Política
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A cerimônia de volta aos trabalhos do Congresso deixou ainda mais evidente a distância entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Os dois estiveram em plenário, mas com o chefe da Casa Civil, Rui Costa, entre eles. A cena traduziu a atual relação entre o governo Lula e a Câmara. Lira e Padilha não se falam há meses, e o Palácio do Planalto decidiu escalar outros integrantes do primeiro escalão da gestão para fazer a ponte entre as Casas. No discurso de abertura, o deputado mandou uma série de recados ao governo.

Padilha chegou sozinho ao Congresso, por volta das 14h30m desta segunda-feira, pela chapelaria, localizada no subsolo, e não pela rampa das autoridades. Sorridente, preferiu falar com jornalistas antes da saraivada de recados de Lira ao governo. Antes dos discursos oficiais, o auxiliar de Lula negou qualquer crise.

Em plenário, Lira demonstrou que a relação ainda é complicada. O deputado defendeu um controle maior do Legislativo sobre o Orçamento e fez cobranças à articulação política do governo. Pediu o cumprimento de acordos e ofereceu a Padilha apenas um aperto de mãos, cena que gerou constrangimento.

Antes do discurso do presidente da Câmara, Padilha entrou em plenário distribuindo abraços e apertos de mão a todos os parlamentares que encontrava pelo caminho, inclusive de oposição.

Ao abraçar o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), ouviu da deputada Adriana Ventura (Novo-SP):

— Façam as pazes logo!

Padilha não respondeu, seguiu sorrindo e cumprimentando os colegas.

Durante a cerimônia, Padilha e Lira não trocaram olhares, sorrisos ou palavras. Já Rui Costa trocou confidências ora com um, ora com o outro. Um parlamentar da base chegou a admitir que a cena tornava difícil qualquer tentativa de negar a rusga.

Após a cerimônia de abertura do ano Legislativo, Padilha deixou o Congresso rapidamente, sem emitir qualquer declaração sobre o duro discurso de Lira.

Ao final da cerimônia, a fala de Padilha de duas horas antes parecia envelhecida.

— (A relação de governo e Congresso será) como Claudinho e Buchecha, Maiara e Maraisa, Tonico e Tinoco para os mais antigos. Nós vamos repetir essa dupla de sucesso neste ano de novo — disse o responsável pela articulação política.

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