Lotti McKenna, 33, vivenciou uma corrida contra o tempo para salvar a visão de sua filha Beatrix, depois de notar uma pequena mancha na pupila da recém-nascida. O que parecia uma simples "pequena nuvem" no olho da bebê desencadeou uma sequência de eventos que culminou no diagnóstico de uma condição rara e potencialmente devastadora: catarata congênita.
Lotti observou a anomalia ocular semanas após o nascimento de Beatrix, em setembro de 2023. "Era como se a luz refletisse de maneira diferente nos olhos dela. Uma pequena nuvem no meio da pupila me preocupou", relata Lotti, lembrando o momento em que soube que algo estava errado. Seguindo seu instinto, ela levou a filha ao Hospital Whipps Cross, na Inglaterra, no início de dezembro, onde a gravidade do problema foi confirmada.
De acordo com o tabloide britânico Mirror, Beatrix, com apenas 10 semanas de vida, foi diagnosticada com catarata congênita no olho esquerdo – uma condição rara que afeta cerca de três em cada 10.000 bebês no Reino Unido, segundo o NHS [Serviço Público de Saúde do Reino Unido]. Sem uma cirurgia urgente, a catarata poderia levar à cegueira. Poucas semanas depois, a pequena Beatrix foi submetida a uma cirurgia de duas horas para remover a lente afetada.
Após a operação, Beatrix agora depende de óculos especialmente adaptados ou lentes de contato para auxiliar sua visão, mas a cirurgia precoce poderia ter aumentado suas chances de evitar a cegueira total. Lotti e seu marido, Ben, de 36 anos, que trabalha no setor financeiro, foram informados que Beatrix precisará esperar até os oito anos para poder receber uma lente artificial definitiva. Mesmo assim, a possibilidade de perda de visão no olho esquerdo permanece.
"É relativamente comum em adultos, mas poucos pais sabem que a catarata também pode afetar bebês", afirma Lotti. "O diagnóstico rápido é crucial. Tivemos sorte de agir a tempo, mas ainda assim, a incerteza sobre o futuro da visão dela é difícil de enfrentar."
A experiência de Lotti serve de alerta para outros pais: a rapidez no reconhecimento de sinais atípicos pode fazer toda a diferença na preservação da visão de um bebê. "Como mãe, você sempre sente quando algo não está certo. É preciso confiar nesse instinto", reflete ela, enfatizando a importância de exames precoces e atenção aos detalhes.