O caso do atropelamento que matou o garçom Rhenê Rodrigues Martins, de 30 anos, na pista do BRT da Barra da Tijuca, por volta de 20h no dia 30 de julho, continua sem respostas sobre a autoria do crime. Cearense morando no Rio há sete anos, Rhenê saiu de casa no sábado, às 18h50, para trabalhar no Quiosque Barra-1, na Avenida Sernambetiba. Por volta das 21h, o primo, que trabalhava no local, ligou para a viúva perguntando dele, que ainda não tinha chegado. Nesse momento perceberam que Rhené estava desaparecido e começaram as buscas.
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O pai de garçom, Célio Martins, de 51 anos, relatou a angústia ao receber a notícia da cidade de Poranga, no Ceará. Ele estava trabalhando na oficina mecânica quando viu as mensagens da nora no celular.
— No sábado soube que ele tinha sumido. Ficamos muito tempo sem notícias. Quando eu soube que tinha sido um atropelamento e que ele tinha sido levado para o hospital, bateu o desespero. No outro dia soube que o levaram para o IML e aí parte da família foi reconhecer o corpo — disse Célio.
Ele explicou que só conseguiram encontrar e identificar o corpo de Rhenê pela insistência da viúva em saber o paradeiro do marido.
— Ainda bem que a minha nora correu atrás e conseguiu a localização do celular dele, se não poderia ter sido enterrado como indigente, pois estava sem os documentos no hospital — conta estarrecido pelo acidente que tirou a vida do filho — É um sofrimento enorme. Fiquei uma semana sem conseguir fazer nada. É A gente nunca espera enterrar o filho.
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No dia 1º de agosto, dois dias depois do sumiço de Rhenê e ainda sem informações concretas do que tinha acontecido com ele, uma das irmãs do garçom publicou no Facebook um pedido de ajuda para amigos e familiares. “Gente por favor se alguém tiver alguma notícia entra em contato com a família, estamos desesperados”, escreveu na postagem. No dia 4, a irmã publicou um post de homenagem ao irmão. A família só conseguiu a confirmação da morte no dia 1º de agosto, dois dias depois do acidente, quando foi reconhecer o corpo de Rhenê no IML.
Rhenê é natural de Ipueiras, no Ceará. Ele deixa três filhos pequenos de 12, 8 e 4 anos, esposa e dois enteados. O filho mais velho veio com a avó paterna para se despedir do pai, no velório que aconteceu no Cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá. Eles já voltaram para o Maranhão.
A Polícia Civil do Rio instaurou um inquérito para investigar o caso. A 16ª DP (Barra da Tijuca) disponibilizou os telefones do Disque-Denúncia (2253-1177) e da delegacia (96738-7946) para receber informações.
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