A Energisa vê espaço para entrar no transporte de gás carbônico ao fornecer a infraestrutura de distribuição para projetos de captura e armazenamento de carbono, disse, nesta terça-feira (18), o presidente da companhia, Ricardo Botelho. Segundo ele, que participou do Energy Summit, evento de energia e inovação promovido pelo MIT, a empresa poderia disponibilizar, via ES Gás, infraestrutura para envio do gás carbônico a ser sequestrado para as instalações de armazenamento, numa nova oportunidade de negócio para a empresa.
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Essa entrada se dá porque a empresa fornece infraestrutura e comercializa a molécula de gás natural, e pode diversificar a prestação de serviços dentro do escopo da transição energética.
“Esse trabalho [de armazenamento] precisa de dutos, de rede de distribuição. Entendo que, uma hora, o serviço de distribuição de gás vai se tornar [também] um serviço de transporte de gás carbônico. Ela pode fazer esse serviço”, disse Botelho.
O executivo mencionou acordo firmado entre a Petrobras e uma siderúrgica localizada no Espírito Santo, área de concessão da distribuidora da Energisa, mencionado pelo diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, no evento. O executivo propôs conversar com a companhia sobre a viabilidade do negócio.
Perguntado sobre a aquisição da Infra Gás, empresa que controla cinco distribuidoras de gás canalizado no Nordeste, Botelho disse que não poderia comentar sobre o negócio que está em andamento, ainda não concluído. A empresa anunciou a compra da Infra Gás por R$ 890 milhões.