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Theologia Germanica: diferenças entre revisões

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'''''Theologia Germanica''''', também conhecido como '''''Theologia Deutsch''''' ou '''''Teutsch''''', ou como '''''Der Franckforter''''', é um tratado [[Cristianismo místico|místico]] que acredita-se ter sido escrito no final do século 14{{HarvRef|McGinn|2005|p=394}} por um autor anônimo. De acordo com a introdução de ''Theologia'' o autor era um [[sacerdote]] e membro da [[Ordem Teutónica|Ordem Teutônica]] que vivia em [[Frankfurt am Main|Frankfurt]], Alemanha.<sup>&#x5B;</sup><sup id="cx" tabindex="0">[[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|<span title="Esta afirmação precisa de uma referência para confirmá-la.">''carece&nbsp;de fontes''</span>]]<span class="printfooter">?</span>&#x5D;</sup>
'''''Theologia Germanica''''', também conhecido como '''''Theologia Deutsch''''' ou '''''Teutsch''''', ou como '''''Der Franckforter''''', é um tratado [[Cristianismo místico|místico]] que acredita-se ter sido escrito no final do século XIV{{HarvRef|McGinn|2005|p=394}} por um autor anônimo. De acordo com a introdução de ''Theologia'' o autor era um [[sacerdote]] e membro da [[Ordem Teutónica|Ordem Teutônica]] que vivia em [[Frankfurt am Main|Frankfurt]], Alemanha.{{carece de fontes|data=dezembro de 2017}}
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O tratado foi escrito durante o perturbador reinado do [[Papado de Avinhão|Papado de Avignon]] (1309-78), quando muitos clérigos foram proibidos de realizar os ritos [[Igreja Católica|católicos]], por causa da luta de poder entre o [[Papa]] e o [[Imperador Romano-Germânico]]. Grupos leigos de indivíduos piedosos, como os Amigos de Deus, se tornaram proeminentes durante esse período, e o autor geralmente está associado aos [[Os amigos de Deus|Amigos de Deus]].<sup>&#x5B;</sup><sup id="cx" tabindex="0">[[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|<span title="Esta afirmação precisa de uma referência para confirmá-la.">''carece&nbsp;de fontes''</span>]]<span class="printfooter">?</span>&#x5D;</sup>
O tratado foi escrito durante o perturbador reinado do [[Papado de Avinhão|Papado de Avignon]] (1309-78), quando muitos clérigos foram proibidos de realizar os ritos [[Igreja Católica|católicos]], por causa da luta de poder entre o [[Papa]] e o [[Imperador Romano-Germânico]]. Grupos leigos de indivíduos piedosos, como os Amigos de Deus, se tornaram proeminentes durante esse período, e o autor geralmente está associado aos [[Os amigos de Deus|Amigos de Deus]].{{carece de fontes|data=dezembro de 2017}}
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O ''Theologia Germanica'' sobrevive até hoje em apenas oito manuscritos, todos a partir da segunda metade do século XV. Claramente, portanto, não foi amplamente divulgado antes de chamar a atenção de Martinho Lutero.<sup>&#x5B;</sup><sup id="cx" tabindex="0">[[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|<span title="Esta afirmação precisa de uma referência para confirmá-la.">''carece&nbsp;de fontes''</span>]]<span class="printfooter">?</span>&#x5D;</sup>
O ''Theologia Germanica'' sobrevive até hoje em apenas oito manuscritos, todos a partir da segunda metade do século XV. Claramente, portanto, não foi amplamente divulgado antes de chamar a atenção de Martinho Lutero.{{carece de fontes|data=dezembro de 2017}}
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== Visão de Lutero ==
== Visão de Lutero ==
[[Martinho Lutero]] produziu uma edição parcial pela primeira vez em 1516. Naquela época, Lutero pensou que o trabalho poderia ter sido escrito por [[Johann Tauler|John Tauler]]. Em 1518, ele produziu uma edição mais completa com base em um novo manuscrito que encontrou. Foi Lutero quem deu ao tratado seu nome moderno; nos manuscritos é conhecido como ''Der Franckforter'' (''Frankfurter'').
[[Martinho Lutero]] produziu uma edição parcial pela primeira vez em 1516. Naquela época, Lutero pensou que o trabalho poderia ter sido escrito por [[Johann Tauler|John Tauler]]. Em 1518, ele produziu uma edição mais completa com base em um novo manuscrito que encontrou. Foi Lutero quem deu ao tratado seu nome moderno; nos manuscritos é conhecido como ''Der Franckforter'' (''Frankfurter'').


