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Monarquia constitucional: diferenças entre revisões

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{{Monarquia}}
{{Monarquia}}
'''Monarquia constitucional''' é uma forma de [[monarquia]] na qual o [[Monarca|soberano]] exerce a autoridade de acordo com uma [[constituição]] escrita ou não escrita,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Berner|primeiro=Samuel|ultimo2=Lopez|primeiro2=Robert S.|ultimo3=Barnes|primeiro3=Thomas G.|ultimo4=Blum|primeiro4=Jerome|ultimo5=Cameron|primeiro5=Rondo|data=1976-02|titulo=Civilization Western and World: From the Eighteenth Century to the Present|url=http://dx.doi.org/10.2307/492305|jornal=The History Teacher|volume=9|numero=2|paginas=312|doi=10.2307/492305|issn=0018-2745}}</ref> enquanto o [[Poder Legislativo]] é exercido por um [[Parlamento]], geralmente eleito pelos cidadãos. A monarquia constitucional difere da [[monarquia absoluta]] (na qual o monarca detém o poder absoluto) já que, nesse sistema, o [[monarca]] está obrigado a exercer seus poderes e autoridades dentro dos limites prescritos dentro de uma estrutura legal estabelecida. As monarquias constitucionais variam de países como [[Marrocos]], [[Jordânia]], [[Kuwait]] e [[Bahrein]], onde a Constituição concede poderes discricionários substanciais ao soberano, a países como o [[Japão]] e a [[Suécia]], onde o [[monarca]] não detém autoridades formais.
Uma '''monarquia constitucional''' ou '''monarquia parlamentarista''', que se opõe à [[monarquia tradicional]] e à [[monarquia absolutista]], é um sistema político em [[monarquia]] que reconhece um [[rei]] eleito ou hereditário como [[chefe do Estado]], mas em que há uma [[constituição]] (série de leis fundamentais) que limita os poderes do mesmo [[monarca]].


A monarquia constitucional pode referir-se a um sistema no qual o monarca atua como um [[chefe de Estado]] político não partidário sob a constituição, seja ela escrita ou não.<ref>{{Citar livro|url=http://sk.sagepub.com/cqpress/the-encyclopedia-of-political-science|título=The Encyclopedia of Political Science|ultimo=Kurian|primeiro=George|data=2011|editora=CQ Press|local=2300 N Street, NW, Suite 800, Washington DC 20037 United States|doi=10.4135/9781608712434|isbn=9781933116440}}</ref> Enquanto a maioria dos monarcas pode ter autoridade formal e o governo pode operar legalmente em nome do monarca, na forma comum na [[Europa]], o monarca não mais estabelece pessoalmente políticas públicas ou escolhe líderes políticos. O cientista político [[Vernon Bogdanor]], parafraseando [[Thomas Macaulay]], definiu um monarca constitucional como "um soberano que reina, mas não governa".<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bogdanor|primeiro=V.|data=1996-07-01|titulo=The Monarchy and the Constitution|url=https://academic.oup.com/pa/article-lookup/doi/10.1093/pa/49.3.407|jornal=Parliamentary Affairs|lingua=en|volume=49|numero=3|paginas=407–422|doi=10.1093/pa/49.3.407|issn=0031-2290}}</ref>
A [[chefe de Estado|chefia de Estado]] é exercida por um [[monarca]]; a [[Chefe de Governo|chefia de Governo]] por um [[primeiro-ministro]], por um [[presidente do Conselho de Ministros]] ou pelo [[Presidente do governo]], a ele cabendo o verdadeiro encargo do [[Poder Executivo]] e a direção das políticas interna e externa do país, além da administração civil e militar, de acordo com as leis e a [[Constituição]] nacionais. Existe também uma [[Prerrogativa Real nas Monarquias Constitucionais|Prerrogativa Real]] ou [[Poder moderador]] chefiado pelo Monarca.


Além de agir como um símbolo visível da unidade nacional, um monarca constitucional pode ter poderes formais, tais como dissolver o parlamento ou dar assentimento real à legislação. Contudo, o exercício de tais poderes é estritamente de acordo com princípios constitucionais escritos ou convenções constitucionais não escritas, ao invés de qualquer preferência política pessoal imposta pelo soberano. Muitas monarquias constitucionais ainda mantêm autoridades significativas ou influência política, no entanto, como através de certos [[Prerrogativa Real nas Monarquias Constitucionais|poderes de reserva]], e também podem desempenhar um importante papel político.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}
As monarquias constitucionais modernas obedecem frequentemente a um sistema de separação de poderes: nele, o monarca é o chefe de estado, o poder executivo é dividido em dois, governo e estado. A monarquia parlamentarista constitucional caracteriza-se pela divisão do poder executivo em [[chefe de estado apartidário]] e [[chefe de governo partidário]], eleito pelo povo. Em regra, o rei, chefe de Estado, compete as forças armadas, relações exteriores e a fiscalização do parlamento, podendo dissolver e convocar novas eleições em caso de crise política e apelo popular pela dissolução.

O [[Reino Unido]] e os outros [[Reinos da Comunidade de Nações|reinos da Commonwealth]] são todas monarquias constitucionais no [[Sistema Westminster|sistema de governo constitucional de Westminster]]. Duas monarquias constitucionais - [[Malásia]] e [[Camboja]] - são [[Monarquia eletiva|monarquias eletivas]], onde o governante é periodicamente selecionado por um pequeno colégio eleitoral.

== História ==
A mais antiga monarquia constitucional que remonta aos tempos antigos foi a dos [[Hititas]]. Eles eram um antigo povo da [[Anatólia]] que viveu durante a [[Idade do Bronze]], cujo rei ou rainha compartilhava sua autoridade com uma assembleia, chamada de ''Panku'', que era o equivalente a um parlamento deliberativo moderno ou uma legislatura. Os membros do ''Panku'' vinham de famílias nobres espalhadas que trabalhavam como representantes de seus súditos em uma paisagem de tipo federal adjutora ou subalterna.<ref>{{Citar web|titulo=The Hittites|url=http://www.smie.co/html/cultural_history/hittites/hittites_3.shtml|obra=www.smie.co|acessodata=2019-08-10}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/49745608|título=The Hattian and Hittite civilizations|ultimo=Akurgal, Ekrem.|data=2001|editora=Ministry of Culture|edicao=1st ed|local=Ankara|isbn=9751727561|oclc=49745608}}</ref>

=== Reino Unido ===
No [[Reino da Inglaterra]], a [[Revolução Gloriosa|Revolução Gloriosa de 1688]] levou a uma monarquia constitucional restrita por leis como a [[Declaração de Direitos de 1689]] e o [[Decreto de Estabelecimento de 1701]], embora os limites sobre o poder do monarca ("uma monarquia limitada") sejam muito mais antigos que isso (ver ''[[Magna Carta]]''). Ao mesmo tempo, na [[Escócia]], a Convenção de Propriedades promulgou a Lei de Reivindicação de Direitos de 1689, que estabeleceu limites semelhantes à monarquia escocesa.<ref>{{citar web|url=http://www.legislation.gov.uk/id?title=Claim+of+Right+Act+1689|titulo=Lei de Reivindicação de Direitos de 1689|data=|acessodata=|publicado=Parlamento do Reino Unido|ultimo=|primeiro=}}</ref>

