Política
PUBLICIDADE
Por — Brasília

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 21/06/2024 - 04:30

Alianças políticas nas eleições municipais para sucessão no Congresso.

Partidos negociam alianças nas eleições municipais visando apoios para sucessão na Câmara e no Senado. Acordos são fechados em cidades estratégicas, como Salvador, Recife, Boa Vista, São Paulo e Rio, para fortalecer candidaturas futuras no Congresso. União Brasil e PSD lideram movimentos, enquanto Republicanos busca desvincular pleitos locais do cenário nacional. Articulações incluem apoios estratégicos e trocas de suporte entre os partidos.

Parlamentares interessados em comandar o Senado e a Câmara a partir de 2025 têm usado o peso de seus partidos para fechar acordos nas eleições municipais que também fortaleçam suas pré-candidaturas nas duas Casas. União Brasil e PSD, por exemplo, incluem no diálogo nas principais cidades o apoio a seus candidatos à sucessão no Congresso. Entre os exemplos estão os movimentos recentes em Salvador, Recife, Boa Vista, São Paulo e Rio.

A cúpula do União Brasil trata como prioridade eleger Davi Alcolumbre (AP) para comandar o Senado e Elmar Nascimento (BA) para chefiar a Câmara. O PSD, presidido por Gilberto Kassab, lançou Antonio Brito como pré-candidato na Câmara. Em outra direção, o Republicanos, que tem à frente Marcos Pereira (SP), interessado em comandar a mesma Casa, ainda procura desvincular os pleitos locais do cenário nacional.

Depois de se aproximar do PSB fechando apoio do União Brasil a João Campos, em Recife, Elmar busca o apoio do PL para suceder Lira. Apesar disso, o União Brasil ainda enfrenta dificuldades para fechar acordo em cidades como Rio e São Paulo, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro se engaja pessoalmente na disputa.

Na capital paulista, uma das possibilidades é apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas há conversas também com Pablo Marçal (PRTB) e a hipótese, menos provável, de candidatura própria com o deputado federal Kim Kataguiri.

Troca de apoio ex-Rota

Nunes vai anunciar hoje o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), nome de Bolsonaro, como seu vice (leia mais abaixo), mas que provoca insatisfação no União. Segundo a “Folha de S. Paulo”, a sigla busca trocar seu endosso ao ex-coronel da Rota por um apoio do PL a Elmar na Câmara.

Nunes se reuniu ontem com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e com o presidente da Câmara municipal, Milton Leite (União), para tentar chegar a um acordo sobre o vice, mas a definição não foi sacramentada. Ainda assim, o prefeito avalia que o União vai aceitar a escolha para seu companheiro de chapa. Elmar, por sua vez, declarou que a disputa em São Paulo não faz parte de um acordo envolvendo sua pretensão de disputar o comando da Câmara.

Elmar foi um dos principais articuladores para o apoio do União à reeleição de João Campos (PSB), que sinalizou o endosso ao deputado na sucessão de Lira. Além do diálogo com o prefeito, o líder partidário também se aproximou dos deputados Pedro Campos (PSB-PE) e Tabata Amaral (PSB-SP), irmão e namorada de João, respectivamente.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que também já se reuniu com os deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), evita cravar um apoio.

Vice-presidente do União Brasil, ACM Neto disse que em algumas das cidades em que o partido vai apoiar candidatos de outras siglas é esperado que elas retribuam com o apoio a Elmar na Câmara e a Alcolumbre no Senado:

— Onde não temos candidato próprio e o arranjo local não tiver um propósito maior, é possível avaliar um jogo nacional.

A legenda tem o terceiro maior tempo de televisão e é cobiçada por outros partidos. O União vai endossar, por exemplo, pré-candidatos do Podemos, PSDB, PSB, PSD e PL em algumas capitais.

No Rio, o entendimento de dirigentes é que há duas opções para o União, já que a pré-candidatura de Rodrigo Amorim (União) é vista como um movimento que não deve prosperar: apoiar o prefeito Eduardo Paes (PSD) ou o deputado Alexandre Ramagem (PL). A direção nacional do União é próxima a Paes, mas há também conversas para apoiar o aliado de Bolsonaro, o que facilitaria uma composição do PL com Elmar.

