Líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) afirmou que há uma ligação direta entre os investigados pela chamada “Abin Paralela” e as ações contra parlamentares que faziam parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O parlamentar foi vice-presidente do colegiado ocorrido em 2021.
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— Enquanto brasileiros estavam morrendo, o governo se dedicava a usar o aparato da União contra os opositores e aqueles que defendiam a vacina — disse Randolfe, que acrescentou: — Existia uma sintonia fina entre a atuação do gabinete do ódio contra a CPI da Covid e a atuação do aparato brasileiro por meio da agência de inteligência.
As investigações da Polícia Federal sobre o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostram que foram alvos da ferramenta autoridades dos poderes Judiciário e Legislativo, com o objetivo de obter vantagens políticas, além de um ex-presidenciável e jornalistas.
A estrutura também produzia dossiês e disseminava notícias falsas contra adversários, aponta a investigação.
— O fato de os dirigentes da CPI da Covid terem sido monitorados, além de mim, dos colegas senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, só traz, também à cena, um caráter trágico — disse Randolfe.
Pelas redes, Renan Calheiros e Alessandro Vieira comentaram sobre o fato de serem alvos. O alagoana disse que, "como democrata", lamentava e repudiava que "as estruturas do estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como policias políticas". Calheiros ainda comparou o caso
com os métodos da Gestapo, assim como Alessandro Vieira, que declarou se tratar de uma arma usada por "governos ditatoriais": "O Brasil segue cheio de problemas, mas ao menos do risco de volta da ditadura nos livramos", publicou em seu perfil no X (antigo twitter).
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