Publicidade

Polícia Federal

Pedido para reconsiderar Ramagem reforça dentro da PF tese de “mandato-tampão” de novo diretor

O chefe da Abin, Alexandre Ramagem, cotado para assumir o comando da PF

O pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para reconsiderar a decisão que barrou o chefe da Abin, Alexandre Ramagem, do cargo de diretor-geral da Polícia Federal reforçou no órgão a ideia de que Rolando Souza exercerá um mandato tampão.

Desde que Souza apareceu como o nome indicado pelo próprio Ramagem para substituí-lo, chegou à corporação a informação de que sua gestão duraria apenas alguns meses, até Bolsonaro conseguir uma nova brecha para emplacar o chefe da Abin.

Nos bastidores, Ramagem ajudou seu substituto a escolher integrantes da cúpula da PF. A manutenção do delegado Igor Romário de Paula na Diretoria de Combate ao crime organizado (Dicor), área responsável pelos inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), já era uma estratégia de Ramagem. Nas poucas horas que “experimentou” o cargo, o chefe da Abin já tinha convidado Igor para ficar no posto.

Como a coluna informou, a permanência de Igor busca blindar Bolsonaro de acusações sobre interferências na Polícia Federal, assim como proteger o novo diretor-geral da imagem de que atende às ordens do presidente.

É na diretoria do delegado que estão as investigações que Bolsonaro mais tem interesse, como a das fake news, que envolve deputados bolsonaristas, e a que apura as acusações de Moro. Além disso, Igor é um ícone da Lava-Jato e atuou como chefe da operação na PF do Paraná enquanto Moro era juiz.

Leia mais:

Palavrões, briga entre ministros, troca na PF e China: o o que aconteceu na reunião citada por Moro

Nomeação para PF: Bolsonaro combinou uma coisa e fez outra

Leia também