Movimentação no Rio

A sigla do ex-presidente também é alvo de cobiça do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), visto na Câmara como uma alternativa à sucessão de Lira caso outras candidaturas não decolem. Ele tem atuado para aproximar PP e PL no estado, com alianças em Niterói e Campos dos Goytacazes. Na primeira, Luizinho atuou no apoio do PP a Carlos Jordy (PL).

Brito, por sua vez, chegou a sinalizar uma candidatura própria do PSD à prefeitura de Salvador, mas recuou e anunciou o apoio ao nome do MDB, Geraldo Júnior. Em troca, ele espera que os emedebistas o apoiem na sucessão da Câmara.

No caso do Senado, a dinâmica é parecida. Davi Alcolumbre, por exemplo, busca usar a influência que tem dentro do partido para resolver uma briga interna em Boa Vista, onde o deputado federal Nicoletti e a deputada estadual Catarina Guerra disputam a indicação da legenda para concorrer à prefeitura da capital.

Catarina é aliada do PP em Roraima e tem o apoio do governador Antonio Denarium (PP) e do senador Hiran Gonçalves (PP). Para não desagradar o partido, Alcolumbre tenta fazer com que a sigla opte pela deputada.

Ao mesmo tempo, os pré-candidatos à sucessão de Lira se movem para dividir a base de apoio dos concorrentes. Brito buscou se aproximar de Alcolumbre. Como trunfo, o líder do PSD tem tentado usar o fato de a sigla ter a maior bancada do Senado. Brito promete barrar o movimento de candidatura própria se Alcolumbre for contra Elmar, seu colega de legenda, e apoiá-lo.

Na mesma linha de tentar defecções, Elmar tenta apoio no varejo dentro da bancada do PSD. Ele também tem buscado proximidade com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que é do PSD. O discurso oficial de parte dos deputados do PSD é que eles apoiarão Brito, mas há a ressalva de que há uma janela aberta para a aliança com Elmar caso o líder da bancada não se viabilize.

Mais recente Próxima Partidos que apoiam a reeleição de Paes tentam última cartada contra chapa 'puro-sangue' com sugestão conjunta à vice
Mais do Globo

Podem se vacinar pessoas com 5 anos ou mais: 'o objetivo é aproveitar as doses descongeladas que valem até esta data', diz secretaria

Rio tem último dia de vacinação contra variante da Covid-19 neste sábado (3); saiba onde receber o imunizante

Prefeito do Rio diz que presidente vai liderar reunião com a Caixa e ministério responsável pelo patrimônio da União nas próximas semanas

Estádio do Flamengo: Eduardo Paes revela bastidores de conversa com Lula sobre terreno

Pacientes internados em hospitais que realizaram a pesquisa tiveram 33% menos chance de serem acometidos pela infecção

Pneumonia: escovar os dentes 2 vezes ao dia pode ajudar a afastar doença, diz estudo da Harvard

Classificada para as quartas de final, Imane Khelif enfrentará a húngara Luca Anna Hamori

Boxeadora da Argélia alvo de polêmicas pode garantir medalha hoje, saiba horário da luta

Local possui sistema de empréstimo de veículos com estações distribuídas pela cidade

Aproveitando 'clima olímpico', Paris quer virar 'cidade das bicicletas'; entenda

Velejadora diz que despedida teve "gosto amargo" mas que terá lindas lembranças de Marselha, onde a competição da vela aconteceu

Após oitavo lugar em Paris-2024, Martine Grael diz que não disputará mais categorias olímpicas; dupla é desfeita

Delegação francesa determinou que cada ouro nos Jogos Olímpicos renderia um montante de 80 mil euros

Sensação em Paris-2024, nadador francês ganhou R$ 2 milhões como prêmio por medalhas

Estreia do espaço, na Rua Maurício da Costa Faria, terá musical infantil e stand-up comedy

Recreio dos Bandeirantes ganha primeiro teatro de rua; oficina gratuita de interpretação tem inscrições abertas

Obra também será reeditada pela Companhia das Letras

Livro 'Cidade partida', de Zuenir Ventura, ganhará edição pensada pelos filhos do autor