![A jornalista Nathalia Fuzaro no alto do Mirador Media Luna (Foto: Acervo Pessoal) — Foto: Glamour](https://s2-glamour.glbimg.com/a82muObgaevg6G7PpqnUBuUTOWk=/0x0:607x455/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/w/p/uI9s17QeKzp3trDQDF3w/2016-11-11-4b.jpg)
"Buenos días! Segundo dia aqui no Valle Sagrado, no Peru, e já nos misturamos ao ambiente: acordamos com o despertador sem lembrar do fuso horário (são só três horas para trás em comparação com o Brasil), não sentimos mais os sutis efeitos da altitude e, na Escola Intercultural Sol y Luna, as crianças nos reconheceram e nos cumprimentaram. Desta vez, passamos a manhã no prédio do Secundário e circulamos por todas as turmas. Aproveitamos para conversar mais profundamente com os professores, diretores e voluntários. Há duas francesas, Léa Dronneau e Chloé Jicquel, de 22 e 23 anos, trabalhando com os cinco portadores de deficiência da escola há cerca de um mês. Elas estudam Educação Especial na universidade em Nantes e vieram para cá cumprir as horas de aula prática que precisam para se formar. Ficarão 12 semanas no total, mas contaram que até agora já aprenderam muito, a começar pelo Espanhol: “Os peruanos falam mais devagar e de maneira mais clara que os próprios espanhóis”, conta Léa. Para o Student Travel Bureau (STB), essa é uma informação importante ao desenvolver um programa de intercâmbio.
![Petit Miribel, fundadora da escola, brincando com a aluna Marina, deficiente física (Foto: Acervo Pessoal) — Foto: Glamour](https://s2-glamour.glbimg.com/rDg4I9uiE4y61VlLuEApHDr0VPE=/0x0:607x455/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/5/5/pdBCfAQXAqL5nuIeSRDg/2016-11-11-1-petit-miribel-fundadora-da-escola-brincando-com-a-aluna-marina-deficiente-fisica.jpg)
Estamos na época dos ensaios para o English Day, quando as crianças apresentam musicais em inglês para as famílias cantando e dançando no palco, todos estão ensaiando seus números esta semana. Imitando sua “Miss” (como eles chamam as professoras aqui), a pequena turma treina uma série de movimentos simples enquanto as voluntárias balançam as cadeiras de rodas para frente e para trás. Ao som de Sweet Loving, hit do DJ britânico Sigala que fala sobre dar e receber amor, eles tentam levantar os braços e depois abri-los a partir do coração. Isso cortou o MEU coração! Fiquei com os olhos molhados ao perceber que muitas vezes não damos valor às mais simples bênçãos, não é? Ao meu lado, a fundadora da escola, Petit Miribel, celebrava a conquista de Marina – ano passado, ela chegou à escola sem conseguir ficar em pé (seus pais a mantinham amarrada em casa pois não tinham paciência para ensiná-la), e hoje ela já dava seus passinhos sozinha.
![Ensaiando com os niños para o English Day (Foto: Acervo Pessoal) — Foto: Glamour](https://s2-glamour.glbimg.com/PeZrDG1uK0WTJJOwYXe47mEByLQ=/0x0:607x341/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/b/P/ahlxh0SAORNkwk5jq4NQ/2016-11-11-3-ensaiando-com-os-ninos-para-o-english-day.jpg)
Também acompanhamos a aula de matemática que rolava no pátio para os alunos de oito anos. Para aprender sobre frações, eles estavam cozinhando tortas de banana. Algumas mães estavam lá para ajudar a Miss e colocaram as mãos na massa com seus filhos e os coleguinhas de classe. Achei bacana essa interação com a família e a forma prática como eles aprendiam a aplicar o conhecimento no dia a dia. A manhã acabou em alto astral dançando entre os niños de três: “head, shoulders, knees and toes, knees and toes” – nossa boa e velha “cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé”!
![A Aula prática de matemática com ajuda das mães (Foto: Acervo Pessoal) — Foto: Glamour](https://s2-glamour.glbimg.com/ZB8ZiPissEo4-RDGxLvgcESveIM=/0x0:607x455/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/K/e/cfAR56SEeD9PYX3CIIcA/2016-11-11-2a-aula-pratica-de-matematica-com-ajuda-das-maes.jpg)
À tarde, passeamos à cavalo ao redor do hotel e chegamos ao Mirador Media Luna, onde há três terraças Incas e a melhor vista da cidade de Urubamba. Os ancestrais usavam esses espaços para plantar alimentos e acessavam as terraças superiores por meio de escadas de pedras perfeitamente encaixadas – são firmes, eu testei! Rsrs Lá do alto, dá para ver todo o pueblo e o rio Urubamba, que corta o Peru e desemboca no Amazonas. Antes do jantar no hotel, ainda assistimos a um show em homenagem aos deuses, com artistas representando como o povo Inca celebrava o Sol e a Lua. Buenas noches y hasta mañana!"
![Do alto do Mirador Media Luna dá para ver toda a cidade e o rio Urubamba (Foto: Acervo Pessoal) — Foto: Glamour](https://s2-glamour.glbimg.com/l1SqDfty1_BIpDi4CHZ-r-Bdemg=/0x0:607x456/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/5/B/d9wHajRuWPnePMiiT8JQ/2016-11-11-4a-do-alto-do-mirador-media-luna-da-para-ver-toda-a-cidade-e-o-rio-urubamba-.jpg)