• Texto Rita Lisauskas Ilustração Bárbara Malagoli
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 (Foto: Bárbara Malagoli)

(Ilustração: Bárbara Malagoli)

Basta uma tosse, uma cólica ou uma febre para a gente perceber que o filho não está bem, mas  não sabemos ao certo o que é. A saída? Correr para o pronto-socorro. Só que daí surgem as dúvidas: “Mas, será que é o caso de levá-lo imediatamente?”, “E, se eu não levar, ele pode piorar?”, “Se não for nada?”. Essas perguntas passam pela cabeça de quem tem filho e, segundo o pediatra Felipe Lora, coordenador do PS do Hospital Sabará (SP), não são apenas os pais recentes que batem cartão no PS. “Quando os pais de ‘segunda viagem’ tiveram um primogênito muito calmo e saudável, daqueles que quase nunca precisaram ir ao PS, o segundo filho vale como se fosse o primeiro”, brinca. Portanto, ninguém está livre do pronto-atendimento. Só basta saber se é o caso de sair correndo ou não. Confira:

Será que é só uma dor de barriga?

O choro sentido de Nina, na época com 2 anos, filha da radialista Mara Lucena, 47, somado à reclamação de que estava com “dodói na baíga”, fez com que Mara batesse na porta do vizinho e pedisse uma carona para o hospital mais próximo, já que não tinha carro. “O médico pediu que eu tirasse a roupinha dela, deu dois tapinhas de leve na barriga e um apertão. Minha filha fez cocô pelo consultório todo, inclusive naquele jaleco branquinho do médico. Aliviada, parou de chorar na hora. Eu abracei o médico de felicidade”, lembra. Outra que também correu para o hospital depois de um choro intermitente da filha recém-nascida, que não passava de cólica, foi a biomédica Renata Costa, 29. Chegando na recepção do hospital, a bebê fez o que Renata classifica de “cocô-bomba”. “Trocamos a fralda e, quando entramos no consultório, minha bebê já dormia tranquila. Eu e o marido olhamos para o médico com cara de bobos”, lembra. O diagnóstico? Cólica intestinal, que foi embora assim que a bebê conseguiu eliminar as fezes.

 (Foto: Bárbara Malagoli)

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Fuja do mico — Como as cólicas são comuns no recém-nascido até o terceiro mês por causa da imaturidade do sistema digestivo, para aliviar o desconforto, os pais podem massagear a barriga do filho com movimentos circulares. Outra dica é fazer uma compressa no local com uma bolsa de água térmica (morna) ou uma fralda quente (basta passá-la a ferro). “Dor de barriga só é motivo de preocupação quando estiver associada à febre ou ao vômito ou for persistente, mesmo depois de a criança evacuar”, explica Joana Marini.

AS HISTÓRIAS DOS MÉDICOS

 (Foto: Bárbara Malagoli)

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Os médicos do pronto-socorro também colecionam histórias engraçadas. A pediatra Teresa Uras Belém lembra de um casal que chegou muito aflito ao PS contando que a filha estava intoxicada e que precisava de uma lavagem estomacal. “Eu olhei para a menina e ela estava pulando, brincando, feliz da vida”, lembra. Foi só aí que os pais contaram que ela havia comido toda a ração do cachorro. “Eu queria rir na hora, mas expliquei para eles que comida de cachorro também era comida e que estava tudo bem. Eu pedi um raio X e colhi um exame de sangue para comprovar que realmente a menina estava saudável”, diz. A médica Luciane Victório (SP), que atende em unidades básicas de saúde, lembra de uma mãe que pediu que ela fizesse um ultrassom na filha pequena. “Ela me dizia que havia alguma coisa muito errada com a menina, que soltava uns ‘puns’ muito fedidos. Ainda dizia que eram daqueles que ninguém conseguia ficar perto”, lembra, rindo. Luciane conta que a menina não tinha cólicas, dor, febre e parecia ótima. “Orientei ela a mudar a alimentação da filha, dando preferência a alimentos naturais e evitar temperos fortes. Ela não ficou muito satisfeita com o diagnóstico, não. Falou que eu só acreditaria que o caso era grave se sentisse o cheiro. Mas a menina não soltou pum durante a consulta”, brinca.

Quer ler mais histórias engraçadas, saber como fugir do mico e entender quando realmente é hora de levar seu filho à emergência? Clique no sistema do seu smartphone e acesse nosso aplicativo para conferir a reportagem na íntegra

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