São Paulo sediará o primeiro Instituto Pasteur da França no Brasil ainda em 2023. O objetivo da instituição é trabalhar para prevenir futuras pandemias, entre outras investigações.
- Quantas calorias você deve consumir por dia? Calculadora do GLOBO responde
- Falhas graves relacionadas à higiene: Anvisa suspende alimentos da Fugini
Dirigentes do laboratório francês e do estado de São Paulo assinaram em Paris, nesta sexta-feira, a criação deste novo Instituto Pasteur, que assumirá o trabalho de uma plataforma de cooperação já existente com a Universidade de São Paulo (USP).
— Esperamos que o Instituto Pasteur em São Paulo continue o excelente trabalho que começou durante a crise da Covid — disse o diretor geral do Instituto Pasteur, Stewart Cole.
- Fentanil: Saiba o que é e quais os riscos
O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerou um “passo forte” e garantiu que as pesquisas realizadas durante a Covid vão continuar “para o desenvolvimento de vacinas, para a saúde pública em geral”.
— Com base nessa parceria, certamente estaremos mais bem preparados para enfrentar novas pandemias virais no Brasil e no mundo — disse o reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti, durante a cerimônia.
O Instituto Pasteur de São Paulo terá 17 laboratórios no campus da Cidade Universitária, na capital econômica brasileira, e poderá receber até 80 pesquisadores de todo o mundo. Sua pesquisa se concentrará em doenças transmissíveis e não transmissíveis, emergentes, reemergentes, negligenciadas ou em evolução, incluindo aquelas que afetam o sistema neurológico, de acordo com um comunicado do Institut Pasteur.
O segundo Instituto Pasteur da América Latina depois de Montevidéu, sem contar os dois localizados em territórios franceses da região, fará parte da Rede Pasteur global, da qual também participa a fundação brasileira Fiocruz.
Com 700 mil mortes, o Brasil foi o segundo país do mundo e o primeiro da América Latina com maior número de óbitos (em números absolutos) por Covid-19. Os Estados Unidos acumularam 1,1 milhão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pandemia estourou no Brasil no final de fevereiro de 2020, sob o governo de extrema-direita Jair Bolsonaro, um negacionista que comparou a Covid a "uma gripezinha", se recusou a usar máscara e se opôs à vacinação .
O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros opositores defenderam a vacinação contra o vírus, que retardou sua multiplicação e evitou milhões de mortes.
Inscreva-se na Newsletter: Saúde em dia