Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

A reunião realizada nesta segunda-feira entre Bolsonaro e embaixadores, na qual o presidente voltou a mentir e a atacar, sem provas, as urnas eletrônicas foi foco de preocupação entre diversos ministros do governo, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Carlos França (Relações Exteriores) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

O principal temor era o de que o presidente Bolsonaro “exagerasse no tom”, especialmente em relação aos ataques pessoais contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como já fez anteriormente. Bolsonaro citou nominalmente Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes ao dizer que eles “começaram a andar pelo mundo” o criticando, “como se eu (Bolsonaro) estivesse preparando um golpe”.

A avaliação de integrantes do governo é que Bolsonaro mostrou “certa moderação para seus padrões”, mas que a agenda e suas declarações podem ter consequências negativas e, claro, tensionar ainda mais a relação com o Judiciário.

Como informou a coluna, integrantes do governo chegaram a atuar para demover Bolsonaro da ideia de se reunir com embaixadores para falar sobre as eleições, mas o movimento não teve sucesso. O argumento levado a ele foi o de que Bolsonaro deveria deixar esse encontro a cargo de Carlos França, já que caberia ao chanceler ter esse tipo de conversa com os representantes de outros países, e não ao presidente.

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