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Fascismo à brasileira

O jornalista Pedro Doria lança livro sobre o movimento integralista e o bolsonarismo

Sairá na segunda quinzena de agosto, pela editora Planeta, o novo livro do nosso Pedro Doria: “Fascismo à brasileira — Como o integralismo, maior movimento de extrema direita da História do país, se formou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo”.

Para o coleguinha, não faltam semelhanças. Mas também diferenças. “Ambos são nacionalistas, autoritários e xenófobos. Para um grupo dos integralistas, os dramas do mundo eram de responsabilidade dos judeus. Para um grupo dos bolsonaristas, são de responsabilidade da China”.

Ambos celebram armas e um culto à masculinidade. Além disso, se utilizam muito bem dos instrumentos de comunicação do tempo, muito melhor do que a esquerda. “O integralismo tinha inúmeros jornais, revistas, amplo espaço no rádio, publicava livros a rodo. O bolsonarismo tem as redes sociais”.

Uma das diferenças é que o integralismo era um movimento de intelectuais respeitados. O número 1, Plínio Salgado (foto), leu poemas seus na Semana de Arte Moderna de 1922, era um romancista respeitado. O número 2, Gustavo Barroso, já havia sido presidente da Academia Brasileira de Letras. O número 3, Miguel Reale, foi um dos maiores juristas do século. Além disso, o integralismo tinha entre seus membros Câmara Cascudo, San Tiago Dantas e dom Hélder Câmara. (Por minha conta e risco: o melhor lugar para você se esconder de certos bolsonaristas é uma livraria, um espaço pouco frequentado por parte dessa turma ).

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