Saúde & bem-estar
 


Receber a notícia de gravidez de múltiplos — gêmeos, trigêmeos ou mais —, é sempre uma grande emoção. No entanto, esse tipo de gestação também requer mais cuidado e acompanhamento. "A gestação múltipla, via de regra, é uma gestação com maior risco de óbito fetal de um ou mais bebês", diz o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, médico associado à FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

O que acontece quando um ou mais bebês não sobrevive em gestação múltipla? — Foto: Freepik
O que acontece quando um ou mais bebês não sobrevive em gestação múltipla? — Foto: Freepik

Se o pior acontecer e for constatado o óbito de um ou mais bebês, o obstetra explica que a conduta deve ser avaliada de acordo com a idade gestacional. "Esse tipo de cenário pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Mas existem diferentes situações. Quando essa perda acontece na fase embrionária, ou seja, nos primeiros três meses de gestação, normalmente não há nenhum tipo de complicação porque esse embrião, que ainda não é considerado um feto, acaba sendo absorvido pelo crescimento do embrião que continua em desenvolvimento", diz.

No entanto, segundo o médico, quando o óbito ocorre na metade da gestação, quando ainda não há viabilidade para fazer o parto, pois não há amadurecimento pulmonar e de pele do feto, a situação é de maior risco. "A paciente terá que seguir a gestação com os fetos que estão vivos sabendo e tendo em seu corpo aqueles que estão em óbitos", disse. "Os riscos que envolvem o óbito fetal são a liberação de substâncias que podem levar a alteração na coagulação do sangue dos fetos que permaneceram no útero e, eventualmente, alteração até mesmo na circulação materna, levando a uma coagulação intravascular disseminada em casos extremos", continua.

"Outro risco é a liberação de substâncias inflamatórias, que possam levar a contrações uterinas e, consequentemente, ao parto prematuro. Outra situação é a presença de vasos sanguíneos comunicantes entre o feto que veio a óbito e a placenta dos fetos que ainda estão vivos, gerando uma alteração no fluxo sanguíneo dos fetos vivos, afetando os órgãos vitais e levando a consequências neurológicas. Então, nessa etapa, a monitorização da mãe e dos fetos vivos precisa ser feita constantemente", pontua.

"Já quando o óbito fetal de um ou mais bebês acontece no terceiro trimestre, em um momento em que os fetos são considerados viáveis — isto é, têm mais chances de sobreviver fora do útero —, deve-se avaliar os riscos e, juntamente com os pais, definir o melhor momento para o parto", finaliza.

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