Embora a [[Ana da Grã-Bretanha|Rainha Ana]] tenha sido a última monarca a vetar uma Lei do Parlamento quando, em 11 de março de 1708, ela impediu que a Lei da Milícia Escocesa fosse aprovada,<ref>{{Citar web|titulo=1705 {{!}} History of Parliament Online|url=http://www.historyofparliamentonline.org/volume/1690-1715/parliament/1705|obra=www.historyofparliamentonline.org|acessodata=2019-08-10}}</ref> os monarcas da [[Casa de Hanôver]] continuaram a ditar seletivamente as políticas do governo. Por exemplo, [[Jorge III do Reino Unido|Jorge III]] bloqueou constantemente a [[Roman Catholic Relief Act 1829|Lei de Ajuda Católica de 1829]], eventualmente precipitando a renúncia de [[William Pitt, o Novo]], como primeiro-ministro em 1801.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/56673238|título=William Pitt the Younger|ultimo=Hague, William, 1961-|data=2004|editora=HarperCollins|local=London|isbn=0007147198|oclc=56673238}}</ref> A influência do soberano sobre a escolha do primeiro-ministro diminuiu gradualmente ao longo deste período, sendo [[Guilherme IV do Reino Unido|Guilherme IV]] o último monarca a demitir um primeiro ministro, quando em 1834 ele demitiu o [[William Lamb, 2.º Visconde Melbourne|Lorde Melbourne]] como resultado da escolha do Lorde [[John Russell, 1.º Conde Russell|John Russell]] como líder da Câmara dos Comuns.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/84995959|título=Robert Peel: a biography|ultimo=Hurd, Douglas, 1930-|data=2007|editora=Weidenfeld & Nicolson|local=London|isbn=9780297848448|oclc=84995959}}</ref><ref name=":0">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/37231490|título=Lord Melbourne, 1779-1848|ultimo=Mitchell, L. G. (Leslie George)|data=1997|editora=Oxford University Press|local=Oxford|isbn=0198205929|oclc=37231490}}</ref> A [[Vitória do Reino Unido|Rainha Vitória]] foi a última monarca a exercer poder pessoal real, mas isso diminuiu ao longo de seu reinado. Em 1839, ela se tornou a última soberana a manter um primeiro-ministro no poder contra a vontade do Parlamento quando uma crise política resultou na retenção da administração do Lorde Melbourne.<ref name=":0" /> No final de seu reinado, no entanto, ela não podia fazer nada para bloquear a inaceitável escolha (para ela) de [[William Ewart Gladstone|William Gladstone]] como primeiro-ministro britânico, embora ela ainda exercesse o poder de nomeações para o Gabinete, por exemplo em 1886, impedindo a escolha de [[Hugh Childers]] para o cargo Secretário da Guerra. em favor do [[Henry Campbell-Bannerman|''Sir'' Henry Campbell-Bannerman]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/632928|título=CB: a life of Sir Henry Campbell-Bannerman.|ultimo=Wilson, John, 1924-2014.|data=1973|editora=Constable|local=London,|isbn=009458950X|oclc=632928}}</ref>

Hoje, o papel do monarca britânico é por convenção efetivamente cerimonial. Em vez disso, o Parlamento Britânico e o Governo - principalmente o gabinete do Primeiro Ministro - exercem seus poderes sob "[[Prerrogativa Real no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte|Prerrogativa Real (ou da Coroa)]]": em nome do [[monarca]] e através de poderes ainda formalmente possuídos pelo [[monarca]].<ref>{{Citar web|titulo=Monarchy|url=http://www.politics.co.uk/reference/monarchy/|obra=politics.co.uk|acessodata=2019-08-10|lingua=en}}</ref>

Ninguém pode aceitar cargos públicos significativos sem fazer um juramento de fidelidade ao rei. Com poucas exceções, o chefe de Estado é obrigado pela convenção constitucional a agir sob o conselho do governo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sear|primeiro=Chris|data=2001-12-14|titulo=The parliamentary oath|url=https://researchbriefings.parliament.uk/ResearchBriefing/Summary/RP01-116}}</ref>

=== Europa continental ===
A monarquia constitucional teve origem na [[Europa continental]], com a [[Polónia|Polônia]] desenvolvendo a primeira constituição limitando os poderes de uma monarquia com a [[Constituição Polonesa de 3 de maio de 1791|Constituição de 3 de maio de 1791]]; essa foi a terceira constituição moderna a ser adotada no mundo logo após a primeira [[Constituição dos Estados Unidos|Constituição republicana dos Estados Unidos]]. A monarquia constitucional também ocorreu brevemente nos primeiros anos da [[Revolução Francesa]], mas muito mais amplamente depois. [[Napoleão Bonaparte]] é considerado o primeiro monarca proclamando-se como uma personificação da nação, e não como um [[Direito divino dos reis|governante divinamente nomeado]]; essa interpretação da monarquia é pertinente às monarquias constitucionais continentais. O filósofo alemão [[Georg Wilhelm Friedrich Hegel]], em sua obra ''[[Princípios da Filosofia do Direito]],'' publicada em 1820, deu ao conceito uma justificativa filosófica que concordava com a evolução da teoria política contemporânea e a visão [[Cristianismo|cristã]] [[Protestantismo|protestante]] da lei natural.<ref name=":1">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/22708616|título=Elements of the philosophy of right|ultimo=Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831,|ultimo2=Nisbet, H. B. (Hugh Barr),|local=Cambridge [England]|isbn=0521344387|oclc=22708616}}</ref> A previsão de Hegel de um monarca constitucional com poderes muito limitados cuja função é incorporar o caráter nacional e prover continuidade constitucional em tempos de emergência se refletiu no desenvolvimento de monarquias constitucionais na Europa e no [[Japão]].<ref name=":1" />

== Monarquia constitucional moderna ==
Como originalmente concebido, um monarca constitucional era o chefe do [[Poder Executivo|poder executivo]] e uma figura bastante poderosa, embora seu poder fosse limitado pela constituição e pelo parlamento eleito. Alguns dos autores da [[Constituição dos Estados Unidos]] podem ter imaginado o presidente como um monarca constitucional eleito, como o termo foi então entendido, seguindo o relato de [[Montesquieu]] sobre a separação de poderes.<ref>Montesquieu, Charles-Louis, Baron de (1924), ''The Spirit of Laws'', Legal Classics Library</ref>

