Economia Regional

O papel estratégico da Zona Sul do Rio

2 jul 2024

Zona Sul, com mais de 20 mil empresas e mais de 250 mil trabalhadores, tem arrecadação bilionária de impostos. Entre seus principais setores econômicos estão alojamento e alimentação (hotéis, bares, restaurantes) e comércio.

O Rio de Janeiro, nossa Cidade Maravilhosa, é bem heterogêneo. Os mais de seis milhões de cariocas, nos diferentes bairros e regiões, moram em uma cidade de contrastes, compartilhando um mesmo espaço, enriquecendo nossa cultura.

A Zona Sul, cartão postal do Rio e do Brasil, desempenha um papel estratégico para o desenvolvimento da nossa cidade. Sob a liderança do Prefeito Eduardo Paes, muito foi feito nessa região, contribuindo para o desenvolvimento e projetando nossa imagem para o Brasil e para o mundo. Neste artigo, mostramos alguns dados da economia da Zona Sul carioca, com a sua população de cerca de 650 mil pessoas, que corresponde a quase 10% da população carioca.   

Segundo dados da RAIS / Ministério do Trabalho e Emprego, na região há 20% do total de empresas do Rio (23,1 mil), sendo a maior parte (77,9%; 18,0 mil) do setor de serviços e comércio (18,9%, 4,4 mil). Vale ressaltar que quatro bairros concentram quase 70% das empresas: Copacabana (25,1%; 5,8 mil), Botafogo (16,7%; 3,9 mil), Ipanema (15,1%; 3,5 mil) e Leblon (12,1%; 2,8 mil).

Entre os principais setores que movimentam a economia da Zona Sul estão alojamento e alimentação, composto por hotéis, bares, restaurantes, e ainda, o comércio. No primeiro grupo (alojamento e alimentação), Copacabana lidera com 29,7% (697), seguido por Botafogo (20,0%; 469), Ipanema (11,0%; 258) e Leblon (10,0%; 235). Esses quatro bairros correspondem a mais de 70% desses estabelecimentos. Já no segundo grupo (comércio), Copacabana também lidera, com 25,6% (1,1 mil), seguido por Botafogo (18,4%; 803), Ipanema (14,9%; 651) e Leblon (12,0%; 524). Esses quatro bairros também correspondem a mais de 70% desses estabelecimentos.

Alguns dados sobre as empresas e bairros da Zona Sul são:

  • Copacabana é o bairro com o maior número de empresas do grupo “alojamento e alimentação”, composto por hotéis, bares e restaurantes, com quase 30%; e lidera o comércio, com mais de 25% do total;
  • Na CNAE de “artes, cultura, esporte e recreação”, a Lagoa é o bairro com mais estabelecimentos (20,3%; 85);
  • O Leblon, famoso por ser o “centro” do mercado financeiro carioca, tem 118 empresas desse segmento (21,4% do total), ficando em segundo lugar, atrás de Botafogo (23,6%; 130);
  • Botafogo é o local com mais estabelecimentos de educação da Zona Sul carioca (26,9%; 148);
  • A Zona Sul do Rio conta com 15 organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais, sendo mais da metade em Botafogo (8), 4 no Flamengo, 2 em Copacabana, e 1 na Urca;
  • Copacabana (25,2%; 722), Ipanema (22,6%; 648), Botafogo (18,1%; 518) e Leblon (11,6%; 331) possuem 2,2 mil estabelecimentos de saúde, como consultórios médicos e odontológicos e hospitais, o que corresponde a quase 80% do total da Zona Sul.

Ainda de acordo com dados da RAIS / Ministério do Trabalho e Emprego, a Zona Sul tem 252,6 mil trabalhadores, o que corresponde a 12,9% do total de trabalhadores do Rio. Desse total, a maior parte (79,5%; 200,8 mil) é do setor de serviços e comércio (40,4%; 4,4 mil). E bairros da Zona Sul concentram 70,0% dos empregos, liderados por Botafogo (26,4%; 66,8 mil). Em seguida, Copacabana (18,1%; 45,8 mil), Ipanema (9,9%; 25,0 mil), Leblon (8,4%; 21,3 mil), e Gávea (7,1%; 18,0 mil).

Sobre a arrecadação de impostos (ISS), a Zona Sul carioca é responsável por 24,0% da arrecadação total do município, segundo dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP), o que corresponde a, aproximadamente, R$ 1,4 bilhão. Os cinco primeiros bairros que concentram quase 85% da arrecadação total da área, são: Botafogo (38,8%), Leblon (18,4%), Copacabana (10,5%), Ipanema (9,0%), e Jardim Botânico (8,0%).

As dez principais atividades, que concentram 95,0% da arrecadação total da área, são lideradas pelos serviços financeiros (20,0%), seguindo-se saúde (19,6%), administrativo, jurídico, contábil e comercial (19,4%), tecnologia (13,0%), intermediação (10,7%), construção (4,8%), turismo (3,3%), educação (2,8%), eventos (0,8%) e artistas e atletas (0,7%).

Em resumo, esses dados mostram a importância econômica da Zona Sul para o Rio, com mais de 20 mil empresas, mais de 250 mil trabalhadores, e sendo responsável por uma arrecadação bilionária de impostos para a nossa Cidade Maravilhosa!


As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV. 

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