''Theologia Germanica'' propõe que [[Deus]] e o homem podem ser totalmente unidos seguindo um caminho de perfeição, como exemplificado pela vida de [[Jesus|Cristo]], renunciando o [[pecado]] e o [[egoísmo]], em última análise, permitindo que a vontade de Deus para substituir a vontade humana. Lutero escreveu: {{Quote|texto=<span style="color: rgb(37, 37, 37); font-family: Roboto, arial, sans-serif; font-size: 18px;">Ao lado da Bíblia e de Santo Agostinho, nenhum livro chegou em minhas mãos, da qual aprendi mais de Deus e de Cristo, e o homem e todas as coisas que são.</span>}}Outro objetivo de Lutero na publicação foi apoiar sua tese de que a [[língua alemã]] era tão adequada para expressar idéias teológicas como as línguas [[hebraica]], grega e latina.<ref>{{Citation|título=Preface|ano=1518|url=http://www.ccel.org/ccel/anonymous/theologia.iii.html|obra=Theologia Germanica|publicado=The Christian Classics Ethereal Library|editor-sobrenome =Luther|editor-nome =Martin|acessodata=2010-04-20}}<code style="color:inherit; border:inherit; padding:inherit;">&#x7C;access-date=</code> e <code style="color:inherit; border:inherit; padding:inherit;">&#x7C;accessdate=</code> redundantes ([[Ajuda:Erros nas referências#redundant parameters|ajuda]])
''Theologia Germanica'' propõe que [[Deus]] e o homem podem ser totalmente unidos seguindo um caminho de perfeição, como exemplificado pela vida de [[Jesus|Cristo]], renunciando o [[pecado]] e o [[egoísmo]], em última análise, permitindo que a vontade de Deus para substituir a vontade humana. Lutero escreveu: {{Quote|texto=<span style="color: rgb(37, 37, 37); font-family: Roboto, arial, sans-serif; font-size: 18px;">Ao lado da Bíblia e de Santo Agostinho, nenhum livro chegou em minhas mãos, da qual aprendi mais de Deus e de Cristo, e o homem e todas as coisas que são.</span>}}Outro objetivo de Lutero na publicação foi apoiar sua tese de que a [[língua alemã]] era tão adequada para expressar idéias teológicas como as línguas [[hebraica]], grega e latina.<ref>{{Citation|título=Preface|ano=1518|url=http://www.ccel.org/ccel/anonymous/theologia.iii.html|obra=Theologia Germanica|publicado=The Christian Classics Ethereal Library|editor-sobrenome =Luther|editor-nome =Martin|acessodata=2010-04-20}}</ref> O tratado em si não discutir ou refletir sobre o fato de que ele é escrito em alemão.
[[Categoria:!Páginas com citações e parâmetros redundantes]]</ref> O tratado em si não discutir ou refletir sobre o fato de que ele é escrito em alemão.


''Theologia Germanica'' foi muito acolhido na [[Reforma Radical]], e depois na [[Luteranas|luterana]] e nas tradições do [[Pietismo]]. Em 1528, [[Ludwig Haetzer]] republicou ''Theologia Germanica'' com "Proposições" interpretativas do Reformador Radical [[Hans Denck]]. No final de sua vida (1541-42), o radical [[Sebastian Franck]] produziu uma paráfrase latina da versão de Haetzer. [[Sebastian Castellion]] publicou traduções latinas (1557) e francesas (1558), após sua ruptura com [[João Calvino]] sobre a execução de [[Miguel Servet]] (1553). Pouco mais de uma década mais tarde, [[Valentin Weigel]] estudou a obra em sua ''Short Account and Introduction to the German Theology ''(1571). O místico [[Johann Arndt]] reeditou uma impressão anterior baseada em Lutero em 1597; Esta versão foi aprovada por [[Philip Jacob Spener]] e teve mais de sessenta impressões posteriores.{{HarvRef|McGinn|2005|p=393}} No total, cerca de duas centenas de edições foram publicadas entre os séculos XVI e XX.
''Theologia Germanica'' foi muito acolhido na [[Reforma Radical]], e depois na [[Luteranas|luterana]] e nas tradições do [[Pietismo]]. Em 1528, [[Ludwig Haetzer]] republicou ''Theologia Germanica'' com "Proposições" interpretativas do Reformador Radical [[Hans Denck]]. No final de sua vida (1541-42), o radical [[Sebastian Franck]] produziu uma paráfrase latina da versão de Haetzer. [[Sebastian Castellion]] publicou traduções latinas (1557) e francesas (1558), após sua ruptura com [[João Calvino]] sobre a execução de [[Miguel Servet]] (1553). Pouco mais de uma década mais tarde, [[Valentin Weigel]] estudou a obra em sua ''Short Account and Introduction to the German Theology ''(1571). O místico [[Johann Arndt]] reeditou uma impressão anterior baseada em Lutero em 1597; Esta versão foi aprovada por [[Philip Jacob Spener]] e teve mais de sessenta impressões posteriores.{{HarvRef|McGinn|2005|p=393}} No total, cerca de duas centenas de edições foram publicadas entre os séculos XVI e XX.