O conceito atual de uma monarquia constitucional se desenvolveu no Reino Unido, onde os parlamentos democraticamente eleitos e seu líder, o primeiro-ministro, exerceram o poder, com os monarcas tendo cedido o poder e permanecendo como uma posição nominal. Em muitos casos, os monarcas, embora ainda no topo da hierarquia política e social, receberam o status de "servos do povo" para refletir a nova posição igualitária. No curso da [[Monarquia de Julho|monarquia de julho]] da [[França]], [[Luís Filipe I de França|Luis Filipe I]] foi denominado "rei dos franceses" em vez de "rei da França".{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Após a [[Unificação da Alemanha]], [[Otto von Bismarck]] rejeitou o modelo britânico. Na monarquia constitucional estabelecida sob a [[Constituição do Império Alemão]], inspirada por Bismarck, o [[Cáiser|Kaiser]] reteve considerável poder executivo real, enquanto o Chanceler Imperial não precisava de um voto parlamentar de confiança e governava apenas pelo mandato imperial. No entanto, este modelo de monarquia constitucional foi desacreditado e abolido após a derrota da Alemanha na [[Primeira Guerra Mundial]] e a instalação da [[República de Weimar]]. Mais tarde, a [[Itália fascista]] também poderia ser considerada uma monarquia constitucional, em que havia um rei como chefe de estado titular, enquanto o poder real era mantido por [[Benito Mussolini]] sob uma constituição. Isso acabou desacreditando a monarquia italiana e levou à sua abolição em 1946. Após a [[Segunda Guerra Mundial]], as monarquias europeias sobreviventes quase invariavelmente adotaram alguma variante do modelo de monarquia constitucional originalmente desenvolvido na Grã-Bretanha.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Hoje em dia, considera-se que uma [[democracia parlamentar]] que é uma monarquia constitucional difere de uma que é uma [[república]] apenas em detalhes e não em substância. Em ambos os casos, o chefe de Estado titular - monarca ou presidente - desempenha o papel tradicional de corporificação e representação da nação, enquanto o governo é exercido por um gabinete composto predominantemente por membros eleitos do Parlamento.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

No entanto, três fatores importantes distinguem as monarquias, como o [[Reino Unido]], de sistemas em que um poder maior poderia caber ao Parlamento. Estas são: a [[Prerrogativa Real nas Monarquias Constitucionais|Prerrogativa Real]] sob a qual o [[monarca]] pode exercer o poder sob certas circunstâncias muito limitadas; a imunidade do soberano sob a qual o [[monarca]] não pode fazer nada de errado sob a lei porque o governo responsável é considerado responsável; e o monarca pode não estar sujeito às mesmas restrições de tributação ou uso de propriedade que a maioria dos cidadãos. Outros privilégios podem ser nominais ou cerimoniais (por exemplo, quando o executivo, o judiciário, a polícia ou as forças armadas agem com base na autoridade ou devem lealdade à Coroa).{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Hoje, pouco mais de um quarto das monarquias constitucionais são países da Europa Ocidental, incluindo o [[Reino Unido]], [[Espanha]], [[Países Baixos]], [[Bélgica]], [[Noruega]], [[Dinamarca]], [[Luxemburgo]], [[Mónaco|Mônaco]], [[Liechtenstein]] e [[Suécia]]. No entanto, as duas monarquias constitucionais mais populosas do mundo estão na Ásia: [[Japão]] e [[Tailândia]]. Nesses países, o primeiro-ministro detém os poderes cotidianos de governança, enquanto o monarca retém poderes residuais (mas nem sempre insignificantes). Os poderes do monarca diferem entre os países. Na Dinamarca e na Bélgica, por exemplo, o Monarca nomeia formalmente um representante para presidir a criação de um [[governo de coalizão]] após uma eleição parlamentar, enquanto na Noruega, o rei preside reuniões especiais do gabinete.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Em quase todos os casos, o monarca ainda é o chefe executivo nominal, mas é obrigado por convenção a agir de acordo com o conselho do Gabinete. Apenas algumas monarquias (mais notavelmente o Japão e a Suécia) alteraram suas constituições para que o monarca não seja mais o chefe executivo nominal.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Há quinze monarquias constitucionais sob o rei atual do Reino Unido, [[Carlos III do Reino Unido|Carlos III]], que são conhecidas como [[Reinos da Comunidade de Nações|Reinos da Commonwealth]]. Diferentemente de alguns de seus colegas europeus continentais, o Monarca e seus representantes, chamados de Governadores-Gerais nos reinos da Commonwealth possuem poderes significativos de "reserva" ou "prerrogativa", para serem exercidos em tempos de extrema emergência ou crises constitucionais, geralmente para manter o governo parlamentar. Um exemplo de um governador-geral que exercia tal poder ocorreu durante a crise constitucional australiana de 1975, quando o primeiro-ministro australiano, [[Gough Whitlam]], foi demitido pelo governador-geral. O senado australiano ameaçou bloquear o orçamento do governo, recusando-se a aprovar as contas de apropriação necessárias. Em 11 de novembro de 1975, Whitlam pretendia convocar uma eleição pela metade do Senado, na tentativa de romper o impasse. Quando ele buscou a aprovação do governador-geral para a eleição, o governador-geral o rejeitou como primeiro-ministro e, pouco depois, instalou o líder da oposição [[Malcolm Fraser]] em seu lugar. Agindo rapidamente antes que todos os parlamentares ficassem cientes da mudança de governo, Fraser e seus aliados asseguraram a aprovação dos projetos de apropriação, e o governador-geral dissolveu o Parlamento para uma eleição de dissolução dupla. Fraser e seu governo foram devolvidos com uma maioria maciça. Isso levou a muita especulação entre os defensores de Whitlam sobre se esse uso dos poderes de reserva do governador-geral era apropriado, e se a Austrália deveria se tornar uma república. Entre os defensores da monarquia constitucional, no entanto, a experiência confirmou o valor da monarquia como uma fonte de freios e contrapesos contra políticos eleitos que poderiam buscar poderes além daqueles conferidos pela constituição e, em última análise, como uma salvaguarda contra uma [[ditadura]].{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

Na monarquia constitucional da [[Tailândia]], o monarca é reconhecido como Chefe de Estado, Chefe das [[Forças Armadas da Tailândia|Forças Armadas]], Defensor da [[Budismo|Religião Budista]] e Defensor da Fé. O ex-rei imediato, [[Bhumibol Adulyadej]], era o [[monarca]] reinante mais longo do mundo e de toda a história da Tailândia, antes de falecer em 13 de outubro de 2016.<ref>{{Citar web|titulo=Thai King Bhumibol Adulyadej dies at 88|url=https://www.cnn.com/2016/10/13/asia/thai-king-bhumibol-adulyadej-dies/index.html|obra=CNN|acessodata=2019-08-10|primeiro=Angela Dewan and Kocha Olarn|ultimo=CNN}}</ref> [[Bhumibol Adulyadej|Bhumibol]] reinou por meio de várias mudanças políticas no governo tailandês. Ele desempenhou um papel influente em cada incidente, muitas vezes atuando como mediador entre disputando opositores políticos; Entre os poderes mantidos pelo monarca tailandês sob a constituição, as leis de crimes de lesa-majestade protegem a imagem do monarca e permite que ele desempenhe um papel na política.<ref>{{Citar web|titulo=New Thai King moves to 'ensure his royal powers'|url=https://www.abc.net.au/news/2017-01-10/thai-king-requests-constitutional-changes-to-ensure-powers/8174062|obra=ABC News|data=2017-01-10|acessodata=2019-08-10|lingua=en-AU|primeiro=South-East Asia correspondent Liam|ultimo=Cochrane}}</ref> Essas leis possuem penalidades criminais rigorosas para os infratores. Geralmente, o povo tailandês era reverente de Bhumibol. Grande parte de sua influência social surgiu dessa reverência e dos esforços de melhoria socioeconômica empreendidos pela família real.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}

