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DESMONTE NA EDUCAÇÃO

UFRJ pede socorro para não fechar em julho. “Situação é dramática”, diz reitora

O Palácio Universitário da UFRJ, no campus da Praia Vermelha

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pede socorro para não fechar as portas por falta de verbas, alerta a reitora Denise Pires de Carvalho.

Ela convocou uma entrevista coletiva nesta quarta-feira para detalhar a crise causada pelos cortes orçamentários.

"A situação é dramática. Com esses cortes, a universidade não conseguirá funcionar a partir de julho. Pesquisas de décadas serão inviabilizadas", afirma.

Neste momento, a UFRJ só tem recursos para funcionar até a metade do ano. Depois disso, não haverá dinheiro para pagar contas de segurança, limpeza, água e luz elétrica.

Os cortes também devem inviabilizar o retorno às aulas presenciais, que estava previsto para julho.

"O ensino remoto pode passar a impressão de que a universidade não precisa de dinheiro para se manter. Isso é um equívoco abusrdo", diz a reitora.

"As salas de aula estão fechadas, mas os laboratórios e hospitais continuam funcionando na pandemia. Temos mais de 150 leitos para Covid. Vão nos obrigar a fechar o hospital?", questiona.

O orçamento da UFRJ foi reduzido de R$ 360 milhões em 2020 para R$ 196 milhões neste ano. Segundo a professora Denise Pires de Carvalho, a decisão de asfixiar as universidades federais foi do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

"Não é do interesse do Ministério da Economia investir em educação, ciência e tecnologia. Estão tirando verbas de áreas estratégicas para o país. Isso parece ser um projeto", critica a reitora.

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