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Por — Rio de Janeiro

O secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, classificou como "um desrespeito com a corporação e a população" o episódio em que PMs filmaram uma festa de aniversário improvisada para um miliciano baleado e preso durante uma ação da polícia na Avenida Brasil, no último dia 7. No vídeo, gravado por um dos policiais, os agentes cantam parabéns para Jean Arruda da Silva, de 27 anos, baleado durante a operação, acompanhados de outros dois suspeitos também internados no mesmo quarto e algemados às camas. Aos pés da cama de Jean, foi colocado um bolo com uma vela e um refrigerante.

— É um absurdo e inaceitável. Um desrespeito com a corporação e com a população. Foi instaurado um inquérito que vai apurar a conduta dos agentes. Na esfera da Justiça Militar, eles devem responder pelos crimes de negligência ao serviço e desatenção, uma vez que não cumpriram com o que foi trabalho designado. A missão deles era tomar conta para que os presos não fugissem. O vídeo não reflete a corporação. É um ato vergonhoso — afirmou o coronel Luiz Henrique.

PMs cantam 'parabéns' para suspeito preso sob custódia em Hospital no Rio; veja vídeo

PMs cantam 'parabéns' para suspeito preso sob custódia em Hospital no Rio; veja vídeo

Segundo investigações da Polícia Civil, Jean Arruda da Silva, Wallace Oliveira Balbino e Driel Azevedo de Araújo, os três presos que aparecem no vídeo e foram capturados durante a operação na Avenida Brasil, integram a cúpula da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. O trio é conhecido no grupo como "homens de guerra". Eles seriam responsáveis por fazer a escolta do bonde dos paramilitares durante as ações criminosas. Ainda de acordo com a polícia, Driel Azevedo seria o chefe do grupo criminoso.

Os dois policiais que aparecem no vídeo são os sargentos William da Silva Lima, de 48 anos, e Nilson Oliveira da Silva Junior, de 38. William está na corporação da PM há 25 anos e é primeiro-sargento da PM, estava apto à promoção de subtenente. Já Nilson está na corporação desde 2008. Ele é terceiro sargento da PM, lotado atualmente no 27º BPM (Santa Cruz).

Operação interceptou "bonde" de milicianos na Avenida Brasil — Foto: Reprodução/TV Globo
Operação interceptou "bonde" de milicianos na Avenida Brasil — Foto: Reprodução/TV Globo

Relembre a ação que prendeu 15 milicianos

A operação policial no último dia 7 de março expôs a dimensão da guerra travada entre quadrilhas rivais na Zona Oeste. Com o “bonde” de 16 milicianos, que estavam em quatro carros roubados e clonados na Avenida Brasil, em Campo Grande, foram encontrados 12 fuzis, 58 carregadores, duas granadas, sete pistolas e mais de 1.500 projéteis. Após intensa troca de tiros, 15 acabaram presos — seis deles foram baleados — e um fugiu. A quadrilha tinha acabado de se envolver num confronto em uma favela que vem sendo invadida por traficantes.

A Avenida Brasil ficou interditada por duas horas, provocando um grande engarrafamento. De acordo com a polícia, o grupo voltava para Santa Cruz vindo da Favela da Carobinha, em Campo Grande, comunidade dominada por milicianos, mas que vem sendo alvo de ataques do Comando Vermelho (CV) e da Amigos dos Amigos (ADA). As duas facções do tráfico, historicamente rivais, vêm se unindo para retomar territórios ocupados hoje por milícias.

— Esse bonde deslocou-se na madrugada com a finalidade de dar reforço a uma comunidade, também dominada pela milícia, que está travando uma guerra com a facção criminosa de narcotraficantes — disse João Valentim, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco-IE).

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