No [[Reino Unido]], um debate frequente gira em torno de quando é apropriado que um monarca britânico aja. Quando um [[monarca]] age, a controvérsia política pode ocorrer, em parte porque a neutralidade da coroa é vista como comprometida em favor de um objetivo partidário, enquanto alguns cientistas políticos defendem a ideia de um "monarca intervencionista" como um controle contra possíveis ações ilegais dos políticos. Por exemplo, o monarca do Reino Unido pode, teoricamente, exercer um veto absoluto sobre a legislação, recusando o assentimento real. No entanto, nenhum monarca fez isso desde 1708, e acredita-se que este e muitos outros poderes políticos do monarca são poderes caducados.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}


== Lista de monarquias constitucionais atuais ==
== Lista de monarquias constitucionais atuais ==
Atualmente, existem 39 países que são monarquias constitucionais.
Atualmente, existem 38 países que são monarquias constitucionais.
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== Antigas monarquias constitucionais ==
== Ver também ==
* O [[Reino da Córsega (1794-1796)|Reino da Córsega]] foi um breve período na história da [[Córsega]] (1794–1796) quando a ilha rompeu com a [[Primeira República Francesa|França Revolucionária]] e buscou proteção militar da Grã-Bretanha. Córsega tornou-se um reino independente governado por [[Jorge III do Reino Unido]], mas com o seu próprio parlamento eleito e uma constituição escrita garantindo a autonomia local e os direitos democráticos.
* [[Monarquia constitucional (Portugal)]]
* O [[Império do Brasil]] existiu desde a [[independência do Brasil]] em 1822 e ascensão do [[Pedro I do Brasil|Imperador Dom Pedro I]] a 1889, quando o [[Pedro II do Brasil|Imperador Dom Pedro II]] foi deposto por um [[Proclamação da República do Brasil|golpe militar republicano]].
* [[Reino da Bulgária]] até 1946, quando o czar [[Simeão II da Bulgária|Simeão]] foi deposto por uma assembleia comunista.
* Muitas repúblicas da [[Commonwealth]] foram monarquias constitucionais por algum período após a sua independência, incluindo [[Barbados]] (1966-2021), [[Ceilão britânico|Ceilão]] de 1948 a 1972 (atual [[Sri Lanka]]), [[Fiji]] (1970-1987), [[Gâmbia]] (1965-1970), [[Gana]] (1957-1960), [[Guiana]] (1966-1970) e [[Trindade e Tobago]] (1962-1976).
* O [[Grão-Ducado da Finlândia]] era uma monarquia constitucional, embora seu governante, [[Alexandre I da Rússia|Alexandre I]], fosse simultaneamente um [[Autocracia|autocrata]] e um governante absoluto na Rússia.
* A França, várias vezes durante o século XIX. [[Napoleão Bonaparte]] proclamou-se ''Imperador dos Franceses'' no que era ostensivamente uma monarquia constitucional, embora os historiadores modernos frequentemente considerem seu reinado como uma monarquia absoluta.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}} A [[Restauração francesa|Restauração Bourbon]] (sob [[Luís XVIII]] e [[Carlos X de França|Carlos X]]), a [[Monarquia de Julho]] (sob [[Luís Filipe I de França|Luís Filipe]]) e o [[Segundo Império Francês|Segundo Império]] (sob [[Napoleão III de França|Napoleão III]]) também foram monarquias constitucionais, embora o poder do monarca variasse consideravelmente entre eles.
* O [[Império Alemão]] de 1871 a 1918 (bem como as confederações anteriores e as monarquias em que consistia) também foi uma monarquia constitucional.
* [[Grécia]] até 1973, quando [[Constantino II da Grécia|Constantino II]] foi deposto por um golpe militar. A decisão foi formalizada por um plebiscito em 8 de dezembro de 1974.
* O [[Reino do Havaí|Havaí]], que foi uma monarquia absoluta desde a sua fundação em 1810, fez a transição para uma monarquia constitucional em 1840, quando o rei [[Kamehameha III]] promulgou a primeira constituição do reino. Essa forma constitucional de governo continuou até que a monarquia foi derrubada em um [[golpe de Estado]] em 1893.
* O [[Reino da Hungria]]. Em 1848–1849 e novamente em 1867–1918, dessa vez como parte da [[Áustria-Hungria]]. No [[período entreguerras]], a Hungria permaneceu uma monarquia constitucional sem um monarca reinante.
* [[Islândia]]. A Lei de União, que foi feita em um acordo em 1 de dezembro de 1918 com a [[Dinamarca]], estabeleceu a Islândia como um reino soberano unido à Dinamarca sob uma união pessoal, onde os dois países compartilhavam o chefe de Estado, mas mantinham a sua independência e possuíam um parlamento próprio. A Islândia aboliu a monarquia e tornou-se uma república em 17 de junho de 1944, após o referendo constitucional islandês, em 24 de maio de 1944.
* A [[Índia]] era uma monarquia constitucional, com [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]] como chefe de Estado e o [[Conde Mountbatten da Birmânia|Conde Mountbatten]] como governador-geral, por um breve período entre a independência do Reino Unido em 15 de agosto de 1947 e se tornando uma república quando adotou sua constituição em 26 de janeiro de 1950.
* O [[Irã]] sob o [[Xá]] [[Mohammad Reza Pahlavi]] era uma monarquia constitucional, que havia sido originalmente estabelecida durante a [[Revolução Constitucional Persa]] em 1906.
* [[Itália]] até 2 de junho de 1946, quando o [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]] foi abolido por um referendo e o país se tornou uma república.
* O [[Império Coreano]],{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}} criado em outubro de 1897 até a anexação da Coreia pelo [[Império do Japão]] em 20 de agosto de 1910.
* O [[Reino do Laos]] foi uma monarquia constitucional até 1975, quando o rei [[Sisavang Vatthana]] foi forçado a abdicar pelo movimento comunista [[Pathet Lao]].
*[[Malta]] foi uma monarquia constitucional e um [[reino da Commonwealth]] com [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]] como a rainha de Malta, representada por um governador geral nomeado por ela, desde a independência do país em 21 de setembro de 1964 até a declaração da República de Malta em 13 de dezembro de 1974.
* O México foi duas vezes um império. O [[Primeiro Império Mexicano]] foi de 19 de maio de 1822 a 19 de março de 1823, com [[Agustín de Iturbide]] como imperador. Então, com a ajuda das coroas austríaca e espanhola, Napoleão III da França pôs [[Maximiliano do México|Maximiliano da Áustria]] como Imperador do México. Essa tentativa de criar uma monarquia de estilo europeu durou três anos, de 1864 a 1867.
* [[Montenegro]] até 1918, quando se fundiu com a [[Sérvia]] e outras áreas para formar a [[Jugoslávia]].
* [[Nepal]] até 28 de maio de 2008, quando o rei [[Gyanendra Bir Bikram Shah Dev|Gyanendra]] foi deposto, e a República Federal Democrática do Nepal foi declarada.
* [[Império Otomano]] de 1876 até 1878 e novamente de 1908 até a dissolução do império em 1922.
* O [[Reino do Afeganistão]] foi uma monarquia constitucional governada por [[Mohammed Zahir Xá]] até 1973.
* A [[República das Duas Nações|Comunidade Polaco-Lituana]], formada após a [[União de Lublin]] em 1569 e que durou até a partição final do Estado em 1795, funcionava como muitas monarquias constitucionais europeias modernas (nas quais foi oficialmente modificada pelo estabelecimento da Constituição de 3 de maio de 1791, que o historiador Norman Davies chama de "a primeira constituição do gênero na Europa").<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/35593922|título=Europe: a history|ultimo=Davies, Norman, 1939-|local=Oxford|isbn=0195209125|oclc=35593922}}</ref> Os legisladores do estado unificado realmente não o viam como uma monarquia, mas como uma república sob a presidência do rei. A Polônia-Lituânia também seguiu o princípio de ''"Rex regnat et non gubernat"'' (O rei reina mas não governa), tinha um parlamento [[Bicameralismo|bicameral]] e uma coleção de documentos jurídicos que constituem uma constituição não escrita nos moldes da existente hoje no Reino Unido. O rei era eleito e tinha o dever de manter os direitos do povo.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2020}}
* Reino da Albânia de 1928 até 1939, a Albânia foi uma monarquia constitucional governada pela Casa de Zogu, o rei Zog I.
* [[Portugal]] era uma monarquia desde 1139 e uma monarquia constitucional de 1822 a 1828, e novamente de 1834 até 1910, quando [[Manuel II de Portugal|Manuel II]] foi derrubado por um [[Implantação da República Portuguesa|golpe militar]]. De 1815 a 1825 foi parte do [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]], que foi uma monarquia constitucional entre 1820-22.
* [[Reino da Romênia]], de sua fundação em 1881 até 1947, quando [[Miguel I da Romênia|Miguel I]] foi forçado a abdicar pelos comunistas.
* [[Reino da Iugoslávia]], de 1918 (com o nome de Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos) até 1929 e a partir desse ano (com o nome de Reino da Iugoslávia) até 1944, quando sob pressão dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]], [[Pedro II da Iugoslávia|Pedro II]] reconheceu o governo comunista.


