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Por Alline Dauroiz; Giovana Romani


Crescimento de carreira é prioridade pra você? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Crescimento de carreira é prioridade pra você? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Aos 30 anos e com uma trajetória ascendente na área de marketing, a cearense Joana Laprovitera não estava feliz. Havia mais de uma década que ela emendava um trabalho no outro sem pensar exatamente no rumo que queria seguir. “Tinha feito muitas coisas legais, mas comecei a me sentir cansada e em dúvida se fazia sentido trabalhar tanto e ficar tão longe da minha família”, conta. Ela deixou Fortaleza há cinco anos com um objetivo claro: dar certo em São Paulo. Com passagem por grandes empresas de moda, ela chegou lá
– o que não necessariamente se refletiu em satisfação e plenitude.

“No fim de 2016, queria voltar para Fortaleza e, sei lá, virar pescadora”, diz. Foi quando ganhou um presentão do namorado, disposto a não perdê-la de-jeito-ne-nhum: um coaching. Joana iniciou o que chama de processo de reestruturação de carreira, em janeiro: pediu demissão, tirou um tempo para si e, pouco depois, recebeu uma nova proposta que a deixou feliz de verdade (no mês passado, começou como gerente de marketing do Icomm Group, dos e-commerces OQVestir e Shop2Gether). “Isso mudou minha vida”, diz Joana. “Foi importante para eu avaliar o que passou e recalcular a rota em vez de ir me deixando levar. Taí, o maior aprendizado para mim.”

Escolha bem o lugar pra chamar de seu no trabalho, ok? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Escolha bem o lugar pra chamar de seu no trabalho, ok? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Coaching não é terapia, é plano de ação
Só a partir da história da Joana já dá para entender por que você, eu ou o CEO da empresa podemos nos beneficiar com o processo. E também por que tanta, mas tanta gente tem recorrido a ele para potencializar qualidades e minimizar fraquezas, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.

O coaching é para todo mundo que quer evoluir e chegar a um objetivo com mais rapidez e menos gasto de energia. Como existe data para começar e acabar, o foco é total”, explica Ana Raia, uma das profissionais mais requisitadas de SP e coach há dez anos. “Não estamos lá para aconselhar, mas para fazer um plano de ação certeiro e ajudar o cliente a fazer e acontecer, expandindo a consciência sobre si mesmo e sobre o meio.”

Na prática, o processo dura 12 sessões, uma vez por semana ou a cada 15 dias. Entre um encontro e outro, o coachee, como é chamado quem se submete ao método, deve fazer a lição de casa (exercícios de autoconhecimento, listas, mudanças comportamentais…). Cobra-se, em média, R$ 500 por sessão, mas o valor pode variar de acordo com
o profissional escolhido.

E funciona mesmo?
“Sim, desde que a pessoa entenda seu objetivo, que pode ir de uma promoção no trabalho a uma reavaliação de prioridades em casa, e esteja disposta a passar por transformações para conquistá-lo”, explica a coach Chris Luna. Com 30 anos de experiência no universo corporativo e oito atuando como coach, ela atende um público eclético – de executivos do setor de agronegócios à turma da moda. Entre as clientes dela está Helo Rocha.

Disposta a fortalecer seu lado empresarial (o criativo vai muito bem, obrigada!), a estilista começou a fazer coaching recentemente. “Quero tornar meu negócio mais lucrativo e ser uma gestora mais completa. Mas o coaching está afetando minha vida como um todo. Aprendi, por exemplo, a administrar a ansiedade”, diz Helo.

Outra coachee famosa, Suzana Pires passou por um processo há oito anos com o objetivo de equilibrar suas duas carreiras, a de atriz e a de autora de novelas. Até hoje, faz “manutenção” via Skype com sua coach. “Ela ajudou a me organizar profissionalmente, entender as prioridades de cada ciclo da vida e ir fundo em cada um deles”, diz Suzi, que entrou para o seleto grupo de autores da Globo, com a novela Sol Nascente, em agosto passado. “Faço tudo com muita seriedade, mas me divirto a cada segundo porque tenho a tranquilidade que só um bom planejamento pode oferecer.”

Novo mercado de trabalho valoriza as mulheres e tem empregos voltados à tecnologia (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
Novo mercado de trabalho valoriza as mulheres e tem empregos voltados à tecnologia (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

Já ouviu falar de mentoring?
Coaching está em alta, mas temos uma nova palavrinha para o aperfeiçoamento de vida
& carreira: o mentoring. Nesse processo, o profissional deve ser especialista no tópico que o mentorado deseja aprender. “O mentor transmite um conhecimento específico”, diz Taty Nascimento, mentora do canal Vida com Método, especialista em desenvolvimento pessoal e de líderes.

Assim, se o mentor é expert em oratória, vai ensinar suas técnicas, experiências e valores, aconselhando o mentorado pelo caminho que ele mesmo trilhou. “Diferentemente do coaching, o mentoring é um trabalho de longo prazo, para desenvolver o indivíduo continuamente.”

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