BRASÍLIA - Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que empresários foram procurados para pagar obras de reforma em uma sala comercial de Jair Renan, o filho Zero Quatro do presidente Jair Bolsonaro . Nessas conversas, a arquiteta responsável pela obra chegou a ironizar a busca por patrocinadores e disse que pediriam "bolsa móveis e bolsa reforma". A PF apura se, em troca de patrocínios, Jair Renan teria atuado para intermediar contatos com o governo federal. Jair Renan nega ter praticado qualquer irregularidade.
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O material analisado pela PF faz parte do inquérito que apura suspeitas de tráfico de influência de Jair Renan. Os investigadores tiveram acesso a diálogos do WhatsApp entre a arquiteta Tânia Fernandes e o personal trainer Allan de Lucena, amigo do Zero Quatro e responsável por ajudar na montagem de uma empresa de eventos para o filho do presidente em um camarote no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
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Em uma conversa do dia 22 de maio de 2020, Allan disse a Tânia: "Estamos indo já em um patrocinador".
Em seguida, ela respondeu: "Oba, preciso de todos os patrocinadores. Veja as cotas para patrocinar a execução".
No diálogo, o personal trainer disse que, quando o orçamento da reforma estivesse finalizado, seria mais fácil montar as cotas de patrocínio para oferecer aos empresários. "Cota eletrônicos. Cota móveis. Cota reforma. Kkkkkk", escreveu ele.
A arquiteta, então, respondeu: "Kkkkk vamos pedir bolsa móveis, bolsa reforma, bolsa família".
Em tom de deboche, Allan afirmou que esses pedidos poderiam vazar para a imprensa e gerar manchetes a respeito do assunto: "Já já sai na mídia. Filho de presidente pede Bolsa Móveis".
Mais detalhes das conversas de WhatsApp e sobre a investigação da Politica Federal na íntegra da matéria, exclusiva para assinantes .