== Monarquias constitucionais únicas ==
{{Esboço-política}}
* [[Andorra]] é a única [[diarquia]] parlamentarista no mundo onde o chefe de Estado é investido conjuntamente em dois chefes de Estado, chamados de copríncipes: o [[Bispo de Urgel]] e o [[Presidente da França]].
* [[Andorra]], [[Mónaco|Mônaco]] e [[Liechtenstein]] são os únicos países que são [[Principado|governados por um príncipe]] reinante.
* A [[Bélgica]] é a única [[monarquia popular]] explícita, o título formal de seu rei é ''Rei dos Belgas'', em vez de ''Rei da Bélgica''.
* O [[Japão]] é o único país cujo monarca possui o título de [[Imperador do Japão|Imperador]].<ref>{{Citar web|titulo=The Imperial Institution - The Imperial Household Agency|url=http://www.kunaicho.go.jp/e-about/seido/seido.html|obra=www.kunaicho.go.jp|acessodata=2019-08-10}}</ref>
* O [[Luxemburgo]] é o único país governado por um [[Monarquia de Luxemburgo|grão-duque]].
* A [[Malásia]] é o único país [[Federação|federalista]] com uma [[monarquia eletiva]], o [[Yang di-Pertuan Agong]], que é eleito entre nove governantes estaduais que também são monarcas constitucionais e possuem o título de [[Sultão|sultões]].
{{Referências}}

== Ver também ==
*[[Monarquia]]
*[[Parlamentarismo]]
*[[Monarquia absoluta]]
{{Controle de autoridade}}


[[Categoria:Formas de monarquia]]
[[Categoria:Formas de monarquia]]
[[Categoria:Monarquia]]
[[Categoria:Constituições]]


[[hu:Monarchia#Alkotmányos monarchia]]
[[hu:Monarchia#Alkotmányos monarchia]]

Edição atual tal como às 23h20min de 27 de maio de 2024

Monarquia constitucional é uma forma de monarquia na qual o soberano exerce a autoridade de acordo com uma constituição escrita ou não escrita,[1] enquanto o Poder Legislativo é exercido por um Parlamento, geralmente eleito pelos cidadãos. A monarquia constitucional difere da monarquia absoluta (na qual o monarca detém o poder absoluto) já que, nesse sistema, o monarca está obrigado a exercer seus poderes e autoridades dentro dos limites prescritos dentro de uma estrutura legal estabelecida. As monarquias constitucionais variam de países como Marrocos, Jordânia, Kuwait e Bahrein, onde a Constituição concede poderes discricionários substanciais ao soberano, a países como o Japão e a Suécia, onde o monarca não detém autoridades formais.

A monarquia constitucional pode referir-se a um sistema no qual o monarca atua como um chefe de Estado político não partidário sob a constituição, seja ela escrita ou não.[2] Enquanto a maioria dos monarcas pode ter autoridade formal e o governo pode operar legalmente em nome do monarca, na forma comum na Europa, o monarca não mais estabelece pessoalmente políticas públicas ou escolhe líderes políticos. O cientista político Vernon Bogdanor, parafraseando Thomas Macaulay, definiu um monarca constitucional como "um soberano que reina, mas não governa".[3]

Além de agir como um símbolo visível da unidade nacional, um monarca constitucional pode ter poderes formais, tais como dissolver o parlamento ou dar assentimento real à legislação. Contudo, o exercício de tais poderes é estritamente de acordo com princípios constitucionais escritos ou convenções constitucionais não escritas, ao invés de qualquer preferência política pessoal imposta pelo soberano. Muitas monarquias constitucionais ainda mantêm autoridades significativas ou influência política, no entanto, como através de certos poderes de reserva, e também podem desempenhar um importante papel político.[carece de fontes?]

O Reino Unido e os outros reinos da Commonwealth são todas monarquias constitucionais no sistema de governo constitucional de Westminster. Duas monarquias constitucionais - Malásia e Camboja - são monarquias eletivas, onde o governante é periodicamente selecionado por um pequeno colégio eleitoral.

A mais antiga monarquia constitucional que remonta aos tempos antigos foi a dos Hititas. Eles eram um antigo povo da Anatólia que viveu durante a Idade do Bronze, cujo rei ou rainha compartilhava sua autoridade com uma assembleia, chamada de Panku, que era o equivalente a um parlamento deliberativo moderno ou uma legislatura. Os membros do Panku vinham de famílias nobres espalhadas que trabalhavam como representantes de seus súditos em uma paisagem de tipo federal adjutora ou subalterna.[4][5]

No Reino da Inglaterra, a Revolução Gloriosa de 1688 levou a uma monarquia constitucional restrita por leis como a Declaração de Direitos de 1689 e o Decreto de Estabelecimento de 1701, embora os limites sobre o poder do monarca ("uma monarquia limitada") sejam muito mais antigos que isso (ver Magna Carta). Ao mesmo tempo, na Escócia, a Convenção de Propriedades promulgou a Lei de Reivindicação de Direitos de 1689, que estabeleceu limites semelhantes à monarquia escocesa.[6]