Edição atual tal como às 03h17min de 1 de setembro de 2023

Theologia Germanica, também conhecido como Theologia Deutsch ou Teutsch, ou como Der Franckforter, é um tratado místico que acredita-se ter sido escrito no final do século XIV[1] por um autor anônimo. De acordo com a introdução de Theologia o autor era um sacerdote e membro da Ordem Teutônica que vivia em Frankfurt, Alemanha.[carece de fontes?]

O tratado foi escrito durante o perturbador reinado do Papado de Avignon (1309-78), quando muitos clérigos foram proibidos de realizar os ritos católicos, por causa da luta de poder entre o Papa e o Imperador Romano-Germânico. Grupos leigos de indivíduos piedosos, como os Amigos de Deus, se tornaram proeminentes durante esse período, e o autor geralmente está associado aos Amigos de Deus.[carece de fontes?]

O Theologia Germanica sobrevive até hoje em apenas oito manuscritos, todos a partir da segunda metade do século XV. Claramente, portanto, não foi amplamente divulgado antes de chamar a atenção de Martinho Lutero.[carece de fontes?]

Visão de Lutero

[editar | editar código-fonte]

Martinho Lutero produziu uma edição parcial pela primeira vez em 1516. Naquela época, Lutero pensou que o trabalho poderia ter sido escrito por John Tauler. Em 1518, ele produziu uma edição mais completa com base em um novo manuscrito que encontrou. Foi Lutero quem deu ao tratado seu nome moderno; nos manuscritos é conhecido como Der Franckforter (Frankfurter).

Theologia Germanica propõe que Deus e o homem podem ser totalmente unidos seguindo um caminho de perfeição, como exemplificado pela vida de Cristo, renunciando o pecado e o egoísmo, em última análise, permitindo que a vontade de Deus para substituir a vontade humana. Lutero escreveu:

Ao lado da Bíblia e de Santo Agostinho, nenhum livro chegou em minhas mãos, da qual aprendi mais de Deus e de Cristo, e o homem e todas as coisas que são.

Outro objetivo de Lutero na publicação foi apoiar sua tese de que a língua alemã era tão adequada para expressar idéias teológicas como as línguas hebraica, grega e latina.[2] O tratado em si não discutir ou refletir sobre o fato de que ele é escrito em alemão.

Theologia Germanica foi muito acolhido na Reforma Radical, e depois na luterana e nas tradições do Pietismo. Em 1528, Ludwig Haetzer republicou Theologia Germanica com "Proposições" interpretativas do Reformador Radical Hans Denck. No final de sua vida (1541-42), o radical Sebastian Franck produziu uma paráfrase latina da versão de Haetzer. Sebastian Castellion publicou traduções latinas (1557) e francesas (1558), após sua ruptura com João Calvino sobre a execução de Miguel Servet (1553). Pouco mais de uma década mais tarde, Valentin Weigel estudou a obra em sua Short Account and Introduction to the German Theology (1571). O místico Johann Arndt reeditou uma impressão anterior baseada em Lutero em 1597; Esta versão foi aprovada por Philip Jacob Spener e teve mais de sessenta impressões posteriores.[3] No total, cerca de duas centenas de edições foram publicadas entre os séculos XVI e XX.

Opiniões contrárias

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João Calvino e a tradição Reformada rejeitaram o trabalho. Em uma carta à Congregação Reformada em Frankfurt, Calvino diz que é "concebido pela astúcia de Satanás... contém um veneno escondido que pode envenenar a igreja."[4]

O suporte para o Theologia Germanica entre os Protestantes levou a Igreja Católica suspeitar do trabalho. Em 1612, o Papa Paulo V colocou-o sobre o Index Librorum Prohibitorum da Igreja Católica, onde permaneceu até a segunda metade do século XX. No entanto, os místicos católicos continuaram a ler o livro.

  1. McGinn 2005, p. 394.
  2. Luther, Martin, ed. (1518), «Preface», The Christian Classics Ethereal Library, Theologia Germanica, consultado em 20 de abril de 2010 
  3. McGinn 2005, p. 393.
  4. Hoffman 1980, p. 26, ‘Introduction’.
  • Theologia germanica, Christian Classics Ethereal Library .
  • Theologia Germanica áudio grátis em inglês por Librivox
  • David Blamires, trans., Theologia Deutsch—Theologia Germanica: The Book of the Perfect Life (Sacred Literature Series. Walnut Creek: Altamira Press, 2003)
  • John Furguson, Encyclopedia of Mysticism and Mystery Religions (Crossroad: New York, 1982)
  • Hoffman, Bengt, tr (1980), The Theologia Germanica of Martin Luther, The Classics of Western Spirituality, Paulist Press .
  • McGinn, Bernard (2005), The Harvest of Mysticism, pp. 392–404 .
  • Winkworth, Susanna, tr (1857), Theologia Germanica, Andover: John P Jewett & Co