Viagem
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Por Marina Cardoso


Machu Picchu (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Machu Picchu (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

Visitar o Peru é como entrar em um filme de ficção científica. E o que provoca essa sensação é a diversidade de sítios arqueológicos e monumentos históricos espalhados pela região andina peruana, herança de uma das primeiras civilizações independentes do mundo, os famosos Incas.

Tour Cultural
Pra entender essa cultura tão rica dos ancestrais, a visita ao Museu Larco é parada obrigatória ao desembarcar em Lima, a capital. O fundador, Rafael Larco Hoyle, foi “o" cara que iniciou o estudo da arqueologia no país, e ajudou a desvendar os mistérios da cultura inca. Vale muito a pena aproveitar o passeio pra se aprofundar um pouco neste universo antes de começar a visitar os sítios arqueológicos. Almoçar no restaurante dentro do museu - abençoado por um jardim maravilhoso - é uma ótima pedida pra passar a tarde! O ingresso custa 30 soles e funciona de segunda à domingo, das 9h às 22h.

Iniciando os passeios culturais, a visita às Ilhas Ballestas, em Paracas, é, no mínimo, muito divertida. Entre as atrações, muitos animais da fauna peruana, como pinguins, leões marinhos, flamingos e gaivotas (conselho, amiga: vá de capa de chuva, pois a qualquer momento você pode ser premiada com uma “surpresinha” dos pássaros! rs). Durante o passeio de lancha que dura meia hora, aproximadamente, localizamos o primeiro sinal arqueológico das civilizações antigas. O candelabro é um sinal muito curioso, pois até hoje não se sabe ao certo a funcionalidade dele, mas há quem acredite que é sinal extraterrestre. Porém já se provou que foi um sinal da civilização pré-inca, que poderia ser para apontar a região das linhas de Nasca, cujas marcas supercuriosas cravadas no solo podem atingir até 300 metros de comprimento!

Ilhas Ballestas (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Ilhas Ballestas (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

Um dos passeios mais surpreendentes, aliás, é o sobrevoo pelas linhas de Nasca. Mas se você não gosta muito de voar, nem pense em embarcar nessa! O motivo é que o avião faz muitas manobras radicais pros tripulantes poderem visualizar as curiosas linhas. A historiadora Maria Reiche tem diversos estudos sobre elas e a mais aceita até hoje é que se tratam de sinais astrológicos pra que a civilização pudesse conversar com os deuses.

Viagem mística

O lugar mais místico do país com certeza é a região do Vale Sagrado. Por aqui, é possível aprender sobre a cultura andina peruana diretamente com as cholas, aquelas moças que se vestem com os trajes típicos, supercoloridos. No centro de Artesanato Awanacancha, é possível ter uma verdadeira aula com elas, onde ensinam sobre a cultura dos tecidos, feitos de pele de Alpaca (da família da lhama, mas seu pelo é mais macio) e agricultura (o solo é tão fértil que existem mais de 3 mil tipos de batata!).

Fofura no Awanacancha (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Fofura no Awanacancha (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

A parada obrigatória no Vale Sagrado pra fazer compras é o Mercado Pisac, localizado a 30km de Cusco. A região é lotada de tendas de artesanato peruano e galerias de arte, além de muitas peças de prata a preços superacessíveis, e de cerâmica, todas super bem feitas e com desenhos típicos. Dica de amiga: vale a pena pechinchar, não só aqui como em toda a região de Cusco e Vale Sagrado. Além de aceitar o seu preço, tem alguns aceitam o nosso real!

Mercado Pisac (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Mercado Pisac (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

Continuando o passeio pelo Vale Sagrado, não deixe de visitar o Museu Inkariy. A entrada custa 50 soles, inclui o passeio no museu, em que você vivencia a experiência das civilizações pré-inca até os incas, onde as civilizações são todas recriadas em cera, no tamanho real, além de desfrutar um almoço delícia no restaurante, com pratos típicos (incluso no valor do ingresso).

Um lugar no Vale Sagrado que tem uma energia tão boa quanto o famoso Machu Picchu é o sítio arqueológico de Moray, formado por terraços circulares que mais parecem obras extraterrestre, mas na realidade foram desenvolvidos pelos incas pra fazer testes de agricultura (cada andar tem uma temperatura diferente, e era ali que eles provavelmente testavam o solo ideal para cultivar batatas, milhos, quinoa e outros tipos de alimentos).

Sítio arqueológico de Moray (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Sítio arqueológico de Moray (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

Pertinho dos terraços de Moray, estão as Salineiras de Maras, uma enorme mina de sal de altíssima qualidade, comparado com o famoso sal do Himalaia - sendo os dois considerados os melhores do mundo. Dizem que há milênios essa região foi coberta pelo oceano, o que pode justificar a água salgada no meio da cordilheira andina. Curioso, né?

Salineiras de Maras (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Salineiras de Maras (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

Ainda na região do Vale Sagrado, começam os passeios em que a resistência física é necessária (risos)! Isso porque a visita à Fortaleza de Ollantaytambo começa com muitos e muitos degraus, já que ela foi erguida pra proteger a região dos invasores. Há quem diga também que a fortaleza foi construída no alto pra estar mais próxima dos deuses. Pra quem não sabe se está preparado para a caminhada em Machu Picchu, esse passeio é um ótimo “esquenta”!

Fortaleza de Ollantaytambo (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour
Fortaleza de Ollantaytambo (Foto: Marina Cardoso) — Foto: Glamour

O passeio mais esperado da viagem, que é a cidade perdida dos Incas, mais conhecida como Machu Picchu, inicia em uma maravilhosa viagem em um trem panorâmico entre Ollantaytambo e Águas Calientes. O trajeto revela a beleza surreal do rio Urubamba, da cordilheira dos Andes e do Vale Sagrado dos Incas. Chegando em Águas Calientes, é preciso pegar um ônibus para subir até o Machu Picchu, ou, se você tiver um espírito mais aventureiro, pode se arriscar pela trilha inca (essa trilha dura uns 3 dias!).


A dica mais valiosa aqui é fechar um pacote em que você pernoite em Águas Calientes, para pegar o primeiro horário de visita guiada ao Machu Picchu. Isso porque, como a cidade tem recebido muita visita, quanto mais cedo você chegar, é mais vazio e você consegue absorver melhor a energia que a cidade proporciona!

Dicas de viagem

Dica de ouro: o que levar
Devido a variedade geográfica e climática independente da época do ano, é preciso se preparar para poder aproveitar ao máximo o roteiro: chapéu, óculos escuros, casaco, protetor solar, tênis, protetor labial e lembre-se de beber bastante água!

Soroche?
As regiões em que fazemos os passeios culturais ficam muito acima do nível do mar, cerca de 3400 m de altitude, por isso é possível se sentir o mal de atitude (ou soroche) assim que desembarca no aeroporto de Cusco, devido à falta de oxigenação no sangue. É normal sentir dor de cabeça, náusea, falta de ar ou cansaço… pra minimizar os efeitos, os hotéis oferecem chá de coca e folhas de coca para mastigar, que ajudam na aclimatação da altitude.

QUEM LEVA? CVC Viagens. Você pode montar sua viagem como quiser, escolhendo o número de dias, hotéis, passeios e serviços. A partir de R$2.494 para 4 dias e 3 noites.

* a jornalista viajou a convite da CVC e PROMPERÚ

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