Embora a Rainha Ana tenha sido a última monarca a vetar uma Lei do Parlamento quando, em 11 de março de 1708, ela impediu que a Lei da Milícia Escocesa fosse aprovada,[7] os monarcas da Casa de Hanôver continuaram a ditar seletivamente as políticas do governo. Por exemplo, Jorge III bloqueou constantemente a Lei de Ajuda Católica de 1829, eventualmente precipitando a renúncia de William Pitt, o Novo, como primeiro-ministro em 1801.[8] A influência do soberano sobre a escolha do primeiro-ministro diminuiu gradualmente ao longo deste período, sendo Guilherme IV o último monarca a demitir um primeiro ministro, quando em 1834 ele demitiu o Lorde Melbourne como resultado da escolha do Lorde John Russell como líder da Câmara dos Comuns.[9][10] A Rainha Vitória foi a última monarca a exercer poder pessoal real, mas isso diminuiu ao longo de seu reinado. Em 1839, ela se tornou a última soberana a manter um primeiro-ministro no poder contra a vontade do Parlamento quando uma crise política resultou na retenção da administração do Lorde Melbourne.[10] No final de seu reinado, no entanto, ela não podia fazer nada para bloquear a inaceitável escolha (para ela) de William Gladstone como primeiro-ministro britânico, embora ela ainda exercesse o poder de nomeações para o Gabinete, por exemplo em 1886, impedindo a escolha de Hugh Childers para o cargo Secretário da Guerra. em favor do Sir Henry Campbell-Bannerman.[11]

Hoje, o papel do monarca britânico é por convenção efetivamente cerimonial. Em vez disso, o Parlamento Britânico e o Governo - principalmente o gabinete do Primeiro Ministro - exercem seus poderes sob "Prerrogativa Real (ou da Coroa)": em nome do monarca e através de poderes ainda formalmente possuídos pelo monarca.[12]

Ninguém pode aceitar cargos públicos significativos sem fazer um juramento de fidelidade ao rei. Com poucas exceções, o chefe de Estado é obrigado pela convenção constitucional a agir sob o conselho do governo.[13]

Europa continental

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A monarquia constitucional teve origem na Europa continental, com a Polônia desenvolvendo a primeira constituição limitando os poderes de uma monarquia com a Constituição de 3 de maio de 1791; essa foi a terceira constituição moderna a ser adotada no mundo logo após a primeira Constituição republicana dos Estados Unidos. A monarquia constitucional também ocorreu brevemente nos primeiros anos da Revolução Francesa, mas muito mais amplamente depois. Napoleão Bonaparte é considerado o primeiro monarca proclamando-se como uma personificação da nação, e não como um governante divinamente nomeado; essa interpretação da monarquia é pertinente às monarquias constitucionais continentais. O filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, em sua obra Princípios da Filosofia do Direito, publicada em 1820, deu ao conceito uma justificativa filosófica que concordava com a evolução da teoria política contemporânea e a visão cristã protestante da lei natural.[14] A previsão de Hegel de um monarca constitucional com poderes muito limitados cuja função é incorporar o caráter nacional e prover continuidade constitucional em tempos de emergência se refletiu no desenvolvimento de monarquias constitucionais na Europa e no Japão.[14]

Monarquia constitucional moderna

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Como originalmente concebido, um monarca constitucional era o chefe do poder executivo e uma figura bastante poderosa, embora seu poder fosse limitado pela constituição e pelo parlamento eleito. Alguns dos autores da Constituição dos Estados Unidos podem ter imaginado o presidente como um monarca constitucional eleito, como o termo foi então entendido, seguindo o relato de Montesquieu sobre a separação de poderes.[15]

O conceito atual de uma monarquia constitucional se desenvolveu no Reino Unido, onde os parlamentos democraticamente eleitos e seu líder, o primeiro-ministro, exerceram o poder, com os monarcas tendo cedido o poder e permanecendo como uma posição nominal. Em muitos casos, os monarcas, embora ainda no topo da hierarquia política e social, receberam o status de "servos do povo" para refletir a nova posição igualitária. No curso da monarquia de julho da França, Luis Filipe I foi denominado "rei dos franceses" em vez de "rei da França".[carece de fontes?]

Após a Unificação da Alemanha, Otto von Bismarck rejeitou o modelo britânico. Na monarquia constitucional estabelecida sob a Constituição do Império Alemão, inspirada por Bismarck, o Kaiser reteve considerável poder executivo real, enquanto o Chanceler Imperial não precisava de um voto parlamentar de confiança e governava apenas pelo mandato imperial. No entanto, este modelo de monarquia constitucional foi desacreditado e abolido após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e a instalação da República de Weimar. Mais tarde, a Itália fascista também poderia ser considerada uma monarquia constitucional, em que havia um rei como chefe de estado titular, enquanto o poder real era mantido por Benito Mussolini sob uma constituição. Isso acabou desacreditando a monarquia italiana e levou à sua abolição em 1946. Após a Segunda Guerra Mundial, as monarquias europeias sobreviventes quase invariavelmente adotaram alguma variante do modelo de monarquia constitucional originalmente desenvolvido na Grã-Bretanha.[carece de fontes?]

Hoje em dia, considera-se que uma democracia parlamentar que é uma monarquia constitucional difere de uma que é uma república apenas em detalhes e não em substância. Em ambos os casos, o chefe de Estado titular - monarca ou presidente - desempenha o papel tradicional de corporificação e representação da nação, enquanto o governo é exercido por um gabinete composto predominantemente por membros eleitos do Parlamento.[carece de fontes?]

No entanto, três fatores importantes distinguem as monarquias, como o Reino Unido, de sistemas em que um poder maior poderia caber ao Parlamento. Estas são: a Prerrogativa Real sob a qual o monarca pode exercer o poder sob certas circunstâncias muito limitadas; a imunidade do soberano sob a qual o monarca não pode fazer nada de errado sob a lei porque o governo responsável é considerado responsável; e o monarca pode não estar sujeito às mesmas restrições de tributação ou uso de propriedade que a maioria dos cidadãos. Outros privilégios podem ser nominais ou cerimoniais (por exemplo, quando o executivo, o judiciário, a polícia ou as forças armadas agem com base na autoridade ou devem lealdade à Coroa).[carece de fontes?]

Hoje, pouco mais de um quarto das monarquias constitucionais são países da Europa Ocidental, incluindo o Reino Unido, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Noruega, Dinamarca, Luxemburgo, Mônaco, Liechtenstein e Suécia. No entanto, as duas monarquias constitucionais mais populosas do mundo estão na Ásia: Japão e Tailândia. Nesses países, o primeiro-ministro detém os poderes cotidianos de governança, enquanto o monarca retém poderes residuais (mas nem sempre insignificantes). Os poderes do monarca diferem entre os países. Na Dinamarca e na Bélgica, por exemplo, o Monarca nomeia formalmente um representante para presidir a criação de um governo de coalizão após uma eleição parlamentar, enquanto na Noruega, o rei preside reuniões especiais do gabinete.[carece de fontes?]

Em quase todos os casos, o monarca ainda é o chefe executivo nominal, mas é obrigado por convenção a agir de acordo com o conselho do Gabinete. Apenas algumas monarquias (mais notavelmente o Japão e a Suécia) alteraram suas constituições para que o monarca não seja mais o chefe executivo nominal.[carece de fontes?]

