriz no meu longínquo passado não imaginava voltar para os palcos. Achava que as duas coisas (o jornalismo e a atuação) eram muito incompatíveis. Mas, quando veio a pandemia, pensei: "Agora que estou no 'Globo repórter', tenho um pouco mais de tempo, o ritmo é outro. Eu podia talvez voltar a me aproximar disso de novo" — comenta.

Sandra acredita que, ao longo dos 32 anos de jornalismo, nunca abandonou a atuação, de certa forma:

— Não sei se eu sentia falta (de atuar). Sem me dar conta, acho que sempre trabalhei a minha apresentação como um ponto de exercício também vocal, da máscara facial, dos tons e semitons da notícia. De alguma forma eu estava ali experimentando e testando, de forma inconsciente. Talvez isso tenha até formado um estilo. Eu fiz parte de um momento em que houve uma possibilidade de mudança. Antes, as apresentações eram muito duras e engessadas. Consegui ajudar nessa transformação. Tenho orgulho disso.

Ao longo de carreira, Sandra deixou sua assinatura em todos os telejornais da Globo. O único programa que faltava em seu currículo era o "Globo repórter", que ela assumiu em 2019, após 16 anos no comando do "Jornal Hoje":

— É como se fechasse um ciclo. Nunca imaginei que chegaria ao "Globo repórter", isso nunca passou pela minha cabeça. Essa transição foi difícil. Eu estava muito acostumada com o ritmo do dia a dia. A minha adrenalina era produzida em escala industrial para que eu pudesse aguentar esse ritmo. Eu tive que viver um momento de reestruturação para entender a nova dinâmica.

Sandra é mãe de Elisa, de 19 anos, fruto do seu relacionamento com o também jornalista Ernesto Paglia. Recentemente, os três estiveram juntos na Parada LGBTQIAP+ de São Paulo. A apresentadora conta como aborda o assunto sexualidade com a filha:

— Ela nunca definiu nenhuma sigla. Eu respeito qualquer posição que ela tenha. Acho que não tenho nem que questionar isso. Como eu defendo que a sexualidade é de cada um, nunca coloquei rótulos na de ninguém. Ninguém diz que é hétero, então também ninguém tem que dizer que não é. Hoje em dia essa juventude, que é muito esclarecida, simplesmente vive. Não se rotula. Quando a gente entender e respeitar isso vai ser bem diferente. Porque não precisa colocar nada nas caixinhas. Tem que tirar das caixinhas.

Após fazer publicações na Parada, Sandra sofreu ataques nas redes sociais e respondeu a muitos dos comentários preconceituosos. Ela explica por que optou por esse tipo de abordagem com os haters:

— Ainda acredito que possa haver diálogo. No meu perfil eu tento conversar. Quem fala já vem com uma agressividade porque sabe que ninguém vai responder. Não precisamos chegar a um consenso, mas no mínimo ouvir um ao outro

Sandra Annenberg e a filha, Elisa — Foto: Reprodução/Instagram
Sandra Annenberg e a filha, Elisa — Foto: Reprodução/Instagram
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