O negacionismo é diferente da negação. O negacionismo chegou para ficar e promover beligerância, confusão e brigas. Ele tem o poder de embaralhar as cartas até a medida da exaustão, por repetição ou falácias. Quem poderia, um dia, imaginar que pudesse existir, na face da terra, em 2021, alguém a acreditar que a terra é... plana? Pois a esteira inacreditável de conceitos trocados gerou um livro superinteressante, editado pela CEPE: “Dicionário dos Negacionismos no Brasil”, organizado por José Szwako e José Luiz Ratton.
Assuntos dos mais diversos são tratados em linguagem de dicionário pelas maiores feras brasileiras da sociologia, história e ciência. São 363 páginas, abordando temas como “Gripe Espanhola” (Lilia Schwarc), “Economia” (Vinicius Torres Fiho), “Neoliberalismo”, (Tatiana Roque), “Fake News” (Rafael Sampaio), “Fascismo” (Jorge Charloub), “Cinema” (Helvécio Ratton), “Desaparecimento” (Sabrina Villenave), “Ditadura” (Caroline Bauer) e muitos outros assuntos, instigantes, modernos e eternos.
Verdadeira vacina contra a ignorância, o “Dicionário dos Negacionismos no Brasil” chega em tempo e hora.