Artes visuais
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Por Nelson Gobbi


Museólogo, curador e arte-educador, Alberto Saraiva assumiu na última segunda-feira (11) a direção da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, conforme adiantou a coluna de Ancelmo Gois. Nomeado pela secretária estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, e com a chancela do Conselho da Associação dos Amigos da Escola de Artes Visuais (Ameav), ele substitui a jornalista Yole Mendonça, que deixou o cargo em fevereiro.

O novo diretor da instituição foi aluno da EAV nos anos 1990, quando também passou a fazer parte da equipe do então Museu do Telephone, onde assumiu a curadoria de arte contemporânea do espaço, posteriormente transformado em Centro Cultural Telemar, e, por fim, no Oi Futuro. Como criador e teórico, sua produção também investigou as relações entre arte e tecnologia, videoarte e poesia visual.

— A tecnologia um meio fundamental para refletir sobre questões do conhecimento emergente no mundo contemporâneo, nas perspectivas do futuro e dos modos como a realidade pode ser transformada pela arte — destaca Saraiva. — Nesse sentido, a escola pode sim ser um centro gerador de reflexões práticas sobre o binômio arte/tecnologia.

Entre os planos para a EAV, está a ideia de reforçar a grade curricular e criar oportunidades através de parcerias com outras instituições. A experiência do ensino à distância, iniciada na pandemia, não será descartada, com parte dos professores trabalhando em cursos on-line de teoria e de prática. As exposições coletivas e individuais de artistas de fora da escola, muito visitadas no período pré-pandemia, também seguem nos planos da instituição.

— As mostras continuarão a ser realizadas tanto nas Cavalariças quanto no Palacete, e em breve anunciaremos as principais ações para 2022. Continuaremos com exposições de artistas do Brasil e do exterior, com um atenção especial aos artistas da casa que construíram os valores sobre os quais a escola foi consolidada — comenta o diretor. — Nomes como Anna Bella Geiger, Katie van Scherpenberg, Chico Cunha, Gianguido Bonfanti e José Maria Dias da Cruz, entre outros, deram grande contribuição para a EAV e precisamos responder a isso.

Além de ações desenvolvidas em sua passagem pelo Oi Futuro, Saraiva trabalhou nos últimos anos em projetos internacionais, como a Bienal de Veneza de 2015, na qual dividiu a curadoria do Pavilhão Vozes Indígenas com o alemão Alfons Hug. Desde então, a produção contemporânea de artistas indígenas ganhou mais vozes e espaço no mercado e nas instituições.

— É um fato histórico que os indígenas tenham conquistado seu espaço de representação no campo das artes visuais e este fato deve ser apoiado para que mais e mais artistas tenham oportunidade de produzir e apresentar seu trabalho — observa. — A arte indígena amplia a percepção sobre o Brasil, sua visualidade, sua materialidade e existência filosófica, e traz uma visão capaz de contribuir efetivamente para uma reflexão sobre a vida contemporânea e seus desafios.

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