Há quinze monarquias constitucionais sob o rei atual do Reino Unido, Carlos III, que são conhecidas como Reinos da Commonwealth. Diferentemente de alguns de seus colegas europeus continentais, o Monarca e seus representantes, chamados de Governadores-Gerais nos reinos da Commonwealth possuem poderes significativos de "reserva" ou "prerrogativa", para serem exercidos em tempos de extrema emergência ou crises constitucionais, geralmente para manter o governo parlamentar. Um exemplo de um governador-geral que exercia tal poder ocorreu durante a crise constitucional australiana de 1975, quando o primeiro-ministro australiano, Gough Whitlam, foi demitido pelo governador-geral. O senado australiano ameaçou bloquear o orçamento do governo, recusando-se a aprovar as contas de apropriação necessárias. Em 11 de novembro de 1975, Whitlam pretendia convocar uma eleição pela metade do Senado, na tentativa de romper o impasse. Quando ele buscou a aprovação do governador-geral para a eleição, o governador-geral o rejeitou como primeiro-ministro e, pouco depois, instalou o líder da oposição Malcolm Fraser em seu lugar. Agindo rapidamente antes que todos os parlamentares ficassem cientes da mudança de governo, Fraser e seus aliados asseguraram a aprovação dos projetos de apropriação, e o governador-geral dissolveu o Parlamento para uma eleição de dissolução dupla. Fraser e seu governo foram devolvidos com uma maioria maciça. Isso levou a muita especulação entre os defensores de Whitlam sobre se esse uso dos poderes de reserva do governador-geral era apropriado, e se a Austrália deveria se tornar uma república. Entre os defensores da monarquia constitucional, no entanto, a experiência confirmou o valor da monarquia como uma fonte de freios e contrapesos contra políticos eleitos que poderiam buscar poderes além daqueles conferidos pela constituição e, em última análise, como uma salvaguarda contra uma ditadura.[carece de fontes?]

Na monarquia constitucional da Tailândia, o monarca é reconhecido como Chefe de Estado, Chefe das Forças Armadas, Defensor da Religião Budista e Defensor da Fé. O ex-rei imediato, Bhumibol Adulyadej, era o monarca reinante mais longo do mundo e de toda a história da Tailândia, antes de falecer em 13 de outubro de 2016.[16] Bhumibol reinou por meio de várias mudanças políticas no governo tailandês. Ele desempenhou um papel influente em cada incidente, muitas vezes atuando como mediador entre disputando opositores políticos; Entre os poderes mantidos pelo monarca tailandês sob a constituição, as leis de crimes de lesa-majestade protegem a imagem do monarca e permite que ele desempenhe um papel na política.[17] Essas leis possuem penalidades criminais rigorosas para os infratores. Geralmente, o povo tailandês era reverente de Bhumibol. Grande parte de sua influência social surgiu dessa reverência e dos esforços de melhoria socioeconômica empreendidos pela família real.[carece de fontes?]

No Reino Unido, um debate frequente gira em torno de quando é apropriado que um monarca britânico aja. Quando um monarca age, a controvérsia política pode ocorrer, em parte porque a neutralidade da coroa é vista como comprometida em favor de um objetivo partidário, enquanto alguns cientistas políticos defendem a ideia de um "monarca intervencionista" como um controle contra possíveis ações ilegais dos políticos. Por exemplo, o monarca do Reino Unido pode, teoricamente, exercer um veto absoluto sobre a legislação, recusando o assentimento real. No entanto, nenhum monarca fez isso desde 1708, e acredita-se que este e muitos outros poderes políticos do monarca são poderes caducados.[carece de fontes?]

Lista de monarquias constitucionais atuais

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Atualmente, existem 38 países que são monarquias constitucionais.

País Ano da última constituição Tipo de monarquia Monarca selecionado por
 Antígua e Barbuda 2001 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Aruba 1986 Reino dos Países Baixos Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Austrália 1901 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Bahamas 1973 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Bahrein 2002 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Bélgica 1831 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Belize 1981 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Butão 2008 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
Camboja Camboja 1993 Monarquia eletiva Sucessão não hereditária aprovada pelo Conselho Real do Trono
 Canadá 1981 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
Curaçau 1986 Reino dos Países Baixos Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Dinamarca 1953 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
Espanha 1978 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
Granada 1974 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Jamaica 1962 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Japão 1946 Império Sucessão hereditária regulada pela constituição
Jordânia 1952 Reino Sucessão hereditária não regulada pela constituição
Kuwait 1961 Emirado Sucessão hereditária não regulada pela constituição
Lesoto 1993 Reino Sucessão hereditária aprovada pelo Colégio de Chefes
 Liechtenstein 2003 Principado Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Luxemburgo 1868 Grão-ducado Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Malásia 1957 Monarquia eletiva Seleção entre nove sultões hereditários
 Marrocos 1962 Reino Sucessão hereditária não regulada pela constituição
Mónaco 1911 Principado Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Noruega 1814 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Nova Zelândia 1907 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Países Baixos 1815 Reino dos Países Baixos Sucessão hereditária regulada pela constituição
Papua-Nova Guiné 1975 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Reino Unido 1689 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
Ilhas Salomão 1978 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
Santa Lúcia 1979 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 São Cristóvão e Neves 1983 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
São Vicente e Granadinas 1979 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Suécia 1974 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Tailândia 1933 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
Tonga 1970 Reino Sucessão hereditária regulada pela constituição
 Tuvalu 1978 Reino da Commonwealth Sucessão hereditária regulada pela constituição

