Publicidade

Quem escreve

Mudanças

Minoritários não terão saudades de Novaes no BB: ‘Lento e perdeu protagonismo para a Caixa’

Marcos Corrêa

De um importante acionista minoritário do Banco do Brasil com relacionamento de décadas com o banco: o BB perdeu o protagonismo costumeiro para a Caixa no mandato de Rubem Novaes, que acaba de pedir demissão.

Enquanto Pedro Guimarães, da Caixa, assumiu os holofotes recentemente — para o bem ou para o mal — por causa do auxílio emergencial, Novaes praticamente desapareceu durante a pandemia, sem projetar a imagem do banco. 

Analítico: BB não é a Caixa, e reação do mercado pode ensinar a diferença a Bolsonaro

Na ótica dos acionistas, além disso, apesar de repetir a toda oportunidade que o banco deveria ser vendido, Novaes também foi lento na estruturação de um projeto de privatização do banco e de suas subsidiárias. Na fatídica reunião ministerial cujas imagens foram divulgadas pela Justiça, aliás, o ministro Paulo Guedes deu um sermão sobre essa demora. 

Desde o início de 2019, quando Novaes tomou posse, as ações do BB acumulam perda de 26,9% — prejudicadas pela pandemia, é claro, mas com recuo maior que os de Bradesco (22,6%) e Itaú (25,7%).   

Rubem Novaes: Banco do Brasil se transformará numa 'corporation' com privatização

O pé-atrás dos investidores agora é a dúvida sobre quem vai sucedê-lo, em uma preocupação compartilhada por funcionários da Previ, fundo de pensão do banco que é o maior do país.

Um nome que já circula com alguma força é o de Carlos Hamilton, diretor de Relação com Investidores do BB. Embora não seja bem cotado pelos funcionários, é bem avaliado no governo, segundo fontes internas do banco. 

Leia também