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CVM barra IPO de fundo ESG da Rio Bravo, em revés também para a Warren

CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mandou suspender, nesta terça-feira, o IPO do primeiro fundo de investimento de infraestrutura com foco em ESG no Brasil. Gerido pela Rio Bravo, o RBIF11 tentaria levantar R$ 150 milhões esta semana. Ironicamente, parece ter faltado transparência para um veículo que se vendia como exemplo de boas práticas socioambientais e de governança: a área técnica da CVM identificou irregularidades em materiais publicitários da oferta.

De acordo com o órgão, faltavam informações no prospecto do fundo, o que poderia induzir o investidor ao erro. Também faltava “linguagem serena e moderada”, um dos pré-requisitos para ofertas públicas de investimento. A CVM mandou parar por 30 dias a oferta e, se as irregularidades continuarem, poderá cancelar a oferta definitivamente.

A suspensão é um revés também par a Warren, que seria pela primeira vez coordenadora-líder de um IPO. Em post publicado em seu blog em setembro — e que já foi retirado do ar —, a firma de investimentos classificava o fundo da Rio Bravo de um “marco” para a Warren.

“Mas, afinal, por que esta oferta é tão importante para nós? Como comentamos no início deste artigo, há diversos tipos de investidores, assim como há diversos tipos de investimentos no mercado. Como uma plataforma completa, oferecer a oportunidade de aplicar em produtos nos quais os investidores acreditam, já em sua primeira emissão, nos coloca ainda mais próximos da nossa missão: de posicionar o cliente no centro — de verdade”, jactava-se a Warren na publicação. 

Em nota, a Rio Bravo disse que "irá se pronunciar nos meios previstos pela CVM no âmbito da oferta. E, em breve, por meio de um comunicado ao mercado.“

Já a Warren disse que "já está trabalhando na regularização dos materiais e, em breve, irá comunicar ao mercado acerca dos próximos passos a fim de retomar a oferta, mantendo seu compromisso com a transparência e alinhamento com seus clientes e o mercado."

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