Antigas monarquias constitucionais

[editar | editar código-fonte]
  • O Reino da Córsega foi um breve período na história da Córsega (1794–1796) quando a ilha rompeu com a França Revolucionária e buscou proteção militar da Grã-Bretanha. Córsega tornou-se um reino independente governado por Jorge III do Reino Unido, mas com o seu próprio parlamento eleito e uma constituição escrita garantindo a autonomia local e os direitos democráticos.
  • O Império do Brasil existiu desde a independência do Brasil em 1822 e ascensão do Imperador Dom Pedro I a 1889, quando o Imperador Dom Pedro II foi deposto por um golpe militar republicano.
  • Reino da Bulgária até 1946, quando o czar Simeão foi deposto por uma assembleia comunista.
  • Muitas repúblicas da Commonwealth foram monarquias constitucionais por algum período após a sua independência, incluindo Barbados (1966-2021), Ceilão de 1948 a 1972 (atual Sri Lanka), Fiji (1970-1987), Gâmbia (1965-1970), Gana (1957-1960), Guiana (1966-1970) e Trindade e Tobago (1962-1976).
  • O Grão-Ducado da Finlândia era uma monarquia constitucional, embora seu governante, Alexandre I, fosse simultaneamente um autocrata e um governante absoluto na Rússia.
  • A França, várias vezes durante o século XIX. Napoleão Bonaparte proclamou-se Imperador dos Franceses no que era ostensivamente uma monarquia constitucional, embora os historiadores modernos frequentemente considerem seu reinado como uma monarquia absoluta.[carece de fontes?] A Restauração Bourbon (sob Luís XVIII e Carlos X), a Monarquia de Julho (sob Luís Filipe) e o Segundo Império (sob Napoleão III) também foram monarquias constitucionais, embora o poder do monarca variasse consideravelmente entre eles.
  • O Império Alemão de 1871 a 1918 (bem como as confederações anteriores e as monarquias em que consistia) também foi uma monarquia constitucional.
  • Grécia até 1973, quando Constantino II foi deposto por um golpe militar. A decisão foi formalizada por um plebiscito em 8 de dezembro de 1974.
  • O Havaí, que foi uma monarquia absoluta desde a sua fundação em 1810, fez a transição para uma monarquia constitucional em 1840, quando o rei Kamehameha III promulgou a primeira constituição do reino. Essa forma constitucional de governo continuou até que a monarquia foi derrubada em um golpe de Estado em 1893.
  • O Reino da Hungria. Em 1848–1849 e novamente em 1867–1918, dessa vez como parte da Áustria-Hungria. No período entreguerras, a Hungria permaneceu uma monarquia constitucional sem um monarca reinante.
  • Islândia. A Lei de União, que foi feita em um acordo em 1 de dezembro de 1918 com a Dinamarca, estabeleceu a Islândia como um reino soberano unido à Dinamarca sob uma união pessoal, onde os dois países compartilhavam o chefe de Estado, mas mantinham a sua independência e possuíam um parlamento próprio. A Islândia aboliu a monarquia e tornou-se uma república em 17 de junho de 1944, após o referendo constitucional islandês, em 24 de maio de 1944.
  • A Índia era uma monarquia constitucional, com Jorge VI como chefe de Estado e o Conde Mountbatten como governador-geral, por um breve período entre a independência do Reino Unido em 15 de agosto de 1947 e se tornando uma república quando adotou sua constituição em 26 de janeiro de 1950.
  • O Irã sob o Mohammad Reza Pahlavi era uma monarquia constitucional, que havia sido originalmente estabelecida durante a Revolução Constitucional Persa em 1906.
  • Itália até 2 de junho de 1946, quando o Reino da Itália foi abolido por um referendo e o país se tornou uma república.
  • O Império Coreano,[carece de fontes?] criado em outubro de 1897 até a anexação da Coreia pelo Império do Japão em 20 de agosto de 1910.
  • O Reino do Laos foi uma monarquia constitucional até 1975, quando o rei Sisavang Vatthana foi forçado a abdicar pelo movimento comunista Pathet Lao.
  • Malta foi uma monarquia constitucional e um reino da Commonwealth com Isabel II como a rainha de Malta, representada por um governador geral nomeado por ela, desde a independência do país em 21 de setembro de 1964 até a declaração da República de Malta em 13 de dezembro de 1974.
  • O México foi duas vezes um império. O Primeiro Império Mexicano foi de 19 de maio de 1822 a 19 de março de 1823, com Agustín de Iturbide como imperador. Então, com a ajuda das coroas austríaca e espanhola, Napoleão III da França pôs Maximiliano da Áustria como Imperador do México. Essa tentativa de criar uma monarquia de estilo europeu durou três anos, de 1864 a 1867.
  • Montenegro até 1918, quando se fundiu com a Sérvia e outras áreas para formar a Jugoslávia.
  • Nepal até 28 de maio de 2008, quando o rei Gyanendra foi deposto, e a República Federal Democrática do Nepal foi declarada.
  • Império Otomano de 1876 até 1878 e novamente de 1908 até a dissolução do império em 1922.
  • O Reino do Afeganistão foi uma monarquia constitucional governada por Mohammed Zahir Xá até 1973.
  • A Comunidade Polaco-Lituana, formada após a União de Lublin em 1569 e que durou até a partição final do Estado em 1795, funcionava como muitas monarquias constitucionais europeias modernas (nas quais foi oficialmente modificada pelo estabelecimento da Constituição de 3 de maio de 1791, que o historiador Norman Davies chama de "a primeira constituição do gênero na Europa").[18] Os legisladores do estado unificado realmente não o viam como uma monarquia, mas como uma república sob a presidência do rei. A Polônia-Lituânia também seguiu o princípio de "Rex regnat et non gubernat" (O rei reina mas não governa), tinha um parlamento bicameral e uma coleção de documentos jurídicos que constituem uma constituição não escrita nos moldes da existente hoje no Reino Unido. O rei era eleito e tinha o dever de manter os direitos do povo.[carece de fontes?]
  • Reino da Albânia de 1928 até 1939, a Albânia foi uma monarquia constitucional governada pela Casa de Zogu, o rei Zog I.
  • Portugal era uma monarquia desde 1139 e uma monarquia constitucional de 1822 a 1828, e novamente de 1834 até 1910, quando Manuel II foi derrubado por um golpe militar. De 1815 a 1825 foi parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, que foi uma monarquia constitucional entre 1820-22.
  • Reino da Romênia, de sua fundação em 1881 até 1947, quando Miguel I foi forçado a abdicar pelos comunistas.
  • Reino da Iugoslávia, de 1918 (com o nome de Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos) até 1929 e a partir desse ano (com o nome de Reino da Iugoslávia) até 1944, quando sob pressão dos Aliados, Pedro II reconheceu o governo comunista.

Monarquias constitucionais únicas

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Referências

  1. Berner, Samuel; Lopez, Robert S.; Barnes, Thomas G.; Blum, Jerome; Cameron, Rondo (fevereiro de 1976). «Civilization Western and World: From the Eighteenth Century to the Present». The History Teacher. 9 (2). 312 páginas. ISSN 0018-2745. doi:10.2307/492305 
  2. Kurian, George (2011). The Encyclopedia of Political Science. 2300 N Street, NW, Suite 800, Washington DC 20037 United States: CQ Press. ISBN 9781933116440. doi:10.4135/9781608712434 
  3. Bogdanor, V. (1 de julho de 1996). «The Monarchy and the Constitution». Parliamentary Affairs (em inglês). 49 (3): 407–422. ISSN 0031-2290. doi:10.1093/pa/49.3.407 
  4. «The Hittites». www.smie.co. Consultado em 10 de agosto de 2019 
  5. Akurgal, Ekrem. (2001). The Hattian and Hittite civilizations 1st ed ed. Ankara: Ministry of Culture. ISBN 9751727561. OCLC 49745608 
  6. «Lei de Reivindicação de Direitos de 1689». Parlamento do Reino Unido 
  7. «1705 | History of Parliament Online». www.historyofparliamentonline.org. Consultado em 10 de agosto de 2019 
  8. Hague, William, 1961- (2004). William Pitt the Younger. London: HarperCollins. ISBN 0007147198. OCLC 56673238 
  9. Hurd, Douglas, 1930- (2007). Robert Peel: a biography. London: Weidenfeld & Nicolson. ISBN 9780297848448. OCLC 84995959 
  10. a b Mitchell, L. G. (Leslie George) (1997). Lord Melbourne, 1779-1848. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0198205929. OCLC 37231490 
  11. Wilson, John, 1924-2014. (1973). CB: a life of Sir Henry Campbell-Bannerman. London,: Constable. ISBN 009458950X. OCLC 632928 
  12. «Monarchy». politics.co.uk (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2019 
  13. Sear, Chris (14 de dezembro de 2001). «The parliamentary oath» 
  14. a b Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831,; Nisbet, H. B. (Hugh Barr),. Elements of the philosophy of right. Cambridge [England]: [s.n.] ISBN 0521344387. OCLC 22708616 
  15. Montesquieu, Charles-Louis, Baron de (1924), The Spirit of Laws, Legal Classics Library
  16. CNN, Angela Dewan and Kocha Olarn. «Thai King Bhumibol Adulyadej dies at 88». CNN. Consultado em 10 de agosto de 2019 
  17. Cochrane, South-East Asia correspondent Liam (10 de janeiro de 2017). «New Thai King moves to 'ensure his royal powers'». ABC News (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2019 
  18. Davies, Norman, 1939-. Europe: a history. Oxford: [s.n.] ISBN 0195209125. OCLC 35593922 
  19. «The Imperial Institution - The Imperial Household Agency». www.kunaicho.go.jp. Consultado em 10 de agosto de 2019