A cada 46 minutos, em média, a polícia do Rio registra um caso de porte de drogas. Nos cinco primeiros meses deste ano, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram 4.786 ocorrências, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2023. O número supera os casos de tráfico de drogas no mesmo período (4.348 registros). Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de maconha para consumo pessoal e estabeleceu o limite de 40 gramas de droga ou seis plantas-fêmea de cannabis para que uma pessoa seja qualificada como usuária da droga.
Os dados do ISP não diferenciam qual é o tipo da droga, nem a quantidade de usuários que estavam com o entorpecente. No total, somando-se tráfico, porte e apreensão de drogas sem autor — quando o material é encontrado mas ninguém é preso —, foram 9.965 ocorrências entre janeiro e maio deste ano, contra 9.629 no mesmo período de 2023, o que representa um crescimento de 3,5% no índice.
Das 4.786 ocorrências de porte de drogas deste ano, 799 (16,7%) foram em Campos dos Goytacazes, município com mais casos. Em seguida, vêm a capital (651), Miguel Pereira e Paty do Alferes (328), Volta Redonda (273) e Itaperuna e São José de Ubá (232 registros).
Analisando-se as áreas de delegacias (Cisps, ou Circunscrições Integradas de Segurança Pública), o topo do ranking está todo no interior do estado: 134ª DP (Campos), 96ª DP (Miguel Pereira), 93ª DP (Volta Redonda), 143ª DP (Itaperuna) e 146ª DP (Guarus - Campos).
Na cidade do Rio, a delegacia com mais ocorrências é a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), com 74 registros entre janeiro e maio deste ano, seguida pela 16ª DP (Barra da Tijuca), 21ª DP (Bonsucesso), 18ª DP (Praça da Bandeira) e 37ª DP (Ilha do Governador).
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