O carro em que estava o deputado estadual e policial civil licenciado Márcio Gualberto (PL) foi alvo de tiros de criminosos. O caso aconteceu na noite desta quinta-feira, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. A Polícia Civil investiga o caso. Ninguém ficou ferido.
A nota divulgada pela assessoria do deputado na manhã desta sexta-feira fala que o parlamentar "sofreu uma tentativa de assalto" quando voltava para casa. Gualberto afirma que, neste momento, não descarta a possibilidade de ter sido uma outra motivação, mas tem essa como principal hipótese, apesar dos homens estarem fortemente armados.
À noite, o deputado deixou a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e seguia para casa, no bairro. No carro, estava acompanhado pelo motorista e pelo segurança quando o veículo foi fechado por outro, da cor branca, na Rua Marechal Marciano, na altura do antigo posto do INSS, por volta das 21h.
Houve troca de tiros no momento da abordagem após o segurança do parlamentar reagir à ação dos criminosos.
— Um carro se colocou ao lado do meu, e nós já estranhamos. De forma extremamente abrupta, ele fecha meu carro. Se a pessoa não passou mal, ou é assaltou, ou emboscada. Como estávamos mais ou menos preparados para o que viria, o segurança começou a baixar o vídeo, e começamos a dar ré. Nisso, desceu um bandido do carro e começou a atirar, sem anunciar nada, e veio outro. Tivemos tempo de reação. O segurança do lado do carona reagiu. Quando notaram que o armamento era de grosso calibre, eles não esperavam, foram para trás de um poste, depois atrás do carro e em seguida fugiram. Um terceiro tentou sair do carro, mas não conseguiu porque começou a troca de tiros — conta o deputado.
A troca de tiros durou entre um e dois minutos, estima. O veículo do parlamentar é blindado. Ninguém ficou ferido. E nada foi levado.
O segurança que acompanhava Gualberto é um policial militar cedido à Alerj para o acompanhar. Em março de 2021, o deputado também teve o carro atingido por tiros quando acessou uma rua paralela à Avenida Brasil, na altura de Guadalupe. Márcio Gualberto também é presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj.
— Provavelmente foi uma tentativa de assalto. Evidentemente, nunca podemos descartar nada pelos embates que tenho, sempre pedindo rigor pelo endurecimento das leis, para acabar com saidinha e visita íntima, dizendo que preso tem que trabalhar. Como policial civil, nunca descartamos nada. Acredito ser uma tentativa de assalto, ainda que extremamente violenta — disse o parlamentar.
Em uma publicação em seu perfil numa rede social, uma foto do carro mostra o local onde um dos tiros de fuzil pode ter acertado. Ao compartilhar a imagem, por volta das 23h30 de ontem, ele falou sobre o caso.
— Não é nada que não tenha acontecido com milhares de outros cidadãos do Rio de Janeiro. Mas me recuso a me acostumar a essa realidade e a essa violência. E é bom que não me acostume, porque o estado do Rio tem todas as possibilidades de se tornar uma potência mundial, e, hoje, temos essa chaga aberta com uma quantidade de fatores que cooperam com isso. É preciso combater firmemente isso que acontece — disse.
Em nota, a Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 34ª DP (Bangu) e a investigação está em andamento para identificar a autoria do crime e esclarecer o fato.
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