Após a tragédia causada pelas fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul em maio, o impacto financeiro para as seguradoras será de R$ 1,3 bilhão. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19), pela Confederação das Seguradoras (CNseg). A estimativa do órgão ainda aponta para o registro de 19.067 pedidos de indenização para automóveis durante tragédia.
Os números apresentados fazem parte do levantamento feito pela CNseg até a última terça-feira (18), e também engloba outros tipos de seguros. As enchentes alcançaram 428 municípios do estado e cerca de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas de alguma maneira com a catástrofe.
![Desde início do período de chuvas, 1,4 milhão de pessoas foram afetadas no RS por catástrofe — Foto: Diego Vara/Reuters](https://s2-autoesporte.glbimg.com/5ncnzmBHDT3rh0EJ-SmkyBmU6tk=/0x0:1836x1280/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_cf9d035bf26b4646b105bd958f32089d/internal_photos/bs/2024/a/r/1kx2rLSoqrLAzSGPOyBA/enchente-carro-rio-grande-do-sul.jpg)
O seguro auto é o segundo da lista entre as categorias com maior volume financeiro. Vale ressaltar, que até o último estudo, que coletou dados até o dia 23 de maio, o valor total das indenizações para veículos somou R$ 557.429, o que significa que em junho ficou registrado aumento de 56,4% no valor das indenizações. O mesmo vale para os pedidos de indenização, que subiu de 8.216 para 19.067, representando alta de 56,9%.
Entre as solicitações de indenização, a categoria líder de pedidos é a residencial e habitacional, que aponta para 22.673 pedidos até o dia 18 de junho. Quanto ao volume financeiro, os automóveis ficam atrás apenas dos seguros na categoria de grandes riscos nomeados e operacionais, que já estimam valor total das indenizações em R$ 1,32 bilhão.
Todas as categorias de seguros, que ainda englobam agrícola e outras demandas, registram total de 48.870 pedidos e R$ 3,8 bilhões para cobrir os danos causados pelas enchentes. Comparado ao último balanço, houve aumento de R$ 2,2 bilhões na despesa, uma alta significativa de 132% nas indenizações avisadas.
![Soma dos pedidos de indenização em todas as categorias de seguros chega quase às 50 mil solicitações — Foto: Reprodução/Globo](https://s2-autoesporte.glbimg.com/zG_LNnZa2sHt2BI1iz0h7U3Hlxs=/0x0:1080x642/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_cf9d035bf26b4646b105bd958f32089d/internal_photos/bs/2024/5/r/BSDjmbSTqQWQp3GC6oJA/sem-titulo.png)
De acordo com Dyogo Oliveira, presidente da entidade, provavelmente será necessário realizar uma terceira divulgação dos dados das seguradoras, já que ainda não há registro para o fim da situação de calamidade: “Nós acreditamos que nas próximas semanas esse número deve continuar crescendo. Nesse momento, temos notícias de que as chuvas voltaram a aumentar. A situação ainda não está estabilizada, e isso certamente gerará uma continuação nesse processo de aviso de sinistros para o Rio Grande do Sul”.
A partir do prejuízo estimado, pode-se esperar que no próximo trimestre deste ano (que começa em julho) ocorra um aumento no valor dos seguros em todo o Brasil, como forma de repasse das seguradoras para ajudar a cobrir o desastre. Autoesporte conversou com um especialista no último mês, que esclareceu as razões para o aumento.
No mais, cabe dizer que a verificação da apólice do seguro é importante para entender se há cobertura em caso de desastres naturais. Isso porque o valor do plano se torna mais alto conforme a adição de novas coberturas. Desta forma, há algumas apólices que arcam apenas com os custos de danos causados por roubos, furtos, danos a terceiros e emergências hospitalares.
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