O traficante William Sousa Guedes, o Corolla ou Chacota, preso por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) na localidade conhecida como Azul, na Favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio, na última quarta-feira, é conhecido por ostentar nas redes, praticar treino físico com coletes e fuzis como preparo para os embates do tráfico e por seus antecedentes criminais. Apontado pela polícia como chefe do tráfico no Morro São João, no Engenho Novo, ele tem 54 anotações em sua ficha criminal.
- Moradores denunciam mais de 20 casos de cachorros envenenados em praça na Tijuca; Comlurb fez limpeza na área nesta quarta
- Confira também: Justiça condena criador de grupo no Discord que praticava estupros virtuais e induzia atos de extrema violência a 24 anos de prisão
Segundo a polícia, o traficante é responsável pela guerra no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e também dá apoio a Doca da Penha para invadir comunidades na Zona Oeste. Corolla é originário da favela de Manguinhos, dominada pelo Comando Vermelho (CV). Também é um homem de confiança de Wilton Quintanilha, o Abelha, que controla bocas de fumo na Lapa, na região central do Rio.
Treinamento para confrontos armados
Chefe do tráfico preso no Rio treinava para tiroteios em esteira com colete e fuzil
Em vídeos apreendidos pela Polícia Civil, Corolla é gravado em uma intensa rotina de treinos físicos. As atividades físicas seriam para estar preparado para os tiroteios. Nas imagens divulgadas pelo G1, William aparece correndo em uma esteira enquanto usa um colete à prova de balas, aparentemente pesado, e carregando um fuzil. Em outro vídeo, ele treina tiro ao alvo com outro traficante ainda não identificado — eles atiram de fuzil contra pneus empilhados.
Suspeito de morte de policial militar
Corolla também é suspeito de ter envolvimento na morte do policial militar Daniel Henrique Mariotti, de 30 anos, em janeiro de 2019. O PM era lotado no 22º BPM, Maré, e foi baleado na cabeça em uma das saídas da Linha Amarela, em Bonsucesso, na Zona Norte.
Tráfico de 150 kg de cocaína do Paraguai
No ano passado, a polícia apreendeu 150 quilos de cocaína em um cerco ao Complexo da Penha e ao Complexo da Maré, na Zona Norte, e a Cidade de Deus, na Zona Oeste. A droga, negociada por Corolla, tinha vindo do Paraguai. Ela estava embalada em caixas de papelão lacradas com uma fita usada para selar embalagens de munição. Na época, o sargento da PM Yuri Luiz Desiderati Ribeiro foi detido suspeito de ter ligações com Corolla.
Joias e ostentação
Corolla gosta de aparecer nas redes sociais usando cordões, anéis e um bracelete de ouro. Uma das joias tem o desenho do símbolo de um carro ao lado de pedras preciosas. Já um dos anéis usados pelo bandido traz uma espécie de miniatura de duas torres da Igreja da Penha, bairro onde fica a Vila Cruzeiro, uma das comunidades com o comércio de drogas controlado pelo Comando Vermelho.
Prisão
William Sousa Guedes, o Corolla ou Chacota, é preso por policiais da DRE na Favela do Jacarezinho
Corolla foi preso após uma ação de inteligência da DRE, que há meses vinha monitorando o traficante. A prisão dele teve o apoio de agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio