Dois pernambucanos vão ter uma oportunidade raríssima na vida: ouvir milhares, talvez milhões de pessoas cantando seu livro. Claro, não é bem assim, mas é quase. Josué Limeira adaptou e Vladimir Barros ilustrou “O Pequeno Príncipe”, do piloto Antoine de Saint-Exupéry para o cordel e a escola de samba Tom Maior, rainha do Sumaré, em São Paulo, vai levar para a avenida, em 2022.
A primeira edição do livro foi independente - que de independente não tem nada, eles pagaram a publicação. E agora vem com a força da Editora Autêntica, em nova edição, linda, repaginada e distribuída para todo o Brasil.
Mas só a literatura é capaz desta magia: um francês nascido em Lyon, em 1900 escreve um livro publicado em 1943; dois pernambucanos, em 2019, fazem uma adaptação para a literatura de cordel e, em 2021, uma escola de samba de São Paulo, a Tom Maior, decide levá-lo para a avenida, em outra linguagem, a música, a forma de samba-enredo. De quebra, mais linguagens se acoplam à esta beleza: a cenografia, o figurino, o teatro e a dança, em coreografia.
Mas o suporte é um só: o livro. Não é incrível?